Xilometazolina
Xilometazolina
Snup, Xymeral, Vibrocil Actilong, Actifed Descongestionante
14. Medicamentos usados em afeções otorrinolaringológicas / 14.1. Produtos para aplicação nasal / 14.1.1. Descongestionantes / Xilometazolina
Indicações:
Congestão nasal.Interações:
Desconhecidas.Precauções:
Hipersensibilidade aos constituintes.Efeitos Secundários:
A mucosa nasal é sensível às mudanças de temperatura e humidade atmosféricas e ambas podem provocar leve congestão nasal. Os vasoconstritores simpaticomiméticos agonistas dos recetores alfa propiciam o alívio rápido dos sintomas associados ainda que, geralmente, possuam uma curta duração de ação.Pequenas alterações na via aérea nasal acompanhadas por uma sensação de muco passando a nasofaringe fazem com que alguns pacientes sejam incorretamente diagnosticados como sofrendo de sinusite crónica. Estes sintomas são particularmente percetíveis nas fases tardias do resfriado comum. Gotas de cloreto de sódio a 0,9% podem aliviar a congestão nasal ao ajudarem a liquefação das secreções mucosas. A inalação de ar quente e húmido revela-se útil no tratamento dos sintomas das condições infeciosas agudas. Já a adição de substâncias voláteis, tais como o mentol e o eucalipto, podem incentivar a utilização de ar quente e húmido, ainda que se questione se os vapores destes compostos aromáticos não poderão induzir respostas alérgicas. Os sintomas de congestão nasal associados à rinite vasomotora e ao resfriado comum podem ser aliviados pelo uso a curto prazo (geralmente não mais de 7 dias) de gotas ou sprays de descongestionantes nasais. Todos contêm simpaticomiméticos que exercem o seu efeito por vasoconstrição, reduzindo o edema da mucosa nasal. Mas são de valor limitado porque com a sua descontinuação pode desencadear-se congestão rebound (rinite medicamentosa) - vasodilatação secundária - com subsequente aumento temporário da congestão nasal. Tal facto pode induzir a sua reutilização, assim se criando um ciclo vicioso. Acrescidamente, o seu uso exagerado pode provocar danos nos cílios nasais.Os descongestionantes nasais podem ser utilizados, por um período curto, no início de um ciclo de tratamento com um spray de corticosteroide, para alívio do edema severo da mucosa e para facilitar a penetração do spray na cavidade nasal. A rinorreia aquosa não alérgica, geralmente, responde bem ao tratamento com brometo de ipratrópio. As gotas nasais de efedrina (não comercializadas em Portugal) são a preparação simpaticomimética mais segura, podendo dar alívio durante várias horas. A oximetazolina e a xilometazolina são mais potentes, mas são também mais suscetíveis de causarem efeito rebound. Os simpaticomiméticos podem desencadear crises hipertensivas se usados durante o tratamento com um inibidor da monoamina-oxidase, incluindo a moclobemida. Em crianças com 6 a 12 anos, uma vez cumpridos os gestos básicos - elevação da cabeceira da cama, inalação de ar quente e húmido e aplicação gotas nasais de cloreto de sódio a 0,9% -, o recurso a medicamentos contendo efedrina, oximetazolina ou xilometazolina pode ser considerado. O seu uso é, contudo, desaconselhado em crianças mais novas.No entanto, em circunstâncias especiais, há quem prescreva gotas nasais contendo efedrina ou xilometazolina em crianças com menos de 6 anos de idade para tratamento, sempre de curto prazo, de uma obstrução nasal severa que não respondeu aos gestos básicos já referidos. Quando a sinusite afeta o antro maxilar, causando dor no maxilar superior por bloqueio da abertura do seio na cavidade nasal, pode ser útil aliviar-se esse congestionamento mediante a inalação de ar quente e húmido ou com gotas nasais. O uso repetido de