Darifenacina
Darifenacina
Emselex
7. Aparelho geniturinário / 7.4. Outros medicamentos usados em disfunções geniturinárias / 7.4.2. Medicamentos usados nas perturbações da micção / 7.4.2.2. Medicamentos usados na incontinência urinária / Darifenacina
Indicações:
Incontinência urinária de causa neurogénica ou por instabilidade do músculo detrusor (bexiga hiperativa).Interações:
A metabolização da darifenacina pode ser reduzida (e os seus efeitos potenciados) por inibidores das isoformas CYP2D6 e CYP3A4 do citocromo P450. É de admitir também a ocorrência das interações típicas dos anticolinérgicos.Precauções:
Em caso de retenção urinária, obstrução ou atonia intestinal, doença inflamatória intestinal, insuficiência hepática, glaucoma e miastenia gravis. Não deve ser usada durante a gravidez e o aleitamento.Efeitos Secundários:
As típicas dos anticolinérgicos, principalmente obstipação, dor abdominal, náuseas, dispepsia, xerostomia, xeroftalmia e cefaleias.Emselex
Darunavir
Darunavir
1. Medicamentos anti-infeciosos / 1.3. Antivíricos / 1.3.1. Antirretrovirais / 1.3.1.1. Inibidores da protease / Darunavir
Indicações:
Tratamento da infeção pelo VIH-1 em associação com outros fármacos antirretrovirais e coadministrado com baixas doses de ritonavir ou de cobicistate em adultos e crianças de idade superior a 3 anos e com peso corporal superior a 15 Kg.Interações:
. As concentrações plasmáticas dos antipsicóticos e neurolépticos podem aumentar sendo contraindicada a coadministração com quetiapina e sertindol. A administração concomitante com antagonistas do cálcio e com os novos anticoagulantes orais pode originar um aumento das suas concentrações plasmáticas. A coadministração com voriconazol determina uma diminuição significativa da AUC deste antifúngico e com o itraconazol origina um aumento das concentrações plasmáticas de ambos os fármacos. Das principais interações com os outros antirretrovirais refere-se: a administração concomitante de darunavir com lopinavir/ritonavir ou com saquinavir determina uma redução significativa da AUC do darunavir; a associação com efavirenz altera as concentrações plasmáticas de ambos os fármacos e a coadministração com maraviroc está na origem de um aumento de cerca de 300% da AUC do maraviroc (consultar literatura).Precauções:
Gravidez e aleitamento. Diabetes e dislipidemia. Disfunção hepática, particularmente em doentes coinfetados (hepatite crónica B ou C - maior risco de efeitos adversos hepáticos). Disfunção renal (exceto atazanavir, fosamprenavir e tipranavir). Doentes com hemofilia. Doentes com história de alergias. Doentes com alterações da condução cardíaca, nomeadamente síndrome do QT longo ou medicados com fármacos suscetíveis de induzir prolongamento do intervalo QT. Doentes medicados com fármacos metabolizados pelo CYP3A4 (V. interacções). Coadministração de rifampicina (V. interações).. Doentes medicados com lopinavir/ritonavir.Efeitos Secundários:
Náuseas, vómitos, epigastralgias, dores abdominais, flatulência e diarreia. Anorexia. Astenia e fadiga. Elevação das enzimas hepáticas. Hiperglicemia e hiperlipidemia. Lipodistrofia. Alterações hematológicas, nomeadamente neutropenia e trombocitopenia. Cefaleias, tonturas e alterações do sono. Ansiedade e depressão. Mialgias, miosite e rabdomiólise. Osteonecrose. Erupções cutâneas, prurido, urticária. Reações de hipersensibilidade que podem ser graves. Aumento do risco de hemorragia nos doentes hemofílicos. . Alterações da acuidade visual e hiperemia conjuntival. Hepatite e pancreatite. Nefrolitíase e IR aguda. Disfunção erétil e ginecomastia. Reações cutâneas incluindo Síndrome de Stevens-Johnson (raramente). Angioedema.Deanol + Ácido ascórbico + Para-aminobenzoato de magnésio
Deanol + Ácido ascórbico + Para-aminobenzoato de magnésio
Tonice
2. Sistema Nervoso Central / 2.13. Outros medicamentos com ação no Sistema Nervoso Central / 2.13.1. Medicamentos utilizados no tratamento sintomático das alterações das funções cognitivas / Outros / Deanol + Ácido ascórbico + Para-aminobenzoato de magnésio
Indicações:
A sua utilização clínica não é recomendada.Interações:
As dos componentes.Precauções:
As dos componentes.Efeitos Secundários:
As dos componentes.Tonice
Deanol + Glicerofosfato de magnésio + Hesperidina
Deanol + Glicerofosfato de magnésio + Hesperidina
Actilam Per-Os
2. Sistema Nervoso Central / 2.13. Outros medicamentos com ação no Sistema Nervoso Central / 2.13.1. Medicamentos utilizados no tratamento sintomático das alterações das funções cognitivas / Outros / Deanol + Glicerofosfato de magnésio + Hesperidina
Indicações:
A sua utilização clínica não é recomendada.Interações:
As dos componentes.Precauções:
As dos componentes.Efeitos Secundários:
As dos componentes.Actilam Per-Os
Deanol + Gluco-heptonato de cálcio + Lisina
Deanol + Gluco-heptonato de cálcio + Lisina
Tonice
2. Sistema Nervoso Central / 2.13. Outros medicamentos com ação no Sistema Nervoso Central / 2.13.1. Medicamentos utilizados no tratamento sintomático das alterações das funções cognitivas / Outros / Deanol + Gluco-heptonato de cálcio + Lisina
Indicações:
A sua utilização clínica não é recomendada.Interações:
IMAO.Precauções:
Epilepsia, hipertensão, hipertiroidismo.Efeitos Secundários:
Agitação psicomotora; náuseas, vómitos.Tonice
Deanol + Heptaminol
Deanol + Heptaminol
Débrumyl
2. Sistema Nervoso Central / 2.13. Outros medicamentos com ação no Sistema Nervoso Central / 2.13.1. Medicamentos utilizados no tratamento sintomático das alterações das funções cognitivas / Outros / Deanol + Heptaminol
Indicações:
Interações:
Precauções:
Efeitos Secundários:
Débrumyl
Dectaflúor + Fluoreto de sódio + Olaflúor
Dectaflúor + Fluoreto de sódio + Olaflúor
6. Aparelho digestivo / 6.1. Medicamentos que atuam na boca e orofaringe / 6.1.1. De aplicação tópica / Dectaflúor + Fluoreto de sódio + Olaflúor
Indicações:
Prevenção da cárie dentária.Interações:
Não se aplica.Precauções:
Evitar deglutir.Efeitos Secundários:
Não se aplica.Deflazacorte
Deflazacorte
Rosilan
8. Hormonas e medicamentos usados no tratamento das doenças endócrinas / 8.2. Corticosteroides / 8.2.2. Glucocorticoides / Deflazacorte
Indicações:
No controlo de doenças inflamatórias e alérgicas; edema cerebral; doença reumática em doentes idosos e crianças.Interações:
Os antiácidos reduzem a absorção do fármaco. Os glucocorticoides têm efeitos a quase todos os níveis celulares dos diversos sistemas e órgãos humanos. A sua libertação ante situações de stress faz parte da resposta fisiológica compensatória e tem como finalidade evitar que os mecanismos orgânicos de defesa saiam fora do controlo endógeno. Quando se administram corticosteroides exógenos estamos a aumentar os níveis de controlo hormonal de acordo com as possíveis exigências orgânicas. São medicamentos que têm potentes efeitos anti-inflamatórios e imunossupressores; produzem efeitos a nível metabólico com aumento da glicemia e alterações a nível do metabolismo dos lípidos; como consequência das ações metabólicas podem condicionar a debilidade muscular e a osteoporose; no SNC provocam alterações no comportamento; e a nível gastrintestinal aumentam a produção de ácido clorídrico e pepsina. De toda esta variedade de efeitos, resultam indicações terapêuticas diversas que tanto podem estar ligadas a doenças endócrinas como doenças não endócrinas que estejam dependentes da ação direta dos efeitos anti-inflamatórios e imunossupressores dos glucocorticoides. Nas situações agudas de natureza alérgica ou anafilática, recorre-se a preparações hidrossolúveis (hidrocortisona sódica, succinato de metilprednisolona ou succinato de prednisolona), injetadas por via IV em doses elevadas. Os glucocorticoides disponíveis diferem entre si pela sua atividade e duração de ação, assim como pelo grau de atividade mineralocorticóide coexistente. Na seleção dos glicocorticóides deve atender-se à sua duração de ação. Os de ação curta ou intermédia são selecionados para tratamentos de urgência em casos agudos ou em tratamentos de substituição, nos casos de insuficiências endócrinas. Os de ação prolongada usam-se em tratamentos crónicos quando se pretende suprimir a atividade da suprarrenal. São medicamentos responsáveis por numerosos efeitos secundários, principalmente quando as doses fisiológicas são ultrapassadas e quando o tratamento é de longa duração. A retenção de sódio, por vezes responsável por edemas e hipertensão, depende da sua atividade mineralocorticóide. Após um tratamento prolongado ou após doses elevadas, é indispensável reduzir progressivamente a posologia. O tratamento prolongado provoca uma atrofia adrenal que pode persistir por vários anos depois do fim do tratamento. A suspensão abrupta da medicação pode desencadear uma insuficiência aguda da suprarrenal, hipotensão e até a morte. A retirada da medicação deve, por isso, fazer-se de modo gradual e pode muitas vezes estar associada a febre, mialgias, artralgias, rinite, conjuntivites e perda de peso. Nos efeitos