Trombocitopenia induzida por heparina
A trombocitopenia induzida por heparina é uma condição médica que ocorre em pessoas que estão a tomar heparina (um tipo de medicamento anticoagulante, ou seja, que previne a formação de coágulos de sangue) e que provoca uma diminuição significativa do número de plaquetas no sangue.
Em termos mais simples, plaquetas são as células do sangue que ajudam na formação de coágulos para prevenir sangramentos excessivos. Portanto, ter um número baixo de plaquetas pode levar a problemas graves, como hemorragias.
Esta síndrome surge tipicamente dentro dos 5 a 14 dias após o início do tratamento com heparina e manifesta-se através de um aumento de coágulos no sangue em vez do esperado efeito anticoagulante. Este efeito paradoxal deve-se ao facto de os anticorpos formados contra a heparina se ligarem a um fator plaquetário (a proteína plaquetária 4) criando um complexo que ativa as plaquetas, conduzindo à formação de coágulos e à redução do número de plaquetas.
A gestão da trombocitopenia induzida por heparina envolve normalmente a suspensão da heparina e a introdução de um tipo diferente de anticoagulante. Em alguns casos, pode também ser necessária a realização de uma cirurgia para remover coágulos de sangue.
Evans
A síndrome de Evans é uma condição autoimune rara caracterizada pela combinação de anemia hemolítica autoimune (um transtorno no qual o sistema imunológico ataca e destrói os glóbulos vermelhos do próprio corpo, levando à anemia) e trombocitopenia imune (uma condição que resulta em uma contagem baixa de plaquetas, as células que ajudam o sangue a coagular). Tais condições podem levar a diversos sintomas, como fadiga, palidez, falta de ar, sangramento e/ou hematomas frequentes.
A síndrome de Evans pode ocorrer em qualquer idade, mas é mais comum em crianças e adultos jovens. O tratamento envolve medicamentos para suprimir a atividade do sistema imunológico e, em casos graves, pode ser necessária a remoção do baço ou um transplante de células-tronco.
Em alguns casos, a síndrome de Evans pode ocorrer junto com outras doenças autoimunes, como lúpus ou artrite reumatoide. A causa precisa da síndrome ainda é desconhecida, mas acredita-se que fatores genéticos possam estar envolvidos.
Paraneoplásica
O Síndrome Paraneoplásica é um conjunto de sinais e sintomas causados por substâncias que o tumor canceroso produz no corpo. Esses sinais e sintomas podem afetar várias partes do corpo, incluindo o sistema nervoso, coração, rins, pele, articulações e músculos.
Esta síndrome não é causada diretamente pela própria presença física do tumor ou pela invasão de órgãos, mas é uma reação do sistema imunológico ao tumor, ou então o resultado de hormonas ou outros produtos químicos produzidos pelo tumor.
Os sintomas variam muito, dependendo do tipo de câncer e do tipo de resposta paraneoplásica, e podem surgir mesmo antes do diagnóstico do próprio câncer.
Os tratamentos para o Síndrome Paraneoplásica podem incluir o tratamento do tumor subjacente, medicamentos para auxiliar a gestão dos sintomas, ou em alguns casos, um tratamento para suprimir o sistema imunológico.
Este é, todavia, uma ocorrência bastante rara e ocorre mais frequentemente em pessoas com cancro do pulmão, do ovário, de mama ou linfoma.
Morvan
A síndrome de Morvan é uma doença neurológica rara caracterizada por insónias graves, alucinações, disfunções do sistema nervoso periférico e do sistema nervoso autónomo. É uma doença autoimune, o que significa que é causada pelo próprio sistema imunitário do corpo que ataca os tecidos saudáveis. A síndrome de Morvan também é associada à presença de anticorpos contra o canal de potássio voltagem-dependente.
Os sintomas da síndrome de Morvan podem variar bastante entre os indivíduos, podendo incluir desordens do sono, hiperexcitabilidade do sistema nervoso periférico (que pode levar a sintomas como tremores, espasmos musculares, suor excessivo), e alterações do sistema nervoso autónomo (que regula funções do corpo como a pressão arterial e a frequência cardíaca).
O tratamento da síndrome de Morvan geralmente envolve o uso de medicamentos para suprimir ou controlar a resposta imunitária. A condição é nomeada após o médico francês Augustin Marie Morvan que a descreveu pela primeira vez na década de 1890.
Pioderma Gangrenoso
O Pioderma Gangrenoso é uma doença de pele rara e grave caracterizada pela formação de úlceras dolorosas e erosões progressivas, principalmente nas pernas. Sua causa ainda é desconhecida, embora estudos apontem para um envolvimento do sistema imunitário, e é frequentemente associado a outras doenças, como doenças inflamatórias intestinais, artrite reumatoide e alguns tipos de cancro.
Os sintomas podem variar, mas começam geralmente com um nódulo vermelho ou bolha que rapidamente se transforma numa úlcera dolorosa com uma base púrpura e bordas irregulares. Apesar dos danos sérios à pele, a condição pode ser tratada, mas é importante que o diagnóstico seja feito correto e rápido, pois o tratamento precoce pode ajudar a controlar a progressão da doença.