descongestionantes pode induzir tolerância e causar irritação local. Podem provocar taquicardia, agitação e insónias, ou mesmo depressão central, especialmente quando utilizados em dose excessiva. Na sua maior parte são medicamentos não sujeitos a receita médica. A cânfora e outros princípios aromáticos não encontram base segura para o seu uso e encontram-se, em geral, associados a outros fármacos, não se recomendando a utilização destas associações.. Secura e ardência da mucosa nasal, náuseas, rash cutâneo, cefaleias e perturbações visuais transitórias.Snup, Xymeral, Vibrocil Actilong, Actifed Descongestionante
Xilometazolina + Dexpantenol
Xilometazolina + Dexpantenol
Septanazal
14. Medicamentos usados em afeções otorrinolaringológicas / 14.1. Produtos para aplicação nasal / 14.1.1. Descongestionantes / Xilometazolina + Dexpantenol
Indicações:
Interações:
Precauções:
Efeitos Secundários:
Septanazal
Xipamida
Xipamida
Diurexan
3. Aparelho cardiovascular / 3.4. Anti-hipertensores / 3.4.1. Diuréticos / 3.4.1.1. Tiazidas e análogos / Xipamida
Indicações:
HTA, IC ligeira ou moderada, nefrolitíase causada por hipercalciúria idiopática e na diabetes insípida nefrogénica.Interações:
Neste grupo estão incluídos um conjunto de fármacos de estrutura tiazídica (altizida, bendrofluazida, clorotiazida, ciclopentiazida, hidroclorotiazida, hidroflumetiazida, politiazida) e outros fármacos (clorotalidona, indapamida, metolazona e xipamida) que partilham com as tiazidas o mesmo mecanismo de ação: inibição da reabsorção de sódio na porção inicial do túbulo contornado distal. Têm uma potência moderada. Note-se que presentemente não existe no mercado nenhuma tiazida isolada, mas que a hidroclorotiazida surge em muitas associações em dose fixa, juntamente com um anti-hipertensor ou outro diurético..Precauções:
Obrigam a precaução quando usadas em doentes com hipercalcemia, com história de ataques de gota, cirrose hepática (risco aumentado de hipocaliemia), IR (risco de agravamento da função renal e atenuação dos seus efeitos), em diabéticos e em casos de hiperaldosteronismo. Estão contraindicados quando a função hepática ou renal está muito comprometida e na gravidez. Em doses altas podem suprimir a lactação..Efeitos Secundários:
As tiazidas e seus análogos podem causar alterações metabólicas (hiperglicemia e glicosúria, hiperuricemia, alterações do perfil lipídico), desequilíbrios electrolíticos vários (alcalose hipoclorémica, hiponatremia, hipocaliemia, hipomagnesemia, hipercalcemia), alterações hematológicas, diversos tipos de reações adversas gastrintestinais, anorexia, cefaleias, tonturas, reações de fotossensibilidade, hipotensão postural, parestesias, impotência e alterações da visão. Muitas das reações adversas são dependentes da dose e, nas posologias habitualmente usadas na clínica, têm uma incidência e gravidade modestas..Diurexan
Zafirlucaste
Zafirlucaste
5. Aparelho respiratório / 5.1. Antiasmáticos e broncodilatadores / 5.1.3. Anti-inflamatórios / 5.1.3.2. Antagonistas dos leucotrienos / Zafirlucaste
Indicações:
Situações de asma ligeira a moderada em doentes refratários aos corticosteroides por via inalatória e aos agonistas beta-2 de curta duração de ação. O papel dos inibidores dos leucotrienos em relação aos agonistas beta-2 de longa duração de ação ainda enferma de escassa experiência clínica, mas parece benéfico na asma induzida pelo exercício nos doentes com rinite..Interações:
Ácido acetilsalicílico, eritromicina, terfenadina, teofilina, varfarina.Precauções:
Os leucotrienos têm um importante papel nos processos inflamatórios e alérgicos, estando envolvidos na fisiopatologia da asma.No grupo dos fármacos antagonistas ou inibidores da síntese dos leucotrienos, desprovidos de atividade broncodilatadora e com interesse como profiláticos da asma, encontram-se disponíveis o montelucaste e o zafirlucaste.São antagonistas competitivos e seletivos dos recetores do leucotrieno D4, um dos componentes da S.R.S.A (slow reacting substance of anaphylaxis) com potente atividade broncoconstritora. Consideram-se terapêutica de segunda linha para tratamento de fundo em asma de grau 2 (alternativa ao corticoide inalado em dose baixa), em asma de grau 3 em adição ao corticoide inalado de dose baixa (alternativa ao corticoide inalado de dose média) e terapêutica de primeira linha na asma de grau 4 em conjugação com outras classes terapêuticas.; hipersensibilidade ao zafirlucaste, doença hepática, gravidez e aleitamento.Aconselha-se a monitorização dos doentes com asma a receber zafirlucaste e que reduziram as doses sistémicas de corticosteroides (têm sido notificados casos raros de síndrome de Churg-Strauss).Efeitos Secundários:
Têm sido referidas infeções do trato respiratório superior, febre, artralgias, mialgias, perturbações gastrintestinais, cefaleias, astenia, sonolência, insónia, irritabilidade, tonturas e secura de boca; reações de hipersensibilidade incluindo anafilaxia, angioedema e reações cutâneas..Zidovudina
Zidovudina
1. Medicamentos anti-infeciosos / 1.3. Antivíricos / 1.3.1. Antirretrovirais / 1.3.1.3. Análogos nucleosídeos inibidores da transcriptase inversa (reversa) / Zidovudina
Indicações:
Com exceção do adefovir e do entecavir, todos estão aprovados para o tratamento da infeção pelo VIH em associação com outros fármacos antirretrovirais. O adefovir e o entecavir estão indicados apenas no tratamento da hepatite B crónica e a lamivudina e o tenofovir detém aprovação para as duas indicações referidas (V. informação específica de fármaco).. Tratamento da infeção pelo VIH em associação com outros fármacos antirretrovirais incluindo na grávida VIH positiva com mais de 14 semanas de gestação e como profilaxia primária da infeção VIH em recém-nascidos.Interações:
. A rifampicina reduz significativamente as concentrações plasmáticas da zidovudina. A administração concomitante de anfotericina B, dapsona, flucitosina, pentamidina e ganciclovir aumenta o risco de mielossupressão. A coadministração de cotrimoxazol aumenta o risco de anemia e neutropenia.A administração simultânea de sulfadiazina/pirimetamina eleva as concentrações de zidovudina, aumentando o risco de ocorrência de toxicidade medular; o efeito da pirimetamina é reduzido pela zidovudina.Precauções:
Gravidez e aleitamento. Doentes com hepatite crónica B ou C e doentes com disfunção hepática - maior risco de efeitos adversos hepáticos nomeadamente acidose láctica associada com hepatomegalia e esteatose (particularmente mulheres obesas e doentes com hepatite C tratados com interferão alfa e ribavirina). Doentes com disfunção renal; ajustar posologia na IR (exceto abacavir). Monitorizar função hepática e ocorrência de reações de hipersensibilidade.. Gravidez (até às 14 semanas). RNs com hiperbilirrubinemia ou transaminases com um valor 5 vezes superior ao limite máximo normal. Anemia ou leucopenia graves.Efeitos Secundários:
Náuseas, vómitos, epigastralgias, dores abdominais e diarreia. Disfunção hepática. Acidose láctica normalmente associada a hepatomegalia grave e esteatose hepática (descritos casos fatais). Pancreatite. Anorexia. Astenia e fadiga. Tosse e dispneia. Cefaleias. Alterações do sono. Alterações hematológicas, nomeadamente neutropenia e trombocitopenia. Artralgias e mialgias. Erupções cutâneas, prurido, urticária. Reações alérgicas que podem ser graves.. Anemia. Neutropenia, leucopenia e pancitopenia, que podem ser graves. Pigmentação da pele, unhas e mucosa oral. Síndrome de tipo gripal. Neuropatia periférica. Confusão mental e convulsões.Ziprasidona