laterais referem-se: fraqueza muscular e alterações do ritmo cardíaco, sintomatologia da síndrome de Cushing, miopatias, hiperglicemia, osteoporose (risco maior nas mulheres em pós-menopausa), diminuição da resistência a todos os agentes infeciosos, alterações digestivas com aumento da incidência de hemorragias ou perfuração; euforia, agitação, insónia, cefaleias e reações psicóticas. Podem também provocar aumento da pressão intraocular e glaucoma. Nas crianças, em tratamento crónico, podem produzir atrasos de crescimento e perturbações oculares (com desenvolvimento de cataratas). As contraindicações absolutas ou relativas dos corticosteroides são a hipertensão, a ICC, a IR, a osteoporose, a epilepsia mal controlada, a úlcera gastroduodenal, a tuberculose e as infeções virais ou micóticas. Nos diabéticos, devido às suas ações metabólicas, por diminuírem a tolerância à glucose e a sensibilidade à insulina, só devem usar-se em caso de absoluta necessidade. O mesmo deve ser de considerar durante a gravidez. Os corticosteroides são esteroides organizados de forma a condicionar a sua relação estrutural com as atividades farmacológicas. Algumas das modificações introduzidas nas suas moléculas visam uma maior atividade anti-inflamatória com as hipóteses de menores efeitos laterais (por redução da atividade mineralocorticóide ou por supressão completa dessa atividade ou ainda por menor interferência no metabolismo do cálcio ou dos hidratos de carbono). Na prednisona, prednisolona e metilprednisolona reduziu-se a atividade mineralocorticóide e aumentou-se a atividade glucocorticoide. Na dexametasona e betametasona, suprimiu-se a atividade mineralocorticóide. O deflazacorte, fármaco de uso sistémico com menor potência anti-inflamatória que a prednisona, não apresenta ação mineralocorticóide e modifica em menor grau o metabolismo do cálcio e dos hidratos de carbono, provavelmente pela sua menor potência como anti-inflamatório. O uso de corticosteroides com atividade mineralocorticóide acompanha-se de retenção de sódio, hipocaliemia e edemas, que serão especialmente graves em doentes com hipertensão e doenças vasculares. Nas formas farmacêuticas disponíveis encontram-se apresentações para via IM ou via oral com características de libertação controlada que permitem eficácia terapêutica por intervalos de tempo mais prolongados. Com exceção da aplicação tópica por períodos curtos de uso, os corticosteroides interagem com vários medicamentos. Os AINEs aumentam o risco de hemorragias e ulceração gástrica. A rifampicina acelera o metabolismo dos corticosteroides com a consequente redução do efeito terapêutico; o mesmo se verifica com antiepiléticos (carbamazepina, barbitúricos e fenitoína). Os antidiabéticos antagonizam os efeitos hiperglicemiantes. Os diuréticos (acetazolamida, tiazidas ou diuréticos da ansa) aumentam o risco de hipocaliemia. .Precauções:
Os glucocorticoides têm efeitos a quase todos os níveis celulares dos diversos sistemas e órgãos humanos. A sua libertação ante situações de stress faz parte da resposta fisiológica compensatória e tem como finalidade evitar que os mecanismos orgânicos de defesa saiam fora do controlo endógeno. Quando se administram corticosteroides exógenos estamos a aumentar os níveis de controlo hormonal de acordo com as possíveis exigências orgânicas. São medicamentos que têm potentes efeitos anti-inflamatórios e imunossupressores; produzem efeitos a nível metabólico com aumento da glicemia e alterações a nível do metabolismo dos lípidos; como consequência das ações metabólicas podem condicionar a debilidade muscular e a osteoporose; no SNC provocam alterações no comportamento; e a nível gastrintestinal aumentam a produção de ácido clorídrico e pepsina. De toda esta variedade de efeitos, resultam indicações terapêuticas diversas que tanto podem estar ligadas a doenças endócrinas como doenças não endócrinas que estejam dependentes da ação direta dos efeitos anti-inflamatórios e imunossupressores dos glucocorticoides. Nas situações agudas de natureza alérgica ou anafilática, recorre-se a preparações hidrossolúveis (hidrocortisona sódica, succinato de metilprednisolona ou succinato de prednisolona), injetadas por via IV em doses elevadas. Os glucocorticoides disponíveis diferem entre si pela sua atividade e duração de ação, assim como pelo grau de atividade mineralocorticóide coexistente. Na seleção dos glicocorticóides deve atender-se à sua duração de ação. Os de ação curta ou intermédia são selecionados para tratamentos de urgência em casos agudos ou em tratamentos de substituição, nos casos de insuficiências endócrinas. Os de ação prolongada usam-se em tratamentos crónicos quando se pretende suprimir a atividade da suprarrenal. São medicamentos responsáveis por numerosos efeitos secundários, principalmente quando as doses fisiológicas são ultrapassadas e quando o tratamento é de longa duração. A retenção de sódio, por vezes responsável por edemas e hipertensão, depende da sua atividade mineralocorticóide. Após um tratamento prolongado ou após doses elevadas, é indispensável reduzir progressivamente a posologia. O tratamento prolongado provoca uma atrofia adrenal que pode persistir por vários anos depois do fim do tratamento. A suspensão abrupta da medicação pode desencadear uma insuficiência aguda da suprarrenal, hipotensão e até a morte. A retirada da medicação deve, por isso, fazer-se de modo gradual e pode muitas vezes estar associada a febre, mialgias, artralgias, rinite, conjuntivites e perda de peso. Nos efeitos laterais referem-se: fraqueza muscular e alterações do ritmo cardíaco, sintomatologia da síndrome de Cushing, miopatias, hiperglicemia, osteoporose (risco maior nas mulheres em pós-menopausa), diminuição da resistência a todos os agentes infeciosos, alterações digestivas com aumento da incidência de hemorragias ou perfuração; euforia, agitação, insónia, cefaleias e reações psicóticas. Podem também provocar aumento da pressão intraocular e glaucoma. Nas crianças, em tratamento crónico, podem produzir atrasos de crescimento e perturbações oculares (com desenvolvimento de cataratas). As contraindicações absolutas ou relativas dos corticosteroides são a hipertensão, a ICC, a IR, a osteoporose, a epilepsia mal controlada, a úlcera gastroduodenal, a tuberculose e as infeções virais ou micóticas. Nos diabéticos, devido às suas ações metabólicas, por diminuírem a tolerância à glucose e a sensibilidade à insulina, só devem usar-se em caso de absoluta necessidade. O mesmo deve ser de considerar durante a gravidez. Os corticosteroides são esteroides organizados de forma a condicionar a sua relação estrutural com as atividades farmacológicas. Algumas das modificações introduzidas nas suas moléculas visam uma maior atividade anti-inflamatória com as hipóteses de menores efeitos laterais (por redução da atividade mineralocorticóide ou por supressão completa dessa atividade ou ainda por menor interferência no metabolismo do cálcio ou dos hidratos de carbono). Na prednisona, prednisolona e metilprednisolona reduziu-se a atividade mineralocorticóide e aumentou-se a atividade glucocorticoide. Na dexametasona e betametasona, suprimiu-se a atividade mineralocorticóide. O deflazacorte, fármaco de uso sistémico com menor potência anti-inflamatória que a prednisona, não apresenta ação mineralocorticóide e modifica em menor grau o metabolismo do cálcio e dos hidratos de carbono, provavelmente pela sua menor potência como anti-inflamatório. O uso de corticosteroides com atividade mineralocorticóide acompanha-se de retenção de sódio, hipocaliemia e edemas, que serão especialmente graves em doentes com hipertensão e doenças vasculares. Nas formas farmacêuticas disponíveis encontram-se apresentações para via IM ou via oral com características de libertação controlada que permitem eficácia terapêutica por intervalos de tempo mais prolongados. Com exceção da aplicação tópica por períodos curtos de uso, os corticosteroides interagem com vários medicamentos. Os AINEs aumentam o risco de hemorragias e ulceração gástrica. A rifampicina acelera o metabolismo dos corticosteroides com a consequente redução do efeito terapêutico; o mesmo se verifica com antiepiléticos (carbamazepina, barbitúricos e fenitoína). Os antidiabéticos antagonizam os efeitos hiperglicemiantes. Os diuréticos (acetazolamida, tiazidas ou diuréticos da ansa) aumentam o risco de hipocaliemia. .Efeitos Secundários:
Os glucocorticoides têm efeitos a quase todos os níveis celulares dos diversos sistemas e órgãos humanos. A sua libertação ante situações de stress faz parte da resposta fisiológica compensatória e tem como finalidade evitar que os mecanismos orgânicos de defesa saiam fora do controlo endógeno. Quando se administram corticosteroides exógenos estamos a aumentar os níveis de controlo hormonal de acordo com as possíveis exigências orgânicas. São medicamentos que têm potentes efeitos anti-inflamatórios e imunossupressores; produzem efeitos a nível metabólico com aumento da glicemia e alterações a nível do metabolismo dos lípidos; como consequência das ações metabólicas podem condicionar a debilidade muscular e a osteoporose; no SNC provocam alterações no comportamento; e a nível gastrintestinal aumentam a produção de ácido clorídrico e pepsina. De toda esta variedade de efeitos, resultam indicações terapêuticas diversas que tanto podem estar ligadas a doenças endócrinas como doenças não endócrinas que estejam dependentes da ação direta dos efeitos anti-inflamatórios e imunossupressores dos glucocorticoides. Nas situações agudas de natureza alérgica ou anafilática, recorre-se a preparações hidrossolúveis (hidrocortisona sódica, succinato de metilprednisolona ou succinato de prednisolona), injetadas por via IV em doses elevadas. Os glucocorticoides disponíveis diferem entre si pela sua atividade e duração de ação, assim como pelo grau de atividade mineralocorticóide coexistente. Na seleção dos glicocorticóides deve atender-se à sua duração de ação. Os de ação curta ou intermédia são selecionados para tratamentos de urgência em casos agudos ou em tratamentos de substituição, nos casos de insuficiências endócrinas. Os de ação prolongada usam-se em tratamentos crónicos quando se pretende suprimir a atividade da suprarrenal. São medicamentos responsáveis por numerosos efeitos secundários, principalmente quando as doses fisiológicas são ultrapassadas e quando o tratamento é de longa duração. A retenção de sódio, por vezes responsável por edemas e hipertensão, depende da sua atividade mineralocorticóide. Após um tratamento prolongado ou após doses elevadas, é indispensável reduzir progressivamente a posologia. O tratamento prolongado provoca uma atrofia adrenal que pode persistir por vários anos depois do fim do tratamento. A suspensão abrupta da medicação pode desencadear uma insuficiência aguda da suprarrenal, hipotensão e até a morte. A retirada da medicação deve, por isso, fazer-se de modo gradual e pode muitas vezes estar associada a febre, mialgias, artralgias, rinite, conjuntivites e perda de peso. Nos efeitos laterais referem-se: fraqueza muscular e alterações do ritmo cardíaco, sintomatologia da síndrome de Cushing, miopatias, hiperglicemia, osteoporose (risco maior nas mulheres em pós-menopausa), diminuição da resistência a todos os agentes infeciosos, alterações digestivas com aumento da incidência de hemorragias ou perfuração; euforia, agitação, insónia, cefaleias e reações psicóticas. Podem também provocar aumento da pressão intraocular e glaucoma. Nas crianças, em tratamento crónico, podem produzir atrasos de crescimento e perturbações oculares (com desenvolvimento de cataratas). As contraindicações absolutas ou relativas dos corticosteroides são a hipertensão, a ICC, a IR, a osteoporose, a epilepsia mal controlada, a úlcera gastroduodenal, a tuberculose e as infeções virais ou micóticas. Nos diabéticos, devido às suas ações metabólicas, por diminuírem a tolerância à glucose e a sensibilidade à insulina, só devem usar-se em caso de absoluta necessidade. O mesmo deve ser de considerar durante a gravidez. Os corticosteroides são esteroides organizados de forma a condicionar a sua relação estrutural com as atividades farmacológicas. Algumas das modificações introduzidas nas suas moléculas visam uma maior atividade anti-inflamatória com as hipóteses de menores efeitos laterais (por redução da atividade mineralocorticóide ou por supressão completa dessa atividade ou ainda por menor interferência no metabolismo do cálcio ou dos hidratos de carbono). Na prednisona, prednisolona e metilprednisolona reduziu-se a atividade mineralocorticóide e aumentou-se a atividade glucocorticoide. Na dexametasona e betametasona, suprimiu-se a atividade mineralocorticóide. O deflazacorte, fármaco de uso sistémico com menor potência anti-inflamatória que a prednisona, não apresenta ação mineralocorticóide e modifica em menor grau o metabolismo do cálcio e dos hidratos de carbono, provavelmente pela sua menor potência como anti-inflamatório. O uso de corticosteroides com atividade mineralocorticóide acompanha-se de retenção de sódio, hipocaliemia e edemas, que serão especialmente graves em doentes com hipertensão e doenças vasculares. Nas formas farmacêuticas disponíveis encontram-se apresentações para via IM ou via oral com características de libertação controlada que permitem eficácia terapêutica por intervalos de tempo mais prolongados. Com exceção da aplicação tópica por períodos curtos de uso, os corticosteroides interagem com vários medicamentos. Os AINEs aumentam o risco de hemorragias e ulceração gástrica. A rifampicina acelera o metabolismo dos corticosteroides com a consequente redução do efeito terapêutico; o mesmo se verifica com antiepiléticos (carbamazepina, barbitúricos e fenitoína). Os antidiabéticos antagonizam os efeitos hiperglicemiantes. Os diuréticos (acetazolamida, tiazidas ou diuréticos da ansa) aumentam o risco de hipocaliemia. .Rosilan
Degarrelix
Degarrelix
Firmagon
16. Medicamentos antineoplásicos e imunomoduladores / 16.2. Hormonas e anti-hormonas / 16.2.2. Anti-hormonas / 16.2.2.5 Antiprogestagénios e moduladores do recetor da progesterona / Degarrelix
Indicações:
Cancro da próstata em estadio avançado.Interações:
A utilização concomitante com fármacos que prolonguem o intervalo QTc do ECG deve ser cuidadosamente avaliada (e.g. fármacos antiarrítmicos das classes IA e III, metadona, moxifloxacina e alguns antipsicóticos). Não estão descritas interações farmacocinéticas clinicamente significativas.Precauções:
Pode a longo prazo causar prolongamento do intervalo QT do ECG e perda da densidade óssea. Está descrita a redução da tolerância à glucose ou agravamento da diabetes. Doentes com insuficiência hepática e/ou renal requerem precauções de utilização.Efeitos Secundários:
Afrontamentos, lesão e dor no local de administração, aumento de peso, anemia, insónia, tonturas, cefaleias, náuseas, hiperidrose, diarreia, dores músculo-esqueléticas, ginecomastia, síndrome gripal e aumento das transaminases hepáticas são as reações frequentes.Firmagon
Desferroxamina
Desferroxamina
Desferal
/ 17. Medicamentos usados no tratamento de intoxicações / Desferroxamina
Indicações:
Intoxicação aguda pelo ferro. Sobrecarga crónica de ferro e/ou de alumínio. Tem também interesse no diagnóstico de sobrecarga por ferro e/ou alumínio.Interações:
Com a procloroperazina, pode afetar a vigília. Favorece uma mais rápida excreção do gálio-67, facto que pode perturbar resultados cintigráficos.Precauções:
IR. Nos doentes em que as concentrações plasmáticas de ferritina sejam reduzidas há um maior risco de toxicidade induzida pela desferroxamina. A injeção IV rápida deve ser evitada pelo risco de colapso cardiovascular.Efeitos Secundários:
Reações alérgicas. Tonturas, neuropatia periférica. Atrasos de crescimento e alterações ósseas em crianças, especialmente para doses superiores a 40 mg/kg. Estas manifestações são mais marcadas em crianças com idade inferior a 3 anos. Náuseas, vómitos, diarreia. Dispneia e cianose, com evidência radiológica de infiltrados intersticiais pulmonares. Disfunção renal, discrasias sanguíneas. Diminuição da acuidade visual, discromatopsia, cegueira noturna, retinopatia, nevrite ótica, cataratas, escotomas. Sensação de queimadura, dor e prurido no local da injeção.Desferal
Desloratadina
Desloratadina
Aerius, Azomyr, Clarus
10. Medicação antialérgica / 10.1. Anti-histamínicos / 10.1.2. Anti-histamínicos H1 não sedativos / Desloratadina
Indicações:
V. anti-histamínicos H1 não sedativos (10.1.2).Interações:
Contraindicada a associação com: quinidina, amiodarona, macrólidos IV, moxifloxacina (por prolongamento do intervalo QT). Não se recomenda o uso concomitante de inibidores potentes do CYP2D6 (paroxetina, fluoxetina). Devem evitar-se bebidas alcoólicas ou medicamentos contendo álcool. Associações a vigiar: antidepressivos imipramínicos, barbitúricos, benzodiazepinas, clonidina, hipnóticos, derivados da morfina, atropina, antiespasmódicos, disopiramida e neurolépticos fenotiazínicos, pela adição de efeitos secundários.Precauções:
Evitar durante a gravidez (Anexo 1) e o aleitamento (Anexo 2). Usar com precaução na IR grave.Efeitos Secundários:
V. anti-histamínicos H1 não sedativos (10.1.2).Aerius, Azomyr, Clarus
Desmopressina
Desmopressina
Ddavp Desmopressin, Nocdurna, Minirin
8. Hormonas e medicamentos usados no tratamento das doenças endócrinas / 8.1. Hormonas hipotalâmicas e hipofisárias, seus análogos e antagonistas / 8.1.2. Lobo posterior da hipófise / Desmopressina
Indicações:
Na diabetes insípida e em outras situações acima descritas.Interações:
O efeito da desmopressina é potenciado pela indometacina.Precauções:
Na IC e na hipertensão. Usar com cuidado em doentes com mais de 65 anos e em casos de fibrose quística; também na epilepsia, enxaqueca ou condições de retenção hídrica.Efeitos Secundários:
Vasodilatação periférica com aparecimento de rubor facial; cefaleias, taquicardia, retenção hídrica e hiponatremia. Também dores de estômago, náuseas, vómitos.Ddavp Desmopressin, Nocdurna, Minirin
Desogestrel
Desogestrel
Azalia, Salimette, Cerazette
8. Hormonas e medicamentos usados no tratamento das doenças endócrinas / 8.5. Hormonas sexuais / 8.5.1. Estrogénios e progestagénios / 8.5.1.3. Progestagénios / Desogestrel
Indicações:
Anticoncecional.Interações:
Os indutores enzimáticos: antiepiléticos (barbitúricos, fenitoína, primidona, carbamazepina), rifampicina e griseofulvina reduzem-lhe a eficácia. Suspeita-se também dos produtos contendo hipericão na diminuição da eficácia e assim como igual efeito em mulheres com hábitos tabágicos.Precauções:
Gravidez. Doença hepática. Situações tromboembólicas. Hemorragia vaginal não diagnosticada. No aleitamento, a produção e a qualidade do leite materno não são alteradas; contudo, devido aos metabolitos excretados, deverá usar-se com precaução.Efeitos Secundários:
Cefaleias, naúseas, aumento de peso, tensão mamária e hemorragias uterinas irregulares. Possíveis aumentos dos níveis de glucose e trigliceredeos, alterações do humor e depressão.Azalia, Salimette, Cerazette
Desogestrel + Etinilestradiol
Desogestrel + Etinilestradiol
Novynette, Regulon, Gracial, Marvelon, Salima, Mercilon
8. Hormonas e medicamentos usados no tratamento das doenças endócrinas / 8.5. Hormonas sexuais / 8.5.1. Estrogénios e progestagénios / 8.5.1.2. Anticoncecionais / Desogestrel + Etinilestradiol
Indicações:
Interações:
Precauções:
Efeitos Secundários:
Novynette, Regulon, Gracial, Marvelon, Salima, Mercilon
Desonida
Desonida
Zotinar Capilar
13. Medicamentos usados em afeções cutâneas / 13.5. Corticosteroides de aplicação tópica / Desonida
Indicações:
Interações:
Precauções:
Efeitos Secundários:
Zotinar Capilar
Desonida + Neomicina
Desonida + Neomicina
Zotinar N
13. Medicamentos usados em afeções cutâneas / 13.6. Associações de antibacterianos, antifúngicos e corticosteroides / Desonida + Neomicina
Indicações:
Interações:
Precauções:
Efeitos Secundários:
Zotinar N
Dexametasona
Dexametasona
Oradexon, Decadron
8. Hormonas e medicamentos usados no tratamento das doenças endócrinas / 8.2. Corticosteroides / 8.2.2. Glucocorticoides / Dexametasona
Indicações:
É usada para inibir a secreção cortico-suprarrenal em testes funcionais. No adulto com síndrome adrenogenital e em certos casos de hirsutismo na mulher. Ver as restantes indicações no texto introdutório.Interações:
Os glucocorticoides têm efeitos a quase todos os níveis celulares dos diversos sistemas e órgãos humanos. A sua libertação ante situações de stress faz parte da resposta fisiológica compensatória e tem como finalidade evitar que os mecanismos orgânicos de defesa saiam fora do controlo endógeno. Quando se administram corticosteroides exógenos estamos a aumentar os níveis de controlo hormonal de acordo com as possíveis exigências orgânicas. São medicamentos que têm potentes efeitos anti-inflamatórios e imunossupressores; produzem efeitos a nível metabólico com aumento da glicemia e alterações a nível do metabolismo dos lípidos; como consequência das ações metabólicas podem condicionar a debilidade muscular e a osteoporose; no SNC provocam alterações no comportamento; e a nível gastrintestinal aumentam a produção de ácido clorídrico e pepsina. De toda esta variedade de efeitos, resultam indicações terapêuticas diversas que tanto podem estar ligadas a doenças endócrinas como doenças não endócrinas que estejam dependentes da ação direta dos efeitos anti-inflamatórios e imunossupressores dos glucocorticoides. Nas situações agudas de natureza alérgica ou anafilática, recorre-se a preparações hidrossolúveis (hidrocortisona sódica, succinato de metilprednisolona ou succinato de prednisolona), injetadas por via IV em doses elevadas. Os glucocorticoides disponíveis diferem entre si pela sua atividade e duração de ação, assim como pelo grau de atividade mineralocorticóide coexistente. Na seleção dos glicocorticóides deve atender-se à sua duração de ação. Os de ação curta ou intermédia são selecionados para tratamentos de urgência em casos agudos ou em tratamentos de substituição, nos casos de insuficiências endócrinas. Os de ação prolongada usam-se em tratamentos crónicos quando se pretende suprimir a atividade da suprarrenal. São medicamentos responsáveis por numerosos efeitos secundários, principalmente quando as doses fisiológicas são ultrapassadas e quando o tratamento é de longa duração. A retenção de sódio, por vezes responsável por edemas e hipertensão, depende da sua atividade mineralocorticóide. Após um tratamento prolongado ou após doses elevadas, é indispensável reduzir progressivamente a posologia. O tratamento prolongado provoca uma atrofia adrenal que pode persistir por vários anos depois do fim do tratamento. A suspensão abrupta da medicação pode desencadear uma insuficiência aguda da suprarrenal, hipotensão e até a morte. A retirada da medicação deve, por isso, fazer-se de modo gradual e pode muitas vezes estar associada a febre, mialgias, artralgias, rinite, conjuntivites e perda de peso. Nos efeitos laterais referem-se: fraqueza muscular e alterações do ritmo cardíaco, sintomatologia da síndrome de Cushing, miopatias, hiperglicemia, osteoporose (risco maior nas mulheres em pós-menopausa), diminuição da resistência a todos os agentes infeciosos, alterações digestivas com aumento da incidência de hemorragias ou perfuração; euforia, agitação, insónia, cefaleias e reações psicóticas. Podem também provocar aumento da pressão intraocular e glaucoma. Nas crianças, em tratamento crónico, podem produzir atrasos de crescimento e perturbações oculares (com desenvolvimento de cataratas). As contraindicações absolutas ou relativas dos corticosteroides são a hipertensão, a ICC, a IR, a osteoporose, a epilepsia mal controlada, a úlcera gastroduodenal, a tuberculose e as infeções virais ou micóticas. Nos diabéticos, devido às suas ações metabólicas, por diminuírem a tolerância à glucose e a sensibilidade à insulina, só devem usar-se em caso de absoluta necessidade. O mesmo deve ser de considerar durante a gravidez. Os corticosteroides são esteroides organizados de forma a condicionar a sua relação estrutural com as atividades farmacológicas. Algumas das modificações introduzidas nas suas moléculas visam uma maior atividade anti-inflamatória com as hipóteses de menores efeitos laterais (por redução da atividade mineralocorticóide ou por supressão completa dessa atividade ou ainda por menor interferência no metabolismo do cálcio ou dos hidratos de carbono). Na prednisona, prednisolona e metilprednisolona reduziu-se a atividade mineralocorticóide e aumentou-se a atividade glucocorticoide. Na dexametasona e betametasona, suprimiu-se a atividade mineralocorticóide. O deflazacorte, fármaco de uso sistémico com menor potência anti-inflamatória que a prednisona, não apresenta ação mineralocorticóide e modifica em menor grau o metabolismo do cálcio e dos hidratos de carbono, provavelmente pela sua menor potência como anti-inflamatório. O uso de corticosteroides com atividade mineralocorticóide acompanha-se de retenção de sódio, hipocaliemia e edemas, que serão especialmente graves em doentes com hipertensão e doenças vasculares. Nas formas farmacêuticas disponíveis encontram-se apresentações para via IM ou via oral com características de libertação controlada que permitem eficácia terapêutica por intervalos de tempo mais prolongados. Com exceção da aplicação tópica por períodos curtos de uso, os corticosteroides interagem com vários medicamentos. Os AINEs aumentam o risco de hemorragias e ulceração gástrica. A rifampicina acelera o metabolismo dos corticosteroides com a consequente redução do efeito terapêutico; o mesmo se verifica com antiepiléticos (carbamazepina, barbitúricos e fenitoína). Os antidiabéticos antagonizam os efeitos hiperglicemiantes. Os diuréticos (acetazolamida, tiazidas ou diuréticos da ansa) aumentam o risco de hipocaliemia. .Precauções:
Os glucocorticoides têm efeitos a quase todos os níveis celulares dos diversos sistemas e órgãos humanos. A sua libertação ante situações de stress faz parte da resposta fisiológica compensatória e tem como finalidade evitar que os mecanismos orgânicos de defesa saiam fora do controlo endógeno. Quando se administram corticosteroides exógenos estamos a aumentar os níveis de controlo hormonal de acordo com as possíveis exigências orgânicas. São medicamentos que têm potentes efeitos anti-inflamatórios e imunossupressores; produzem efeitos a nível metabólico com aumento da glicemia e alterações a nível do metabolismo dos lípidos; como consequência das ações metabólicas podem condicionar a debilidade muscular e a osteoporose; no SNC provocam alterações no comportamento; e a nível gastrintestinal aumentam a produção de ácido clorídrico e pepsina. De toda esta variedade de efeitos, resultam indicações terapêuticas diversas que tanto podem estar ligadas a doenças endócrinas como doenças não endócrinas que estejam dependentes da ação direta dos efeitos anti-inflamatórios e imunossupressores dos glucocorticoides. Nas situações agudas de natureza alérgica ou anafilática, recorre-se a preparações hidrossolúveis (hidrocortisona sódica, succinato de metilprednisolona ou succinato de prednisolona), injetadas por via IV em doses elevadas. Os glucocorticoides disponíveis diferem entre si pela sua atividade e duração de ação, assim como pelo grau de atividade mineralocorticóide coexistente. Na seleção dos glicocorticóides deve atender-se à sua duração de ação. Os de ação curta ou intermédia são selecionados para tratamentos de urgência em casos agudos ou em tratamentos de substituição, nos casos de insuficiências endócrinas. Os de ação prolongada usam-se em tratamentos crónicos quando se pretende suprimir a atividade da suprarrenal. São medicamentos responsáveis por numerosos efeitos secundários, principalmente quando as doses fisiológicas são ultrapassadas e quando o tratamento é de longa duração. A retenção de sódio, por vezes responsável por edemas e hipertensão, depende da sua atividade mineralocorticóide. Após um tratamento prolongado ou após doses elevadas, é indispensável reduzir progressivamente a posologia. O tratamento prolongado provoca uma atrofia adrenal que pode persistir por vários anos depois do fim do tratamento. A suspensão abrupta da medicação pode desencadear uma insuficiência aguda da suprarrenal, hipotensão e até a morte. A retirada da medicação deve, por isso, fazer-se de modo gradual e pode muitas vezes estar associada a febre, mialgias, artralgias, rinite, conjuntivites e perda de peso. Nos efeitos laterais referem-se: fraqueza muscular e alterações do ritmo cardíaco, sintomatologia da síndrome de Cushing, miopatias, hiperglicemia, osteoporose (risco maior nas mulheres em pós-menopausa), diminuição da resistência a todos os agentes infeciosos, alterações digestivas com aumento da incidência de hemorragias ou perfuração; euforia, agitação, insónia, cefaleias e reações psicóticas. Podem também provocar aumento da pressão intraocular e glaucoma. Nas crianças, em tratamento crónico, podem produzir atrasos de crescimento e perturbações oculares (com desenvolvimento de cataratas). As contraindicações absolutas ou relativas dos corticosteroides são a hipertensão, a ICC, a IR, a osteoporose, a epilepsia mal controlada, a úlcera gastroduodenal, a tuberculose e as infeções virais ou micóticas. Nos diabéticos, devido às suas ações metabólicas, por diminuírem a tolerância à glucose e a sensibilidade à insulina, só devem usar-se em caso de absoluta necessidade. O mesmo deve ser de considerar durante a gravidez. Os corticosteroides são esteroides organizados de forma a condicionar a sua relação estrutural com as atividades farmacológicas. Algumas das modificações introduzidas nas suas moléculas visam uma maior atividade anti-inflamatória com as hipóteses de menores efeitos laterais (por redução da atividade mineralocorticóide ou por supressão completa dessa atividade ou ainda por menor interferência no metabolismo do cálcio ou dos hidratos de carbono). Na prednisona, prednisolona e metilprednisolona reduziu-se a atividade mineralocorticóide e aumentou-se a atividade glucocorticoide. Na dexametasona e betametasona, suprimiu-se a atividade mineralocorticóide. O deflazacorte, fármaco de uso sistémico com menor potência anti-inflamatória que a prednisona, não apresenta ação mineralocorticóide e modifica em menor grau o metabolismo do cálcio e dos hidratos de carbono, provavelmente pela sua menor potência como anti-inflamatório. O uso de corticosteroides com atividade mineralocorticóide acompanha-se de retenção de sódio, hipocaliemia e edemas, que serão especialmente graves em doentes com hipertensão e doenças vasculares. Nas formas farmacêuticas disponíveis encontram-se apresentações para via IM ou via oral com características de libertação controlada que permitem eficácia terapêutica por intervalos de tempo mais prolongados. Com exceção da aplicação tópica por períodos curtos de uso, os corticosteroides interagem com vários medicamentos. Os AINEs aumentam o risco de hemorragias e ulceração gástrica. A rifampicina acelera o metabolismo dos corticosteroides com a consequente redução do efeito terapêutico; o mesmo se verifica com antiepiléticos (carbamazepina, barbitúricos e fenitoína). Os antidiabéticos antagonizam os efeitos hiperglicemiantes. Os diuréticos (acetazolamida, tiazidas ou diuréticos da ansa) aumentam o risco de hipocaliemia. .Efeitos Secundários:
Os glucocorticoides têm efeitos a quase todos os níveis celulares dos diversos sistemas e órgãos humanos. A sua libertação ante situações de stress faz parte da resposta fisiológica compensatória e tem como finalidade evitar que os mecanismos orgânicos de defesa saiam fora do controlo endógeno. Quando se administram corticosteroides exógenos estamos a aumentar os níveis de controlo hormonal de acordo com as possíveis exigências orgânicas. São medicamentos que têm potentes efeitos anti-inflamatórios e imunossupressores; produzem efeitos a nível metabólico com aumento da glicemia e alterações a nível do metabolismo dos lípidos; como consequência das ações metabólicas podem condicionar a debilidade muscular e a osteoporose; no SNC provocam alterações no comportamento; e a nível gastrintestinal aumentam a produção de ácido clorídrico e pepsina. De toda esta variedade de efeitos, resultam indicações terapêuticas diversas que tanto podem estar ligadas a doenças endócrinas como doenças não endócrinas que estejam dependentes da ação direta dos efeitos anti-inflamatórios e imunossupressores dos glucocorticoides. Nas situações agudas de natureza alérgica ou anafilática, recorre-se a preparações hidrossolúveis (hidrocortisona sódica, succinato de metilprednisolona ou succinato de prednisolona), injetadas por via IV em doses elevadas. Os glucocorticoides disponíveis diferem entre si pela sua atividade e duração de ação, assim como pelo grau de atividade mineralocorticóide coexistente. Na seleção dos glicocorticóides deve atender-se à sua duração de ação. Os de ação curta ou intermédia são selecionados para tratamentos de urgência em casos agudos ou em tratamentos de substituição, nos casos de insuficiências endócrinas. Os de ação prolongada usam-se em tratamentos crónicos quando se pretende suprimir a atividade da suprarrenal. São medicamentos responsáveis por numerosos efeitos secundários, principalmente quando as doses fisiológicas são ultrapassadas e quando o tratamento é de longa duração. A retenção de sódio, por vezes responsável por edemas e hipertensão, depende da sua atividade mineralocorticóide. Após um tratamento prolongado ou após doses elevadas, é indispensável reduzir progressivamente a posologia. O tratamento prolongado provoca uma atrofia adrenal que pode persistir por vários anos depois do fim do tratamento. A suspensão abrupta da medicação pode desencadear uma insuficiência aguda da suprarrenal, hipotensão e até a morte. A retirada da medicação deve, por isso, fazer-se de modo gradual e pode muitas vezes estar associada a febre, mialgias, artralgias, rinite, conjuntivites e perda de peso. Nos efeitos laterais referem-se: fraqueza muscular e alterações do ritmo cardíaco, sintomatologia da síndrome de Cushing, miopatias, hiperglicemia, osteoporose (risco maior nas mulheres em pós-menopausa), diminuição da resistência a todos os agentes infeciosos, alterações digestivas com aumento da incidência de hemorragias ou perfuração; euforia, agitação, insónia, cefaleias e reações psicóticas. Podem também provocar aumento da pressão intraocular e glaucoma. Nas crianças, em tratamento crónico, podem produzir atrasos de crescimento e perturbações oculares (com desenvolvimento de cataratas). As contraindicações absolutas ou relativas dos corticosteroides são a hipertensão, a ICC, a IR, a osteoporose, a epilepsia mal controlada, a úlcera gastroduodenal, a tuberculose e as infeções virais ou micóticas. Nos diabéticos, devido às suas ações metabólicas, por diminuírem a tolerância à glucose e a sensibilidade à insulina, só devem usar-se em caso de absoluta necessidade. O mesmo deve ser de considerar durante a gravidez. Os corticosteroides são esteroides organizados de forma a condicionar a sua relação estrutural com as atividades farmacológicas. Algumas das modificações introduzidas nas suas moléculas visam uma maior atividade anti-inflamatória com as hipóteses de menores efeitos laterais (por redução da atividade mineralocorticóide ou por supressão completa dessa atividade ou ainda por menor interferência no metabolismo do cálcio ou dos hidratos de carbono). Na prednisona, prednisolona e metilprednisolona reduziu-se a atividade mineralocorticóide e aumentou-se a atividade glucocorticoide. Na dexametasona e betametasona, suprimiu-se a atividade mineralocorticóide. O deflazacorte, fármaco de uso sistémico com menor potência anti-inflamatória que a prednisona, não apresenta ação mineralocorticóide e modifica em menor grau o metabolismo do cálcio e dos hidratos de carbono, provavelmente pela sua menor potência como anti-inflamatório. O uso de corticosteroides com atividade mineralocorticóide acompanha-se de retenção de sódio, hipocaliemia e edemas, que serão especialmente graves em doentes com hipertensão e doenças vasculares. Nas formas farmacêuticas disponíveis encontram-se apresentações para via IM ou via oral com características de libertação controlada que permitem eficácia terapêutica por intervalos de tempo mais prolongados. Com exceção da aplicação tópica por períodos curtos de uso, os corticosteroides interagem com vários medicamentos. Os AINEs aumentam o risco de hemorragias e ulceração gástrica. A rifampicina acelera o metabolismo dos corticosteroides com a consequente redução do efeito terapêutico; o mesmo se verifica com antiepiléticos (carbamazepina, barbitúricos e fenitoína). Os antidiabéticos antagonizam os efeitos hiperglicemiantes. Os diuréticos (acetazolamida, tiazidas ou diuréticos da ansa) aumentam o risco de hipocaliemia. .Oradexon, Decadron