Apesar de não ser contagioso, o Pioderma Gangrenoso pode ser muito difícil de tratar e pode deixar cicatrizes profundas. O tratamento tem como objetivo controlar a dor, curar as úlceras e tratar a condição subjacente associada. Em muitos casos, o tratamento pode envolver medicação, terapias tópicas e, ocasionalmente, cirurgia.
Intestino Irritável (SII)
A síndrome do intestino irritável (SII) é uma perturção crónica do sistema digestivo, que provoca sintomas como dor abdominal, inchaço, diarreia e/ou prisão de ventre. A causa exata desta síndrome é desconhecida, mas acredita-se que esteja relacionada com fatores como o aumento da sensibilidade do intestino, alterações nas funções dos músculos intestinais e problemas de comunicação entre o cérebro e o intestino.
Embora estas alterações não causem qualquer tipo de dano ao sistema digestivo, podem ser muito incómodas e afetar significativamente a qualidade de vida da pessoa. A SII é uma condição crónica e de longo prazo, que pode apresentar períodos de remissão, onde os sintomas melhoram ou até desaparecem, alternando com períodos de agravamento.
O tratamento desta síndrome é focado principalmente no alívio dos sintomas e pode incluir uma combinação de alterações na dieta, medicação, probióticos e terapias para gestão do stress ou da ansiedade.
Má Absorção
A síndrome de má absorção é uma doença do sistema digestivo que se caracteriza pela incapacidade ou dificuldade do organismo em absorver adequadamente os nutrientes dos alimentos, depois de estes terem sido digeridos. Isto pode resultar numa variedade de sintomas e problemas de saúde, desde a desnutrição até a perda de peso inexplicada, anemia, fadiga, inchaço abdominal, diarreia e flatulência.
Esta síndrome pode ser causada por uma variedade de condições e doenças que afetam o funcionamento normal do intestino delgado, responsável pela maioria da absorção dos nutrientes. Estas podem incluir doença celíaca, fibrose cística, doença de Crohn, cirurgia gastrointestinal ou infecções intestinais graves.
O tratamento normalmente envolve mudanças na dieta e na ingestão de suplementos nutricionais, além de tratar as doenças subjacentes que podem estar a causar a má absorção.
Intestino Curto
Síndrome do Intestino Curto (SIC) é uma condição médica que ocorre quando uma parte do intestino delgado é ausente ou não funciona correctamente. Normalmente ocorre quando uma grande parte do intestino delgado – que desempenha um papel crucial na digestão e na absorção de nutrientes – foi removida cirurgicamente ou está danificada de algum modo.
Os indivíduos que sofrem da SIC geralmente têm dificuldade em absorver uma quantidade suficiente de água, vitaminas, minerais e outros nutrientes dos alimentos que consomem. Como resultado, podem experimentar uma variedade de sintomas, como diarreia, perda de peso e desnutrição, o que pode levar a sérias complicações de saúde se não for adequadamente gerido.
O tratamento para esta síndrome geralmente envolve uma combinação de modificações na dieta, terapia nutricional e, em alguns casos, medicamentos ou cirurgia.
Ogilvie
A síndrome de Ogilvie é uma condição rara que caracteriza-se por uma dilatação aguda do cólon, sem a presença de qualquer obstrução física. É também conhecida como pseudo-obstrução colônica aguda. Foi nomeada após o cirurgião britânico Sir William Heneage Ogilvie, que a descreveu pela primeira vez em 1948.
Os pacientes com a síndrome de Ogilvie apresentam os sintomas de uma obstrução intestinal, como dor abdominal, inchaço, náuseas, vómitos e incapacidade de passar fezes ou gases. No entanto, quando o cólon é examinado, não há bloqueio físico.
O mecanismo exato da síndrome de Ogilvie — por que o cólon de repente pára de trabalhar corretamente — é desconhecido.
O tratamento geralmente envolve a administração de medicamentos que ajudam a estimular o movimento do músculo intestinal ou a realização de uma colonoscopia para libertar o excesso de ar do cólon. Nos casos mais graves, pode ser necessária uma cirurgia.
Boerhaave
A Síndrome de Boerhaave é uma condição médica rara e potencialmente fatal, caracterizada pela rutura espontânea do esófago, geralmente após um episódio de vómitos intensos. Recebeu esse nome em homenagem a Hermann Boerhaave, um médico holandês do século XVIII que primeiro descreveu a doença.
Os sintomas incluem dor súbita e intensa no peito ou na parte superior do abdómen, seguida por vómitos. A dor pode piorar ao engolir ou respirar, e pode espalhar-se para as costas. Outros sintomas podem incluir falta de ar, suor excessivo, pele ou lábios azulados, choque ou perda de consciência.