Ziprasidona
Zeldox
2. Sistema Nervoso Central / 2.9. Psicofármacos / 2.9.2. Antipsicóticos / Ziprasidona
Indicações:
Esquizofrenia e em episódios de mania na doença bipolar.Interações:
Fármacos que prolongam o intervalo QT; álcool; pode potenciar o efeito dos anti-hipertensores; carbamazepina pode reduzir os níveis de ziprasidona; os agonistas da dopamina são antagonizados; os inbidores do CYP 3A4 aumentam os níveis de ziprasidona.Precauções:
Pode prolongar o intervalo QT e originar arritmias particularmente com outros fármacos com o mesmo efeito; enfarte do miocárdio recente, IC descompensada e história de convulsões.Efeitos Secundários:
Taquicardia, hipotensão postural, hipertensão, sinais extrapiramidais, sonolência, cefaleias, acatisia, distonia, confusão, vertigem, ataxia, rash, sudação, alterações da visão, naúseas, obstipação, dispepsia, sialorreia, diarreia, dismenorreia, aumento de peso corporal.Zeldox
Zofenopril
Zofenopril
Zofenil
3. Aparelho cardiovascular / 3.4. Anti-hipertensores / 3.4.2. Modificadores do eixo renina angiotensina / 3.4.2.1. Inibidores da enzima de conversão da angiotensina / Zofenopril
Indicações:
Os IECAs são anti-hipertensores de 1ª linha. São os modificadores do eixo renina angiotensina mais antigos e de experiência clínica mais vasta. O seu interesse não se esgota na HTA. Têm sido utilizados com sucesso no tratamento da IC, da disfunção ventricular pós-enfarte e na prevenção da nefropatia e retinopatia diabéticas. Não há diferenças farmacodinâmicas significativas entre os diferentes IECAs disponíveis; há porém diferenças referentes a alguns efeitos laterais específicos (ex: disgeusia no caso do captopril), preço e certos parâmetros farmacocinéticos. Este último aspeto é de grande importância porque influencia o número de administrações diárias e a manutenção de concentrações adequadas do fármaco ao longo das 24 horas. Neste particular, os fármacos de longa duração de ação são preferíveis. .Interações:
.Precauções:
A estenose da artéria renal (bilateral ou unilateral em doentes com rim único), a gravidez e a hipersensibilidade (ex: antecedentes de angioedema a qualquer IECA), constituem contraindicações ao uso dos IECAs. Devem ser usados com precaução na IH (especialmente os pró-farmacos) e na IR. O seu uso deve ser evitado na lactação..Efeitos Secundários:
Hipotensão arterial (especialmente com a primeira dose), palpitações, taquicardia, tosse e disgeusia (captopril). Podem dar perturbações hematológicas, mormente neutropenia, anemia e trombocitopenia. Em alguns doentes pode ocorrer proteinúria (por vezes com características nefróticas), hipercaliemia, aumento dos valores da ureia e da creatinina, especialmente se houver hipoperfusão renal grave, tal como pode acontecer na IC descompensada, na estenose da artéria renal (bilateral ou unilateral em doentes com rim único) e na hipotensão marcada. Podem ocorrer ainda manifestações cutâneas e outras reações alérgicas, eventualmente na forma de angioedema..Zofenil
Zolmitriptano
Zolmitriptano
Zomig Nasal
2. Sistema Nervoso Central / 2.11. Medicamentos usados na enxaqueca / Triptanos / Zolmitriptano
Indicações:
Tratamento agudo das crises de enxaqueca.Interações:
Os principais medicamentos usados no tratamento da enxaqueca são os triptanos. Os derivados ergotamínicos, embora eficazes, são hoje considerados de segunda escolha. Outros fármacos podem ser úteis na enxaqueca, tais como os bloqueadores beta, mas não são referidos neste grupo..Precauções:
Os principais medicamentos usados no tratamento da enxaqueca são os triptanos. Os derivados ergotamínicos, embora eficazes, são hoje considerados de segunda escolha. Outros fármacos podem ser úteis na enxaqueca, tais como os bloqueadores beta, mas não são referidos neste grupo.. Síndrome de Wolf-Parkinson-White ou arritmias associadas a vias de condução acessórias.Efeitos Secundários:
Os principais medicamentos usados no tratamento da enxaqueca são os triptanos. Os derivados ergotamínicos, embora eficazes, são hoje considerados de segunda escolha. Outros fármacos podem ser úteis na enxaqueca, tais como os bloqueadores beta, mas não são referidos neste grupo..Zomig Nasal
Zonisamida
Zonisamida
Zonegran
2. Sistema Nervoso Central / 2.6. Antiepiléticos e anticonvulsivantes / Zonisamida
Indicações:
Terapêutica coadjuvante em adultos com crises epiléticas parciais, com ou sem generalização secundária.Interações:
Dada a escassez de dados concretos, recomenda-se particular prudência no uso deste medicamento conjuntamente com outros. É provável a existência de interações clinicamente significativas com digoxina, quinidina e sobretudo com a rifampicina. Com outros antiepiléticos podem existir interações, pelo que na terapêutica combinada se terá de ajustar cuidadosamente a posologia.Precauções:
Ocorrem casos graves de erupção cutânea, incluindo casos de síndroma de Stevens-Johnson. Pode ser necessária uma evolução das doses diárias mais lenta em IR ou IH. Caso seja necessário suspender o tratamento, tal deve ser feito de forma gradual. Não usar na gravidez nem aleitamento.Efeitos Secundários:
De base imunológica associadas a medicamentos contendo um grupo sulfonamida (erupção cutânea, reações alérgicas e graves perturbações hematológicas incluindo anemia aplástica) que em casos muito raros, podem ser fatais. Sonolência, tonturas e ataxia, agitação, irritabilidade, estados de confusão, depressão e anorexia e diplopia.Zonegran
Zotepina
Zotepina
Zoleptil
2. Sistema Nervoso Central / 2.9. Psicofármacos / 2.9.2. Antipsicóticos / Zotepina
Indicações:
Esquizofrenia.Interações:
As benzodiazepinas aumentam os níveis séricos de zotepina. Risco de interações com imipramina, prociclidina, norfluoxetina e cetoconazol.Precauções:
Epilepsia.Efeitos Secundários:
Aumento de peso e sonolência. Pode causar também obstipação, astenia, boca seca, acatisia, sintomas extrapiramidais e alteração das transaminases. Os níveis de ácido úrico podem descer.Zoleptil
Zuclopentixol
Zuclopentixol
Cisordinol Depot
2. Sistema Nervoso Central / 2.9. Psicofármacos / 2.9.2. Antipsicóticos / Zuclopentixol
Indicações:
Tratamento de manutenção de esquizofrenia e de outras psicoses.Interações:
Neste grupo incluem-se os fármacos que revolucionaram a prática da psiquiatria, a partir da década de 50, e que na época se designavam por tranquilizantes major. Atualmente a designação correta é a de antipsicóticos. Até há poucos anos, todos os antipsicóticos eram considerados antagonistas dos recetores D2 da dopamina. Porém, nenhum dos fármacos disponíveis interatua seletivamente com um único recetor. Todos eles têm várias ações farmacológicas e, por isso, a maioria das reações adversas associadas é previsível.Os antipsicóticos têm sido classificados em típicos e atípicos. Esta distinção nem sempre é clara. No essencial, tem em consideração a afinidade para os recetores D2 e consequente risco de indução de efeitos extrapiramidais. Os antipsicóticos típicos são os que têm elevada afinidade para os recetores D2 e produzem efeitos extrapiramidais graves com maior frequência; os antipsicóticos atípicos são os que têm menor afinidade para os recetores D2, tendo menor probabilidade de causar efeitos extrapiramidais. Recentemente desenvolveu-se