Dexametasona + Clioquinol
Dexametasona + Clioquinol
Dexaval V
13. Medicamentos usados em afeções cutâneas / 13.6. Associações de antibacterianos, antifúngicos e corticosteroides / Dexametasona + Clioquinol
Indicações:
Interações:
Precauções:
Efeitos Secundários:
Dexaval V
Dexametasona + Clorofenamina
Dexametasona + Clorofenamina
Dexaval A
13. Medicamentos usados em afeções cutâneas / 13.5. Corticosteroides de aplicação tópica / Dexametasona + Clorofenamina
Indicações:
Interações:
Precauções:
Efeitos Secundários:
Dexaval A
Dexametasona + Clotrimazol
Dexametasona + Clotrimazol
Baycuten
13. Medicamentos usados em afeções cutâneas / 13.6. Associações de antibacterianos, antifúngicos e corticosteroides / Dexametasona + Clotrimazol
Indicações:
Interações:
Precauções:
Efeitos Secundários:
Baycuten
Dexametasona + Framicetina
Dexametasona + Framicetina
15. Medicamentos usados em afeções oculares / 15.1. Anti-infeciosos tópicos / 15.1.1. Antibacterianos / Dexametasona + Framicetina
Indicações:
A associação de antibacterianos a corticosteroides é uma prática que deve ser desencorajada e limitada a situações bem identificadas e acompanhada por oftalmologista.Interações:
Não se aplica.Precauções:
Não se aplica.Efeitos Secundários:
Não se aplica.Dexametasona + Gentamicina
Dexametasona + Gentamicina
Dexamytrex Ophtiole
15. Medicamentos usados em afeções oculares / 15.1. Anti-infeciosos tópicos / 15.1.1. Antibacterianos / Dexametasona + Gentamicina
Indicações:
A associação de antibacterianos a corticosteroides é uma prática que deve ser desencorajada e limitada a situações bem identificadas e acompanhada por oftalmologista.Interações:
Não se aplica.Precauções:
Não se aplica.Efeitos Secundários:
Não se aplica.Dexamytrex Ophtiole
Dexametasona + Gentamicina + Tetrizolina
Dexametasona + Gentamicina + Tetrizolina
Colircusi Gentadexa
15. Medicamentos usados em afeções oculares / 15.1. Anti-infeciosos tópicos / 15.1.1. Antibacterianos / Dexametasona + Gentamicina + Tetrizolina
Indicações:
O uso de associações de antibacterianos com fármacos de ação anti-inflamatória (corticosteroides e descongestionantes nasais) é uma prática que deve ser desencorajada, limitada a situações bem identificadas e acompanhada por oftalmologista.Interações:
Não se aplica.Precauções:
Não se aplica.Efeitos Secundários:
Não se aplica.Colircusi Gentadexa
Dexametasona + Neomicina
Dexametasona + Neomicina
Dexaval O
15. Medicamentos usados em afeções oculares / 15.1. Anti-infeciosos tópicos / 15.1.1. Antibacterianos / Dexametasona + Neomicina
Indicações:
A neomicina isolada está recomendada no tratamento de queratites causadas por Acanthamoeba. Porém, a associação de antibacterianos a corticosteroides é uma prática que deve ser desencorajada, limitada a situações bem identificadas e acompanhada por oftalmologista.Interações:
Não se aplica.Precauções:
Não se aplica.Efeitos Secundários:
Não se aplica.Dexaval O
Dexametasona + Neomicina + Polimixina B
Dexametasona + Neomicina + Polimixina B
Polydexa
14. Medicamentos usados em afeções otorrinolaringológicas / 14.2. Produtos para aplicação no ouvido / Dexametasona + Neomicina + Polimixina B
Indicações:
Manifestações alérgicas associadas a infeção bacteriana do canal auditivo externo. Embora seja frequente a instilação de gotas no canal auditivo externo com o intuito de aliviar a dor ou o prurido, tal prática revela-se contraproducente, nomeadamente quando a integridade da membrana timpânica não esteja assegurada. Os anestésicos por via tópica, recorda-se, revelam apenas uma discreta e fugaz eficácia antálgica. Por outro lado, certas associações em doses fixas podem dificultar os ajustes posológicos mais convenientes, para além de que certos constituintes de preparados otológicos possuem forte potencial para o desencadeamento de fenómenos alérgicos. A escolha dos medicamentos que podem ser utilizados no tratamento de afeções do ouvido médio ou do ouvido externo está dependente, para além de aspetos etiológicos, do caráter temporal da situação clínica. Enquanto no tratamento da otite média crónica pode ser aceitável o recurso a antibióticos por via tópica, isoladamente ou em associação à via sistémica, tal já não se verifica na otite média aguda onde a via sistémica pode ser a indicada. Remoção de cerúmen - o cerúmen é uma secreção normal que fornece uma película protetora sobre a pele meatal e só precisa de ser removido em caso de surdez, ou quando dificulte a otoscopia. A irrigação de orelha deve ser evitada nas crianças e em pacientes com histórico de otite externa recorrente, de perfuração timpânica ou de cirurgia prévia. Numa pessoa com audição unilateral exclusiva o ouvido são nunca deve ser irrigado porque, por menor que seja o risco, o dano potencial revela-se inaceitável.O cerúmen pode ser removido pela irrigação com água aquecida à temperatura corporal e, quando necessário, por estar duro e compactado, pode ser previamente amolecido utilizando-se gotas de azeite ou de óleo de amêndoa; o bicarbonato de sódio, também eficaz, pode provoca secura do canal auditivo. Há, também, preparações comerciais disponíveis para o efeito. As gotas podem ser utilizadas duas vezes ao dia, vários dias antes da irrigação. Se a opção for o amolecimento do cerúmen no próprio dia da irrigação deve posicionar-se o paciente com o ouvido afetado mais elevado, durante 5 a 10 minutos, após ter-se introduzido uma quantidade generosa do líquido de amaciamento. Os produtos simples, acima indicados, são tão eficazes como os comerciais e são menos propensos a causar irritação. Otite externa - A otite externa é uma reação inflamatória da pele do meato auricular. Antes de se iniciar o seu tratamento deve excluir-se uma otite crónica subjacente. Em geral, a otite externa recupera, exclusivamente, com uma limpeza cuidadosa do canal auditivo externo, por aspiração ou limpeza seca. Em casos resistentes, o método mais eficaz consiste na introdução de uma faixa de gaze ou de um pavio de esponja embebido em corticosteroide para aplicação auricular ou com um adstringente - uma solução de acetato de alumínio, por exemplo. Quando tal não se revele prático a orelha deve ser limpa, delicadamente, com uma sonda coberta de algodão hidrófilo, incentivando-se o paciente a posicionar-se com a orelha afetada mais elevada, nos dez minutos após o canal auditivo ter sido preenchido com uma quantidade liberal da solução apropriada. Quando haja infeção pode utilizar-se um antibiótico tópico não indicado para utilização sistémica (neomicina, por exemplo), mas por não mais que uma semana, já que do seu uso continuado podem resultar infeções fúngicas. Atendendo-se à sua ototoxicidade, o tratamento com um aminoglicosídeo tópico é contraindicado nos casos de perfuração timpânica. Pode ocorrer sensibilização ao antibiótico ou ao solvente, e resistência aos antibacterianos, nos casos de uso prolongado. Soluções contendo um anti-infecioso e um corticosteroide são utilizadas para o tratamento dos casos onde a infeção está presente e é associada a inflamação e eczema. Também as gotas auriculares de acetato de alumínio são eficazes contra a infeção bacteriana e a inflamação do ouvido. Na otite externa suave pode ser utilizada, topicamente, uma solução de ácido acético a 2%, que age como antifúngico e antibacteriano, mas, em casos graves, é necessária uma preparação contendo anti-inflamatórios, com ou sem antibacteriano. A antibioterapia sistémica deve ser utilizada quando se verifique a existência de celulite. Quando se suspeite de infeção estafilocócica resistente, a flucloxacilina é o fármaco de eleição. A ciprofloxacina, ou um aminoglicosídeo, podem ser necessários em infeções a Pseudomonas, que podem ocorrer em situações de diabetes ou de imunodepressão. Na presença de eczema do canal auditivo externo o recurso a um corticosteroide