O diagnóstico geralmente é feito por meio de estudos de imagem como tomografia computorizada ou radiografia do tórax, embora em alguns casos também possa ser confirmado por endoscopia ou cirurgia.
O tratamento da Síndrome de Boerhaave geralmente envolve cirurgia para reparar a rutura do esófago. Em alguns casos, no entanto, os médicos podem optar por um tratamento mais conservador com antibióticos, alimentação enteral ou parenteral (através de uma veia) e observação cuidadosa.
Se não for tratada, a Síndrome de Boerhaave pode ser fatal devido a infecções como a mediastinite (infecção do mediastino, a região do tórax entre os pulmões) ou septicemia (infecção generalizada). Mesmo com tratamento, a condição ainda pode levar a complicações sérias, como pneumonia, abscesso pulmonar ou insuficiência respiratória.
Mallory-Weiss
A síndrome de Mallory-Weiss é uma condição médica em que há desgaste ou ruptura no revestimento da parte superior do estômago, na zona do esófago, geralmente devido ao vómito excessivo. Esta situação resulta frequentemente em sangramento gastrointestinal, traduzido por vómitos com sangue ou sangue nas fezes. As causas mais comuns incluem vómitos excessivos devido ao consumo de álcool, distúrbios alimentares como a bulimia, ou outras condições que causem aumento da pressão no abdomen. Geralmente, é uma condição que pode ser tratada e a maioria das pessoas recupera completamente. Contudo, uma hemorragia intensa pode ser fatal, tornando importante o rápido atendimento médico.
Cólon Espástico
A síndrome do cólon espástico, também conhecida como síndrome do intestino irritável, é uma doença crónica e recorrente que afeta o aparelho digestivo, em particular o intestino grosso. É acompanhada por dor ou desconforto abdominal, saciedade precoce, perda de apetite, náuseas, sensação de evacuação incompleta, inchaço e alterações na consistência ou frequência das fezes.
Embora a causa exata não seja conhecida, pensa-se que se deva a uma comunicação anormal entre o cérebro e o trato intestinal, que leva a contrações musculares irregulares ou espásticas no intestino grosso. Estas contrações são por vezes muito fortes e duram mais tempo do que o normal, causando gás, inchaço e dor.
Não é uma doença que coloca a vida em risco, mas pode ser incómoda e afetar significativamente a qualidade de vida de uma pessoa. Não há cura conhecida, mas os sintomas podem ser geridos com mudanças na dieta, medicamentos e, às vezes, aconselhamento psicológico.
Barriga de Água (ascite)
A síndrome da barriga de água, também conhecida como ascite, é uma condição médica caracterizada pelo acúmulo anormal de líquido no abdómen. Este acúmulo provoca o inchaço abdominal, que pode variar de leve a extrema desconforto, parecendo que a pessoa tem uma barriga de grávida.
Este líquido acumulado é produzido pelo fígado e acumula-se no espaço entre a parede abdominal e os órgãos internos. A ascite é geralmente causada por doenças graves como cirrose hepática, insuficiência cardíaca, tumores ou inflamação no pâncreas ou nos ovários.
Os sintomas deste síndrome incluem aumento do perímetro abdominal, sensação de peso no abdómen, dificuldade para respirar (quando a acumulação de líquido é muito grande), náuseas, perda de apetite ou inchaço nas pernas e pés.
O tratamento da ascite depende da causa subjacente e inclui dietas com baixo teor de sal, medicamentos para reduzir a quantidade de líquido no corpo (diuréticos) e procedimentos para drenar o líquido acumulado (paracentesis).
Sandifer
A síndrome de Sandifer é uma condição rara, frequentemente associada a doenças gastrointestinais, com destaque para o refluxo gastroesofágico em crianças. Caracteriza-se por movimentos anormais do corpo, especialmente a rotação da cabeça e do pescoço (dístonia). Estes movimentos podem parecer muito semelhantes aos de uma convulsão, mas na realidade são uma forma de o corpo da criança tentar aliviar o desconforto ou a dor causada pelo refluxo.
Os sintomas incluem movimentos bruscos e torção anormal da cabeça, pescoço, olhos e corpo. As crianças com esta síndrome também podem apresentar problemas de alimentação, irritabilidade, contração dos músculos do rosto e do corpo de forma estranha ao tentar engolir, e uma postura curvada.
Apesar de parecer grave, a síndrome de Sandifer pode ser tratada com sucesso adequando a dieta e administrando medicamentos para tratar o refluxo e os sintomas associados.
Gardner
A síndrome de Gardner é uma doença genética rara, caracterizada pelo crescimento de vários pólipos no cólon e no recto, que são susceptíveis a transformar-se em cancro se não forem tratados. Além disso, esta doença pode manifestar-se através do surgimento de tumores benignos na pele, nos ossos e em outras partes do corpo. Esta síndrome é uma forma de polipose adenomatosa familiar, e é causada por uma mutação no gene APC. A síndrome é nomeada em homenagem ao Dr. Eldon J. Gardner, um geneticista americano que descreveu pela primeira vez esta condição na década de 1950.
Gilbert
A síndrome de Gilbert é um distúrbio genético comum que afeta a forma como a bilirrubina é processada pelo corpo. A bilirrubina é uma substância amarelada produzida pelo corpo durante o processamento normal dos glóbulos vermelhos. Os portadores desta síndrome têm níveis ligeiramente mais altos de bilirrubina no sangue, devido à diminuição da atividade de uma enzima hepática.
Geralmente, a síndrome de Gilbert é benigna e não causa sintomas sérios. No entanto, pessoas com esta condição podem apresentar icterícia (um amarelecimento da pele e dos olhos) quando a bilirrubina se acumula no sangue. Esta acumulação pode ser mais provável durante períodos de doença, stress, menstruação, jejum ou depois de exercício físico excessivo.
A síndrome de Gilbert é uma condição de longo prazo, mas geralmente não causa problemas de saúde graves nem diminui a expectativa de vida e muitas pessoas com síndrome de Gilbert nem sequer sabem que têm a condição. Não existe um tratamento específico para a síndrome de Gilbert, mas qualquer sintoma de icterícia pode ser gerido reduzindo os fatores que podem aumentar os níveis de bilirrubina.
Turcot
A Síndrome de Turcot é um raro distúrbio genético caracterizado por polipos intestinais, que são pequenos crescimentos na parede interna do intestino grosso que podem tornar-se cancerígenos, e tumores cerebrais. É uma forma muito rara de polipose adenomatosa familiar.
Esta síndrome é herdada de uma forma autossómica recessiva, o que significa que um indivíduo deve herdar uma cópia alterada do gene relevante de ambos os pais para desenvolver a doença. Os pacientes geralmente começam a apresentar sintomas na adolescência ou no início da idade adulta, tipicamente incluindo diarreia, sangue nas fezes e dor abdominal, juntamente com sintomas neurológicos como dores de cabeça, convulsões e mudanças no comportamento ou personalidade.
O tratamento para a Síndrome de Turcot geralmente envolve a remoção cirúrgica dos pólipos para prevenir o desenvolvimento de cancro do cólon. A quimioterapia e a radioterapia também podem ser utilizadas para tratar tumores cerebrais. Além disso, aconselhamento genético pode ser útil para famílias em que esta condição está presente.
Bouveret
A Síndrome de Bouveret é uma condição médica rara e grave que ocorre quando uma grande pedra na vesícula biliar passa para o duodeno (a primeira parte do intestino delgado) e provoca uma obstrução na saída do estômago. Esta condição é uma forma específica de obstrução gastrointestinal chamada íleo biliar.
O íleo biliar ocorre quando uma ou mais pedras na vesícula biliar bloqueiam o intestino, seja o pequeno ou o grande. A Síndrome de Bouveret é um tipo específico de íleo biliar, no qual a pedra bloqueia a saída do estômago, causando vómitos intensos e dor abdominal.
Em alguns casos, pode ser necessário realizar um procedimento cirúrgico para remover a pedra e aliviar a obstrução. É uma condição potencialmente perigosa que requer assistência médica imediata.
Mirizzi
A síndrome de Mirizzi é uma condição rara e complicada que afeta o fígado e a vesícula biliar. Essa condição ocorre quando uma pedra se aloja no ducto cístico ou no canal hepático comum, causando obstrução e inflamação.
Esta obstrução causa um aumento da pressão dentro da vesícula biliar, levando a complicações como a formação de uma fistula ou comunicação anormal entre o ducto biliar e a vesícula biliar. Isso pode resultar em icterícia obstrutiva, que é um amarelamento da pele e dos olhos.
A síndrome de Mirizzi é geralmente tratada com cirurgia para remover a vesícula biliar, as pedras e tratar a fistula, se presente. É necessária uma avaliação cuidadosa por um cirurgião experiente dada a proximidade da vesícula biliar com outras estruturas importantes do fígado e vias biliares.
Os sintomas desta síndrome podem incluir dor abdominal, febre, icterícia e náuseas ou vómitos. No entanto, em alguns casos, a condição pode ser assintomática e ser descoberta durante a investigação de outros problemas de saúde.
Budd-Chiari
A síndrome de Budd-Chiari é uma condição rara que ocorre quando há bloqueio nas veias que drenam o sangue do fígado (as veias hepáticas). Isso pode ser causado por uma trombose (um coágulo sanguíneo) ou pode ser devido a uma condição que causa o estreitamento ou obstrução destas veias, como um tumor ou uma infecção.
Os sintomas podem variar dependendo da severidade do bloqueio e podem incluir dor abdominal, inchaço do abdómen (ascite), fadiga, icterícia (amarelecimento da pele e dos olhos) e, em casos graves, insuficiência hepática.
O tratamento para a síndrome de Budd-Chiari normalmente envolve o alívio do bloqueio, seja através de medicamentos para dissolver o coágulo sanguíneo, através de procedimentos cirúrgicos para remover o coágulo ou o tumor, ou através de um transplante de fígado em situações muito graves.