tópico (creme ou pomada) pode revelar-se indicado, mas a sua utilização prolongada deve ser evitada. Para a dor severa associada à otite externa está indicado o uso dum analgésico sistémico, nomeadamente, o paracetamol ou o ibuprofeno. Otite média aguda - É a causa maior de otalgia na criança.Muitas otites médias agudas, especialmente as que se acompanham de rinite, são virais.Nos casos mais simples não há necessidade de recurso a antibacterianos, bastando um analgésico - o paracetamol, por exemplo. Nas crianças sem doença sistémica pode iniciar-se um antibacteriano sistémico após 72 horas, perante a ausência de sinais de melhoria ou se houver deterioração, se o paciente apresentar queixas sistémicas, se houver alto risco de complicações graves (imunossupressão ou fibrose cística, por exemplo), se houver mastoidite ou ainda em crianças menores de 2 anos de idade, com otite média bilateral. Os agentes bacterianos que mais frequentemente implicados são o Streptococcus pneumoniae, o Haemophilus influenzae e a Moraxella catarrhalis. É, pois, de considerar a utilização sistémica de amoxicilina (com ou sem ácido clavulânico) ou, como opção, uma cefalosporina. Caso se suspeite de infeção estafilocócica a utilização de flucloxacilina revela-se adequada. Em diabéticos e imunodeprimidos a Pseudomonas é uma causa frequente, devendo então optar-se por uma quinolona ou um aminoglicosídeo.O tratamento tópico da otite média aguda é ineficaz, não se aconselhando a instilação de anestésicos locais. A perfuração da membrana timpânica decorrente de uma otite média aguda, habitualmente, cura espontaneamente. A otite média com efusão ("ouvido de cola") ocorre em cerca de 10% das crianças normais e em 90% das crianças com fenda palatina. Os antibacterianos sistémicos não são geralmente necessários. Se o "ouvido de cola" persistir por mais de um mês a criança deve ser remetida a otorrinolaringologia devido ao risco de uma deficiência auditiva de longo prazo, suscetível de atrasar o desenvolvimento da linguagem. O "ouvido de cola" não tratado ou resistente pode ser responsável por alguns tipos de otite média crónica. Otite média crónica - Nos doentes com otite média crónica há germes oportunistas que colonizam os detritos, queratina e osso necrótico do ouvido médio e da mastoide. O tratamento consiste na limpeza profunda por microssucção auricular que deve ser seguida pela introdução no canal auditivo externo de um pavio de esponja ou de uma fita de gaze embebida em gotas auriculares de corticosteroides ou de um adstringente (solução de acetato de alumínio, por exemplo). Isto revela-se particularmente benéfico em situações de supuração ou de infeção da cavidade mastóidea. Pode, também, utilizar-se uma pomada antibacteriana. O tratamento tópico com antibacterianos ototóxicos é contraindicado na presença de perfuração timpânica.Nas agudizações das infeções crónicas pode ter que se recorrer ao tratamento sistémico com amoxicilina ou com macrólido, este, nos casos de alergia aos beta-lactâmicos. Este tratamento deve ser ajustado de acordo com os testes de sensibilidade aos antibióticos. Quando haja colonização por Pseudomonas aeruginosa ou Proteus spp. poderá ser necessário o recurso a antibioterapia parenteral..Interações:
Desconhecidas.Precauções:
Perfuração do tímpano. Hipersensibilidade aos constituintes. Infeções víricas ou fúngicas.Efeitos Secundários:
Irritação local, sensação de queimadura, prurido, erupções acneiformes, atrofia, infeção secundária.Polydexa
Dexametasona + Tobramicina
Dexametasona + Tobramicina
Tobradex
15. Medicamentos usados em afeções oculares / 15.1. Anti-infeciosos tópicos / 15.1.1. Antibacterianos / Dexametasona + Tobramicina
Indicações:
A tobramicina isolada está recomendada no tratamento de infeções oculares superficiais de causa bacteriana. Porém, a associação de antibacterianos a corticoesteróides é uma prática que deve ser desencorajada, limitada a situações bem identificadas e acompanhada por oftalmologista.Interações:
Não se aplica.Precauções:
Não se aplica.Efeitos Secundários:
Não se aplica.Tobradex
Dexcetoprofeno
Dexcetoprofeno
Ketesse
9. Aparelho locomotor / 9.1. Anti-inflamatórios não esteróides / 9.1.3. Derivados do ácido propiónico / Dexcetoprofeno
Indicações:
Dor ligeira a moderada. Dor e inflamação em doenças reumáticas e outras afecções músculo-esqueléticas. Dor ligeira a moderada..Interações:
Estão comercializados entre nós o ibuprofeno, o dexibuprofeno, o naproxeno, o flurbiprofeno e o cetoprofeno. As principais diferenças residem na potência (peso por peso) e duração de efeito.A tolmetina é outro derivado arilalcanoico semelhante ao ibuprofeno, que em alguns estudos determina maior incidência de efeitos indesejáveis..Precauções:
Porfiria; doença inflamatória intestinal; úlcera activa. Gravidez e aleitamento..Efeitos Secundários:
Semelhantes às dos outros anti-inflamatórios. Não parecem interferir com os antidiabéticos ou com os anticoagulantes orais. O risco de hemorragia digestiva, em doentes hipocoagulados, é no entanto considerável, devido ao seu efeito antiagregante plaquetário..Ketesse
Dexibuprofeno
Dexibuprofeno
Seractil
9. Aparelho locomotor / 9.1. Anti-inflamatórios não esteróides / 9.1.3. Derivados do ácido propiónico / Dexibuprofeno
Indicações:
Dor ligeira a moderada. Dor e inflamação em doenças reumáticas e outras afecções músculo-esqueléticas. Dor ligeira a moderada..Interações:
Estão comercializados entre nós o ibuprofeno, o dexibuprofeno, o naproxeno, o flurbiprofeno e o cetoprofeno. As principais diferenças residem na potência (peso por peso) e duração de efeito.A tolmetina é outro derivado arilalcanoico semelhante ao ibuprofeno, que em alguns estudos determina maior incidência de efeitos indesejáveis..Precauções:
Porfiria; doença inflamatória intestinal; úlcera activa. Gravidez e aleitamento..Efeitos Secundários:
Semelhantes às dos outros anti-inflamatórios. Não parecem interferir com os antidiabéticos ou com os anticoagulantes orais. O risco de hemorragia digestiva, em doentes hipocoagulados, é no entanto considerável, devido ao seu efeito antiagregante plaquetário..Seractil
Dexpantenol
Dexpantenol
Bepanthene
13. Medicamentos usados em afeções cutâneas / 13.7. Adjuvantes da cicatrização / Dexpantenol
Indicações:
Interações:
Precauções:
Efeitos Secundários:
Bepanthene
Dexpantenol + Cloro-hexidina
Dexpantenol + Cloro-hexidina
Bepanthene Plus
13. Medicamentos usados em afeções cutâneas / 13.7. Adjuvantes da cicatrização / Dexpantenol + Cloro-hexidina
Indicações:
Interações:
Precauções:
Efeitos Secundários:
Bepanthene Plus
Dextrometorfano
Dextrometorfano
Benflux Tosse Seca, Drill Tosse Seca, Diacol, Vicks Xarope Antitussico Mel, Broncoliber tosse seca, Tussican, Toceliv, Holsec, Dextux, Bisoltussin, Tussoral
5. Aparelho respiratório / 5.2. Antitússicos e expetorantes / 5.2.1. Antitússicos / Dextrometorfano
Indicações:
Tosse seca, persistente, de grande incómodo para o doente.Interações:
IMAO, antidepressores, quinidina, amiodarona.Precauções:
Hipersensibilidade ao dextrometorfano, depressão respiratória.Efeitos Secundários:
Embora de expressão ligeira e pouco frequente estão descritas sonolência, fadiga e tonturas. Excitação, confusão e depressão respiratória podem ocorrer em situações de sobredosagem. Não há vantagem na sua associação a outros fármacos, por exemplo efedrina ou benzoato de sódio.Benflux Tosse Seca, Drill Tosse Seca, Diacol, Vicks Xarope Antitussico Mel, Broncoliber tosse seca, Tussican, Toceliv, Holsec, Dextux, Bisoltussin, Tussoral
Di-hexazina
Di-hexazina
Viternum
10. Medicação antialérgica / 10.1. Anti-histamínicos / 10.1.1. Anti-histamínicos H1 sedativos / Di-hexazina
Indicações:
V. anti-histamínicos H1 sedativos (10.1.1). É sobretudo usado como estimulante do apetite.Interações:
Não deve ser associado com inibidores da MAO. Potenciação de efeitos com medicamentos sedativos. Efeitos aditivos com o álcool.Precauções:
V. anti-histamínicos H1 sedativos (10.1.1). Não usar em crianças com menos de 2 anos.Efeitos Secundários:
V. anti-histamínicos H1 sedativos (10.1.1).Viternum
Diacereína
Diacereína
Artrolyt
9. Aparelho locomotor / 9.4. Medicamentos para tratamento da artrose / Diacereína
Indicações:
Artrose. Há fármacos utilizados como "condroprotectores" para os quais está documentado efeito analgésico que determina benefício sintomático idêntico ao dos AINEs, no termo de tratamentos efetuados por 2 a 4 semanas (embora não exerçam efeito analgésico e anti-inflamatório em tomas isoladas). Há agora evidência de que podem modificar a história natural da doença, particularmente os medicamentos contendo glucosamina, em situações de gonartrose e após tratamento de longa duração (até 3 anos). São necessários ensaios clínicos demonstrativos de eficácia em tratamentos a longo prazo nas várias formas de artrose .A artrose tem fases evolutivas em que se pode justificar o emprego de AINEs. Fora desses períodos o tratamento médico deve privilegiar os analgésicos simples (paracetamol). A dor e a disfunção resultam frequentemente do envolvimento de estruturas periarticulares (cápsulas articulares, bainhas de tendões, bolsas serosas) que podem beneficiar com terapêutica tópica (infiltrações, medidas fisiátricas, etc.)..Interações:
Os antiácidos diminuem a sua absorção.Precauções:
Contraindicada na gravidez e no aleitamento; hipersensibilidade às antraquinonas. Há fármacos utilizados como "condroprotectores" para os quais está documentado efeito analgésico que determina benefício sintomático idêntico ao dos AINEs, no termo de tratamentos efetuados por 2 a 4 semanas (embora não exerçam efeito analgésico e anti-inflamatório em tomas isoladas). Há agora evidência de que podem modificar a história natural da doença, particularmente os medicamentos contendo glucosamina, em situações de gonartrose e após tratamento de longa duração (até 3 anos). São necessários ensaios clínicos demonstrativos de eficácia em tratamentos a longo prazo nas várias formas de artrose .A artrose tem fases evolutivas em que se pode justificar o emprego de AINEs. Fora desses períodos o tratamento médico deve privilegiar os analgésicos simples (paracetamol). A dor e a disfunção resultam frequentemente do envolvimento de estruturas periarticulares (cápsulas articulares, bainhas de tendões, bolsas serosas) que podem beneficiar com terapêutica tópica (infiltrações, medidas fisiátricas, etc.)..Efeitos Secundários:
Diarreia. Há fármacos utilizados como "condroprotectores" para os quais está documentado efeito analgésico que determina benefício sintomático idêntico ao dos AINEs, no termo de tratamentos efetuados por 2 a 4 semanas (embora não exerçam efeito analgésico e anti-inflamatório em tomas isoladas). Há agora evidência de que podem modificar a história natural da doença, particularmente os medicamentos contendo glucosamina, em situações de gonartrose e após tratamento de longa duração (até 3 anos). São necessários ensaios clínicos demonstrativos de eficácia em tratamentos a longo prazo nas várias formas de artrose .A artrose tem fases evolutivas em que se pode justificar o emprego de AINEs. Fora desses períodos o tratamento médico deve privilegiar os analgésicos simples (paracetamol). A dor e a disfunção resultam frequentemente do envolvimento de estruturas periarticulares (cápsulas articulares, bainhas de tendões, bolsas serosas) que podem beneficiar com terapêutica tópica (infiltrações, medidas fisiátricas, etc.)..Artrolyt
Diazepam
Diazepam
Bialzepam Retard, Unisedil, Stesolid, Valium
2. Sistema Nervoso Central / 2.9. Psicofármacos / 2.9.1. Ansiolíticos, sedativos e hipnóticos / Benzodiazepinas / Diazepam
Indicações:
Ansiedade e sintomas ansiosos; relaxante muscular; anticonvulsivante.Interações:
O zolpidem é uma imidazopiridina que atua no mesmo recetor ou subtipos de recetores que as benzodiazepinas. Tem uma duração de ação curta e o efeito de ressaca é discreto ou inexistente..Precauções:
O zolpidem é uma imidazopiridina que atua no mesmo recetor ou subtipos de recetores que as benzodiazepinas. Tem uma duração de ação curta e o efeito de ressaca é discreto ou inexistente..Efeitos Secundários:
O zolpidem é uma imidazopiridina que atua no mesmo recetor ou subtipos de recetores que as benzodiazepinas. Tem uma duração de ação curta e o efeito de ressaca é discreto ou inexistente..Bialzepam Retard, Unisedil, Stesolid, Valium
Diclofenac
Diclofenac
Voltaren 25, Olfen Retard, Cataflam, Fenil-V Dispersivel
9. Aparelho locomotor / 9.1. Anti-inflamatórios não esteróides / 9.1.2. Derivados do ácido acético / Diclofenac
Indicações:
Dor e inflamação em doenças reumáticas e outras afeções musculoesqueléticas. Dor ligeira a moderada..Interações:
Não se aplica.Precauções:
Porfiria. V. Introdução (9.1. e 9.1.2.).Efeitos Secundários:
Semelhantes às dos outros anti-inflamatórios. Apesar da intensa ligação às proteínas plasmáticas não parecem interferir com os antidiabéticos ou com os anticoagulantes orais. O risco de hemorragia digestiva, em doentes hipocoagulados, é no entanto considerável, devido ao seu efeito antiagregante plaquetário..Voltaren 25, Olfen Retard, Cataflam, Fenil-V Dispersivel
Diclofenac + Misoprostol
Diclofenac + Misoprostol
Arthrotec 75
9. Aparelho locomotor / 9.1. Anti-inflamatórios não esteróides / 9.1.2. Derivados do ácido acético / Diclofenac + Misoprostol
Indicações:
Doenças reumatismais e músculo-esqueléticas. V. Diclofenac e misoprostol.Interações:
O diclofenac é o principal derivado do ácido acético. O aceclofenac é semelhante ao diclofenac..Precauções:
Porfiria; gravidez; úlcera ativa. V. Diclofenac e misoprostol.Efeitos Secundários:
Diarreia; cólicas abdominais; metrorragias. V. Diclofenac e misoprostol.Arthrotec 75
Didanosina
Didanosina
1. Medicamentos anti-infeciosos / 1.3. Antivíricos / 1.3.1. Antirretrovirais / 1.3.1.3. Análogos nucleosídeos inibidores da transcriptase inversa (reversa) / Didanosina
Indicações:
Com exceção do adefovir e do entecavir, todos estão aprovados para o tratamento da infeção pelo VIH em associação com outros fármacos antirretrovirais. O adefovir e o entecavir estão indicados apenas no tratamento da hepatite B crónica e a lamivudina e o tenofovir detém aprovação para as duas indicações referidas (V. informação específica de fármaco)..Interações:
. A didanosina (porque é formulada com um tampão que contém iões Al3+ e Mg2+) reduz a absorção do indinavir, itraconazol (cápsulas), cetoconazol, quinolonas e tetraciclinas, pelo que estes fármacos deverão ser administrados 2 horas antes ou depois da didanosina; em particular, as quinolonas 8 horas depois da didanosina.A coadministração de ganciclovir e didanosina causa um aumento nas concentrações plasmáticas da didanosina e uma redução nas concentrações do ganciclovir.A administração concomitante de fármacos suscetíveis de induzir pancreatite ou neuropatia periférica aumenta o risco destas patologias.Precauções:
Gravidez e aleitamento. Doentes com hepatite crónica B ou C e doentes com disfunção hepática - maior risco de efeitos adversos hepáticos nomeadamente acidose láctica associada com hepatomegalia e esteatose (particularmente mulheres obesas e doentes com hepatite C tratados com interferão alfa e ribavirina). Doentes com disfunção renal; ajustar posologia na IR (exceto abacavir). Monitorizar função hepática e ocorrência de reações de hipersensibilidade.. Doentes com história de pancreatite, neuropatia periférica ou hiperuricemia. Monitorizar acuidade visual.Efeitos Secundários:
Náuseas, vómitos, epigastralgias, dores abdominais e diarreia. Disfunção hepática. Acidose láctica normalmente associada a hepatomegalia grave e esteatose hepática (descritos casos fatais). Pancreatite. Anorexia. Astenia e fadiga. Tosse e dispneia. Cefaleias. Alterações do sono. Alterações hematológicas, nomeadamente neutropenia e trombocitopenia. Artralgias e mialgias. Erupções cutâneas, prurido, urticária. Reações alérgicas que podem ser graves.. Neuropatia periférica. Hiperuricemia assintomática. Hiper ou hipoglicemia. IRA. Alterações da acuidade visual. Alopecia.Didrogesterona
Didrogesterona
Duphaston
8. Hormonas e medicamentos usados no tratamento das doenças endócrinas / 8.5. Hormonas sexuais / 8.5.1. Estrogénios e progestagénios / 8.5.1.3. Progestagénios / Didrogesterona
Indicações:
Tratamento da amenorreia, síndrome pré-menstrual, endometriose e em hemorragias funcionais.Interações:
As da progesterona.Precauções:
As da progesterona.Efeitos Secundários:
As da progesterona.Duphaston
Didrogesterona + Estradiol
Didrogesterona + Estradiol
Femoston 2/10
8. Hormonas e medicamentos usados no tratamento das doenças endócrinas / 8.5. Hormonas sexuais / 8.5.1. Estrogénios e progestagénios / 8.5.1.1. Tratamento de substituição / Didrogesterona + Estradiol
Indicações:
Interações:
Precauções:
Efeitos Secundários:
Femoston 2/10
Dienogest
Dienogest
Visanne
8. Hormonas e medicamentos usados no tratamento das doenças endócrinas / 8.5. Hormonas sexuais / 8.5.1. Estrogénios e progestagénios / 8.5.1.3. Progestagénios / Dienogest
Indicações:
Tratamento da endometriose.Interações:
Com indutores ou inibidores enzimáticos do CYP450 observam-se as modificações farmacocinéticas consequentes. Os indutores enzimáticos: antiepiléticos (barbitúricos, fenitoína, primidona, carbamazepina), rifampicina e griseofulvina reduzem-lhe a eficácia. Com os inibidores enzimáticos da CYP3A4 como antifungicos, do grupo dos azois (cetoconazol, itraconazol ou fluconazol), cimetidina, macrólidos, antidepressivos e sumo de toranja podem aumentar os níveis plasmáticos do progestagénio e resultar em efeitos adversos.Precauções:
Em hemorragia uterina; Perturbações cardiovasculares e tromboembólicas. Doença hepática ou antecedentes de tumores hepáticos.Efeitos Secundários:
Náuseas, vómitos, dor abdominal, flatulência e distenção abdominal. Aumento de peso. Cefaleia e enxaqueca. Nos tecidos cutâneos pode provocar acne e alopecia. Desconforto mamário, afrontamentos e hemorragia uterina.Visanne