Esta condição pode ser uma emergência médica e, portanto, se suspeitar que pode ter esta condição, deve procurar atendimento médico imediatamente.
Meckel
A Síndrome de Meckel, também conhecida como divertículo de Meckel, é uma anomalia congénita do trato gastrointestinal. É um pequeno saco, semelhante a um apêndice, que está presente desde o nascimento e pode causar problemas se se tornar inflamado ou bloqueado.
Esta síndrome ocorre quando uma parte do canal que liga o bebé à mãe durante a gravidez (o cordão umbilical) não se fecha completamente. Esta comunicação normalmente fecha até o final da sétima semana de gestação, mas em algumas pessoas, permanece aberta, resultando num pequeno divertículo ou bolsa na parte inferior do intestino delgado.
Os sintomas podem ser muito variados e confundidos com outras condições, o que pode dificultar o diagnóstico. Normalmente, os sintomas podem incluir dor abdominal, sangramento inexplicado, ou sinais de uma obstrução intestinal, como vómitos ou inchaço abdominal.
O tratamento é geralmente cirúrgico e envolve a remoção do divertículo para evitar complicações que podem ser graves, como sangramento, obstrução ou perfuração do intestino.
É importante lembrar que mesmo sendo congénita, a Síndrome de Meckel pode não causar sintomas até mais tarde na vida, ou mesmo nunca causar sintomas em algumas pessoas.
Cronkhite-Canada
A síndrome de Cronkhite-Canada é uma doença rara e grave que afeta o sistema gastrointestinal. As pessoas afetadas por esta condição desenvolvem numerosos pólipos no sistema digestivo, que podem levar a sintomas como diarreia, perda de proteínas e desnutrição.
Além disso, a síndrome de Cronkhite-Canada pode levar a outras alterações no corpo, como alterações na cor da pele e do cabelo, inchaço nas mãos e pés e unhas fracas ou quebradiças.
A causa da síndrome de Cronkhite-Canada é desconhecida e, embora existam alguns tratamentos para os sintomas, a doença é frequentemente progressiva e pode ser potencialmente fatal.
Plummer-Vinson
A síndrome de Plummer-Vinson, também conhecida como síndrome de Patterson-Kelly, é uma condição médica rara caracterizada por uma combinação de anemia por deficiência de ferro, dificuldade de engolir (disfagia) devido a anormalidades no esófago e presença de webs esofágicas (tecidos finos crescendo no esófago).
Esta síndrome geralmente ocorre em pessoas de meia-idade, sendo mais comum em mulheres do que nos homens. Além disso, está muitas vezes associada a um risco aumentado de carcinoma das vias superiores do tubo digestivo.
Os sintomas mais comuns da síndrome de Plummer-Vinson incluem fadiga, fraqueza, perda de peso, dor no peito, e em casos mais graves pode acontecer dificuldade em respirar. As pessoas com esta síndrome podem ter deficiências de ferro significativas que levam a outros problemas de saúde, como unhas quebradiças ou língua inflamada.
O tratamento envolve a correção da deficiência de ferro, muitas vezes com suplementos de ferro e uma dieta rica em ferro. Caso haja problemas de deglutição graves, podem ser necessários procedimentos médicos para aliviar o estreitamento do esófago.
Vólvulo Gástrico
A síndrome de Vólvulo Gástrico é uma condição médica rara e potencialmente fatal que ocorre quando o estômago roda sobre si mesmo (volvula), resultando em obstrução gástrica, isquemia (fornecimento insuficiente de sangue aos tecidos), perfuração do estômago e outras complicações graves.
Isto pode levar ao bloqueio do fluxo de alimentos e ar, causando dor intensa no abdómen, inchaço, náuseas, vómitos e incapacidade de arrotar ou passar gás. Esta síndrome requer atenção médica imediata, geralmente necessitando de cirurgia para corrigir a rotação do estômago ou, em alguns casos, para a remoção do mesmo.
A síndrome de Vólvulo Gástrico é mais comum em pessoas idosas e pode estar associada a condições que causam distensão do estômago, tais como refluxo gastroesofágico, hérnias ou certos procedimentos cirúrgicos.
Intestino Preguiçoso
A síndrome do intestino preguiçoso, também conhecida como constipação crónica ou dismotilidade intestinal, é um distúrbio funcional do sistema digestivo caracterizado por irregularidades no movimento intestinal.
Os sintomas incluem dificuldade ou dor ao defecar, fezes duras ou pequenas, sensação de obstrução rectal, inchaço, desconforto abdominal e a sensação de não conseguir esvaziar completamente o intestino.
Embora os sintomas possam variar, geralmente resultam de uma redução na motilidade intestinal, o que significa que os músculos do intestino não se movem como deveriam para empurrar as fezes através do sistema digestivo. Isso resulta em trânsito intestinal lento, daí o termo "intestino preguiçoso".
A síndrome do intestino preguiçoso não é uma doença em si, mas é geralmente um sintoma de um problema subjacente. Alguns dos factores que podem levar a este problema incluem o uso excessivo de laxantes, falta de exercício físico, idade avançada, desidratação e dieta deficiente em fibras.
O tratamento para o intestino preguiçoso geralmente envolve mudanças no estilo de vida e na dieta e, às vezes, medicação.
Síndrome Hepatorrenal
A Síndrome Hepatorrenal é uma condição grave e potencialmente fatal que ocorre em pacientes com doenças crónicas significativas do fígado, como cirrose ou hepatite. Esta síndrome caracteriza-se pela deterioração progressiva da função renal em pessoas com doença hepática, sem qualquer outra causa conhecida que possa justificar tal insuficiência.
Esta disfunção renal é desencadeada, principalmente, pela hipertensão portal (aumento da pressão nas veias que levam sangue ao fígado) e pela disfunção vascular, direta e indiretamente implicadas, entre outros fatores, pela disfunção hepática. Este fenómeno pode causar retenção de sal e água no corpo e diminuição da quantidade de urina.
É importante notar que a síndrome hepatorrenal é uma condição bastante séria que requer atenção médica imediata. Os tratamentos variam dependendo da gravidade da condição, mas podem incluir medicamentos para melhorar a função renal, procedimentos terapêuticos ou mesmo, em casos extremos, transplante de fígado.
Fístula Enteroatmosférica
A síndrome de Fístula Enteroatmosférica é uma condição médica rara e complexa que ocorre quando se forma uma abertura anormal (fístula) entre o intestino e a superfície da pele. Esta fístula permite que o conteúdo do intestino escape para a atmosfera externa, o que pode causar uma série de complicações, incluindo a perda de fluidos e nutrientes vitais, a desidratação e infecções graves. Tratar esta condição pode ser desafiante e geralmente requer uma combinação de nutrição adequada, controle de infecções e, em muitos casos, cirurgia para fechar a fístula. O manejo desta condição requer o cuidado de uma equipe de médicos especialistas.
Felty
A síndrome de Felty é uma complicação rara da artrite reumatoide, uma doença crónica que causa inflamação e dor nas articulações. Esta síndrome é caracterizada por três condições: artrite reumatoide, baixa contagem de glóbulos brancos (neutropenia) e um aumento do tamanho do baço (esplenomegalia).
A neutropenia pode tornar as pessoas com síndrome de Felty mais suscetíveis a infecções, e a esplenomegalia pode resultar em desconforto abdominal.
Os indivíduos que desenvolvem a síndrome de Felty geralmente têm artrite reumatoide de longa duração e grave. Além disso, eles podem ter nódulos reumatoides (inchaços firmes de tecido sob a pele).
O tratamento foca-se principalmente em aliviar os sintomas e prevenir complicações, tais como infecções. Este pode incluir medicamentos para aumentar a contagem de glóbulos brancos ou para controlar a artrite reumatoide. Em alguns casos, pode ser necessário remover o baço.
Pseudo-obstrução Intestinal
A síndrome de pseudo-obstrução intestinal é uma doença rara que afeta os movimentos musculares do sistema digestivo, causando sintomas que se assemelham a uma obstrução intestinal. No entanto, quando os médicos examinam os intestinos, nenhuma obstrução é encontrada.
A principal função do intestino é a de garantir a progressão do material alimentar desde o estômago até ao ânus. Esta progressão é assegurada por contracções dos músculos que revestem o intestino. Na síndrome de pseudo-obstrução intestinal, existe uma falha nestas contracções o que impede a progressão normal do alimento.
Os sintomas podem incluir dores abdominais, náuseas, vómitos, inchaço abdominal, perda de apetite e perda de peso. A doença pode afetar qualquer parte do sistema gastrointestinal e pode ser crónica ou aparecer de repente.
O tratamento é geralmente sintomático e de suporte e pode incluir uma combinação de mudanças na dieta, medicação e, em alguns casos, cirurgia.
Desconforto Epigástrico Funcional
A síndrome de Desconforto Epigástrico Funcional, também conhecida como dispepsia funcional, é uma condição em que o indivíduo sente dor ou desconforto persistente na parte superior do abdómen (a região epigástrica), sem que haja uma causa física óbvia como uma úlcera ou inflamação. Esta síndrome é considerada uma doença funcional dos órgãos do sistema gastrointestinal, o que significa que os órgãos parecem normais quando examinados, mas não funcionam propriamente.
Os sintomas mais comuns incluem dor ou queimação no estômago, sensação de inchaço, saciedade precoce, náuseas e vómitos. A causa exacta da desordem é desconhecida, mas pode estar relacionada com o modo como os nervos e músculos do estômago funcionam. O tratamento é muitas vezes focado em aliviar os sintomas e pode incluir alterações na dieta e no estilo de vida, bem como medicamentos para reduzir a produção de ácido estomacal ou para ajudar a aumentar a motilidade do estômago.
Intestino Permeável
A Síndrome do Intestino Permeável, também chamada de Permeabilidade Intestinal, é uma condição caracterizada pela passagem de substâncias toxicas, micróbios e partículas de alimentos não digeridos para a corrente sanguínea, por meio das paredes do intestino.
Isto acontece devido a uma alteração na permeabilidade do intestino, que normalmente possui uma barreira seletiva que permite a absorção de nutrientes e evita a entrada de substâncias prejudiciais ao organismo. Com o intestino permeável, essa barreira deixa de funcionar corretamente, levando a problemas como processos inflamatórios, reações alérgicas e diversas complicações de saúde.
Esta síndrome pode ser causada por diversos fatores, incluindo dieta pobre, stress, infecções, consumo excessivo de álcool e tipo de medicamentos, assim como constante irritação no intestino devido à presença de bactérias nocivas.
Os sintomas mais comuns da síndrome do intestino permeável são cólicas abdominais, inchaço, gases, diarreia ou constipação, fadiga crônica, dores de cabeça, confusão mental, problemas de concentração, problemas de pele e dificuldade em perder peso, entre outros.
Dispepsia Funcional
A síndrome da dispepsia funcional, também conhecida como indigestão funcional, é um distúrbio gástrico caracterizado por uma série de sintomas persistentes ou recorrentes no trato gastrointestinal superior, como desconforto abdominal, sensação de plenitude precoce, sensação de plenitude pós-prandial prolongada ou dor, na ausência de qualquer causa orgânica identificável.
Isto é, os médicos não conseguem encontrar uma razão clara para esses sintomas através dos testes de diagnóstico padrão, por isso é considerada uma doença "funcional" - os sintomas parecem ser resultantes de problemas na forma como o estômago e os intestinos estão a funcionar, e não por causa de uma doença estrutural.
Este distúrbio é bastante comum e pode afectar pessoas de todas as idades. As suas causas exactas não são completamente conhecidas, mas algumas hipóteses incluem alterações na sensação gástrica, motilidade (movimento e contracção dos músculos gástricos) alterada e factores psicossociais.
O tratamento para a dispepsia funcional pode incluir mudanças na dieta e estilo de vida, medicamentos e, em alguns casos, terapia cognitivo-comportamental.
Hiperatividade da Vesícula Biliar
O síndrome de Hiperatividade da Vesícula Biliar, também conhecido como discinesia biliar, é uma condição caracterizada pelo mau funcionamento da vesícula biliar - um pequeno órgão localizado sob o fígado que armazena a bile produzida pelo fígado para auxiliar na digestão.
Neste síndrome, a vesícula biliar não consegue esvaziar a bile eficazmente, o que pode levar a uma variedade de sintomas. O funcionamento excessivamente rápido ou demasiado lento da vesícula pode causar desconforto abdominal, especialmente após as refeições, quando a vesícula biliar é chamada a liberar bile para a digestão.
Os sintomas geralmente incluem dor na parte superior direita do abdómen que pode irradiar para o ombro direito ou costas, náuseas, vómitos, e indigestão. Pode ser diagnosticada com um teste chamado colecistocintigrafia, que avalia como a vesícula biliar está a funcionar.
O tratamento mais comum é a remoção cirúrgica da vesícula biliar. No entanto, as mudanças de estilo de vida como uma dieta reduzida em gorduras, e medicamentos para controlar a dor e a inflamação também podem ser eficazes.
Garganta em Chamas
Síndrome de Garganta em Chamas (Burning Throat Syndrome em inglês) não é uma condição médica amplamente reconhecida. Pode ser que as pessoas se refiram a esta frase como uma maneira simples de descrever uma sensação de queimação na garganta.
Esta sensação pode ser causada por várias razões, como inflamação, infeção, refluxo ácido, entre outras. Recomendaria sempre consultar um médico se sentisse um desconforto persistente na garganta.
Geralmente, essa condição pode ser o reflexo de problemas mais sérios ou a longo prazo que incluem distúrbios gastrointestinais como a doença do refluxo gastroesofágico (DRGE), que causa ácido do estômago a voltar pelo esôfago, causando uma sensação de queimação. A síndrome também pode ser relacionada com irritações respiratórias, alergias ou mesmo infeções virais ou bacterianas. Uma avaliação médica é sempre recomendada para identificar a causa e tratar adequadamente.
Refluxo Gastresofágico (DRGE)
A doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) é uma condição médica crónica na qual os conteúdos do estômago, incluindo o ácido gástrico, refluiem frequentemente para o esófago. Isto é devido a uma falha no esfíncter esofágico inferior (uma espécie de válvula), que separa o estômago do esófago, que não se fecha corretamente, permitindo que partículas de comida e/ou ácido do estômago voltem para o esófago.
Os sintomas mais comuns são a azia e a regurgitação de ácido para a garganta ou boca, causando um sabor amargo ou ácido. Outros sintomas podem incluir dor no peito, dificuldade em deglutir, tosse crónica, rouquidão ou sensação de um nó na garganta.
Se não for tratada, a DRGE pode resultar em complicações graves, como o esófago de Barrett (uma desordem pré-cancerosa), estenose esofágica (estreitamento do esófago) e até mesmo câncer de esófago.
O tratamento para DRGE geralmente envolve mudanças no estilo de vida, medicamentos para reduzir a produção de ácido no estômago, ou em casos mais graves, cirurgia.
Whipple
A síndrome de Whipple é uma doença bacteriana rara que afeta várias partes do corpo, incluindo o sistema digestivo, o coração e o cérebro. É causada pela bactéria Tropheryma whipplei.
Os sintomas desta doença podem variar amplamente, mas geralmente incluem dores abdominais, perda de peso, diarreia, articulações doloridas, febre e, em fases avançadas, pode afetar o sistema nervoso central, provocando perda de memória, confusão mental e dificuldade de coordenação dos movimentos.
O diagnóstico é feito geralmente por endoscopia do trato gastrointestinal superior com biópsia duodenal. O tratamento, geralmente eficaz, envolve a administração de antibióticos de longa duração.
Se não tratada, a doença pode ser fatal, contudo, o tratamento precoce tende a ter um bom prognóstico.
Yellow Nail
A síndrome de unhas amarelas, também conhecida como síndrome de Yellow Nail, é uma condição rara caracterizada por três sintomas primários: unhas de cor amarela a verde-oliva que crescem muito lentamente e podem se soltar; inchaço no corpo devido ao acúmulo de linfa (linfedema); e problemas pulmonares, tais como bronquiectasias e pleurisia crônica. Esta condição é geralmente observada em adultos com idade média de 50 anos.
A causa exata da síndrome de unhas amarelas ainda é desconhecida. Alguns especialistas acreditam que pode estar relacionada com o sistema linfático, mas até agora não foi encontrada uma ligação definitiva.
Os tratamentos para a síndrome de unhas amarelas podem incluir medicação para melhorar o crescimento das unhas, tratamento do linfedema e tratamento dos problemas pulmonares. No entanto, a eficácia do tratamento varia de pessoa para pessoa. Em alguns casos, a condição melhora sem qualquer tratamento.
O diagnóstico da síndrome de unhas amarelas é baseado nos sintomas clínicos e nas observações das unhas do paciente. Em casos em que as unhas estão soltas ou têm um tom amarelo ou verde, e existe linfedema ou pleurisia crônica, é provável que seja esta a síndrome.
Eosinofilia-Mialgia
A síndrome de eosinofilia-mialgia é uma doença rara e grave que envolve um número elevado de eosinófilos (um tipo de glóbulo branco que combate infecções) no sangue e nos tecidos em combinação com dor muscular severa (mialgia). Esta síndrome foi associada ao consumo de um suplemento alimentar contaminado (L-triptofano) na década de 1980. Embora seja raro, os surtos ainda podem ocorrer quando as pessoas consomem produtos contaminados.
Os sintomas incluem fadiga, febre, dor abdominal, erupções cutâneas, falta de ar e inchaço nas mãos, pés e face. O tratamento envolve principalmente a remoção do agente causador, o alívio dos sintomas e, em alguns casos, a medicação para reduzir o número de eosinófilos.
Sobreposição Autoimune (síndromes hepáticas)
A Síndrome de Sobreposição Autoimune, específica às doenças hepáticas, descreve a condição em que uma pessoa possui duas ou mais doenças hepáticas autoimunes simultaneamente. Estas doenças hepáticas autoimunes incluem, mas não se limitam a: hepatite autoimune, cirrose biliar primária e colangite esclerosante primária.
Estas são doenças em que o sistema imunológico do corpo ataca erroneamente as células do fígado, levando à inflamação e possíveis danos hepáticos graves.
Os sintomas destas condições podem incluir fadiga, prurido (comichão), dor abdominal, icterícia (amarelamento da pele e olhos), entre outros. O diagnóstico é feito geralmente com base numa combinação de exames físicos, análises ao sangue, e por vezes uma biópsia hepática.
O tratamento envolve medicamentos para suprimir ou regular a atividade do sistema imunológico e, em casos graves, pode ser necessária transplantação hepática.
Colecistite Acalculosa
A colecistite acalculosa é uma síndrome clínica que ocorre quando a vesícula biliar fica inflamada sem a presença de cálculos biliares (pedras na vesícula). Isso ocorre quando a vesícula é incapaz de esvaziar adequadamente a bílis, um fluido produzido pelo fígado para ajudar a digerir as gorduras.
Os sintomas dessa condição incluem dor abdominal intensa, febre, náusea, vómitos e icterícia (pele e olhos amarelos).
É uma condição rara e costuma ocorrer mais frequentemente em pacientes criticamente doentes, como aqueles em unidades de cuidados intensivos, após cirurgias ou trauma.
O tratamento pode requerer a remoção cirúrgica da vesícula biliar, dependendo da gravidade do caso. Em casos menos graves, pode ser tratada com antibióticos e/ou monitorização cuidadosa.