um subgrupo de antipsicóticos que são simultaneamente antagonistas dos recetores da dopamina e dos da serotonina. Neste subgrupo incluem-se a risperidona, olanzapina, sertindol e clozapina. Dentro destes, a clozapina é ainda um fármaco particular, pelo seu perfil de afinidade para os diferentes recetores (por exemplo é o único antipsicótico que se liga com maior afinidade aos recetores D4 do que aos D2) e pelo facto de ser o antipsicótico com maior eficácia demonstrada no tratamento de doentes esquizofrénicos resistentes. O principal problema da clozapina é o risco de agranulocitose. Para ser minimizado obriga a controlos frequentes do hemograma. De um modo geral, o subgrupo dos antagonistas da dopamina e da serotonina apresenta como principais vantagens em relação aos antagonistas da dopamina, o facto de serem mais eficazes no tratamento dos sintomas negativos, serem melhor tolerados e produzirem menos efeitos extrapiramidais.Os antipsicóticos, além de serem eficazes no controlo dos sintomas das psicoses, possuem outros efeitos farmacológicos que justificam a sua utilização em situações bem definidas. Poderão ser ainda indicados em caso de alterações do comportamento; tétano (a cloropromazina é efetiva como tratamento adjuvante); porfiria (a cloropromazina é eficaz no tratamento da dor abdominal); soluços intratáveis; dor neuropática (em casos particulares a flufenazina é eficaz como tratamento adjuvante); alergia e prurido. A relação risco-benefício da sua utilização com estas finalidades é muito diferente da relação risco-benefício no tratamento da psicose pelo que terá que ser ponderada caso a caso.A lista das reações adversas inclui sintomas e sinais extrapiramidais (movimentos distónicos, crises oculogiras, síndromes parkinsónicos) desde acatísia no início da terapêutica até discinésias tardias após terapêutica prolongada. A distonia aguda ocorre geralmente no início da terapêutica ou quando há subida da dose, nas crianças e nos jovens. Há também o risco de síndrome maligno dos neurolépticos, que é uma alteração disautonómica idiossincrática com uma taxa de mortalidade de 30%. Produzem, em graus variáveis, sedação e efeitos anticolinérgicos, hipotensão ortostática e arritmias; registam-se também náuseas, vómitos, dores abdominais, irritação gástrica, crises convulsivas, alterações endócrinas, alterações hematológicas, erupções cutâneas e alterações idiossincráticas das transaminases e por vezes icterícia colestática.Os antipsicóticos devem ser usados com precaução nos doentes com patologia cardíaca, em todas as situações que podem ser agravadas pelos efeitos anticolinérgicos (glaucoma, prostatismo, etc.); deve ser monitorizada a função hepática durante a terapêutica e esta não deve ser interrompida subitamente.Alguns antipsicóticos são pró-arrítmicos por aumentarem o intervalo QT (pimozida, sertindol e tioridazina) pelo que a utilização em conjunto com outros medicamentos com o mesmo efeito sobre o intervalo QT deve ser evitada ou vigiada. O risco de toxicidade de mielosupressão da clozapina é potenciado por outros fármacos com o mesmo potencial (carbamazepina, cotrimozaxol, cloranfenicol, sulfonamidas, citostáticos, etc.), que não devem ser utilizados em conjunto..Precauções:
Neste grupo incluem-se os fármacos que revolucionaram a prática da psiquiatria, a partir da década de 50, e que na época se designavam por tranquilizantes major. Atualmente a designação correta é a de antipsicóticos. Até há poucos anos, todos os antipsicóticos eram considerados antagonistas dos recetores D2 da dopamina. Porém, nenhum dos fármacos disponíveis interatua seletivamente com um único recetor. Todos eles têm várias ações farmacológicas e, por isso, a maioria das reações adversas associadas é previsível.Os antipsicóticos têm sido classificados em típicos e atípicos. Esta distinção nem sempre é clara. No essencial, tem em consideração a afinidade para os recetores D2 e consequente risco de indução de efeitos extrapiramidais. Os antipsicóticos típicos são os que têm elevada afinidade para os recetores D2 e produzem efeitos extrapiramidais graves com maior frequência; os antipsicóticos atípicos são os que têm menor afinidade para os recetores D2, tendo menor probabilidade de causar efeitos extrapiramidais. Recentemente desenvolveu-se um subgrupo de antipsicóticos que são simultaneamente antagonistas dos recetores da dopamina e dos da serotonina. Neste subgrupo incluem-se a risperidona, olanzapina, sertindol e clozapina. Dentro destes, a clozapina é ainda um fármaco particular, pelo seu perfil de afinidade para os diferentes recetores (por exemplo é o único antipsicótico que se liga com maior afinidade aos recetores D4 do que aos D2) e pelo facto de ser o antipsicótico com maior eficácia demonstrada no tratamento de doentes esquizofrénicos resistentes. O principal problema da clozapina é o risco de agranulocitose. Para ser minimizado obriga a controlos frequentes do hemograma. De um modo geral, o subgrupo dos antagonistas da dopamina e da serotonina apresenta como principais vantagens em relação aos antagonistas da dopamina, o facto de serem mais eficazes no tratamento dos sintomas negativos, serem melhor tolerados e produzirem menos efeitos extrapiramidais.Os antipsicóticos, além de serem eficazes no controlo dos sintomas das psicoses, possuem outros efeitos farmacológicos que justificam a sua utilização em situações bem definidas. Poderão ser ainda indicados em caso de alterações do comportamento; tétano (a cloropromazina é efetiva como tratamento adjuvante); porfiria (a cloropromazina é eficaz no tratamento da dor abdominal); soluços intratáveis; dor neuropática (em casos particulares a flufenazina é eficaz como tratamento adjuvante); alergia e prurido. A relação risco-benefício da sua utilização com estas finalidades é muito diferente da relação risco-benefício no tratamento da psicose pelo que terá que ser ponderada caso a caso.A lista das reações adversas inclui sintomas e sinais extrapiramidais (movimentos distónicos, crises oculogiras, síndromes parkinsónicos) desde acatísia no início da terapêutica até discinésias tardias após terapêutica prolongada. A distonia aguda ocorre geralmente no início da terapêutica ou quando há subida da dose, nas crianças e nos jovens. Há também o risco de síndrome maligno dos neurolépticos, que é uma alteração disautonómica idiossincrática com uma taxa de mortalidade de 30%. Produzem, em graus variáveis, sedação e efeitos anticolinérgicos, hipotensão ortostática e arritmias; registam-se também náuseas, vómitos, dores abdominais, irritação gástrica, crises convulsivas, alterações endócrinas, alterações hematológicas, erupções cutâneas e alterações idiossincráticas das transaminases e por vezes icterícia colestática.Os antipsicóticos devem ser usados com precaução nos doentes com patologia cardíaca, em todas as situações que podem ser agravadas pelos efeitos anticolinérgicos (glaucoma, prostatismo, etc.); deve ser monitorizada a função hepática durante a terapêutica e esta não deve ser interrompida subitamente.Alguns antipsicóticos são pró-arrítmicos por aumentarem o intervalo QT (pimozida, sertindol e tioridazina) pelo que a utilização em conjunto com outros medicamentos com o mesmo efeito sobre o intervalo QT deve ser evitada ou vigiada. O risco de toxicidade de mielosupressão da clozapina é potenciado por outros fármacos com o mesmo potencial (carbamazepina, cotrimozaxol, cloranfenicol, sulfonamidas, citostáticos, etc.), que não devem ser utilizados em conjunto..Efeitos Secundários:
Neste grupo incluem-se os fármacos que revolucionaram a prática da psiquiatria, a partir da década de 50, e que na época se designavam por tranquilizantes major. Atualmente a designação correta é a de antipsicóticos. Até há poucos anos, todos os antipsicóticos eram considerados antagonistas dos recetores D2 da dopamina. Porém, nenhum dos fármacos disponíveis interatua seletivamente com um único recetor. Todos eles têm várias ações farmacológicas e, por isso, a maioria das reações adversas associadas é previsível.Os antipsicóticos têm sido classificados em típicos e atípicos. Esta distinção nem sempre é clara. No essencial, tem em consideração a afinidade para os recetores D2 e consequente risco de indução de efeitos extrapiramidais. Os antipsicóticos típicos são os que têm elevada afinidade para os recetores D2 e produzem efeitos extrapiramidais graves com maior frequência; os antipsicóticos atípicos são os que têm menor afinidade para os recetores D2, tendo menor probabilidade de causar efeitos extrapiramidais. Recentemente desenvolveu-se um subgrupo de antipsicóticos que são simultaneamente antagonistas dos recetores da dopamina e dos da serotonina. Neste subgrupo incluem-se a risperidona, olanzapina, sertindol e clozapina. Dentro destes, a clozapina é ainda um fármaco particular, pelo seu perfil de afinidade para os diferentes recetores (por exemplo é o único antipsicótico que se liga com maior afinidade aos recetores D4 do que aos D2) e pelo facto de ser o antipsicótico com maior eficácia demonstrada no tratamento de doentes esquizofrénicos resistentes. O principal problema da clozapina é o risco de agranulocitose. Para ser minimizado obriga a controlos frequentes do hemograma. De um modo geral, o subgrupo dos antagonistas da dopamina e da serotonina apresenta como principais vantagens em relação aos antagonistas da dopamina, o facto de serem mais eficazes no tratamento dos sintomas negativos, serem melhor tolerados e produzirem menos efeitos extrapiramidais.Os antipsicóticos, além de serem eficazes no controlo dos sintomas das psicoses, possuem outros efeitos farmacológicos que justificam a sua utilização em situações bem definidas. Poderão ser ainda indicados em caso de alterações do comportamento; tétano (a cloropromazina é efetiva como tratamento adjuvante); porfiria (a cloropromazina é eficaz no tratamento da dor abdominal); soluços intratáveis; dor neuropática (em casos particulares a flufenazina é eficaz como tratamento adjuvante); alergia e prurido. A relação risco-benefício da sua utilização com estas finalidades é muito diferente da relação risco-benefício no tratamento da psicose pelo que terá que ser ponderada caso a caso.A lista das reações adversas inclui sintomas e sinais extrapiramidais (movimentos distónicos, crises oculogiras, síndromes parkinsónicos) desde acatísia no início da terapêutica até discinésias tardias após terapêutica prolongada. A distonia aguda ocorre geralmente no início da terapêutica ou quando há subida da dose, nas crianças e nos jovens. Há também o risco de síndrome maligno dos neurolépticos, que é uma alteração disautonómica idiossincrática com uma taxa de mortalidade de 30%. Produzem, em graus variáveis, sedação e efeitos anticolinérgicos, hipotensão ortostática e arritmias; registam-se também náuseas, vómitos, dores abdominais, irritação gástrica, crises convulsivas, alterações endócrinas, alterações hematológicas, erupções cutâneas e alterações idiossincráticas das transaminases e por vezes icterícia colestática.Os antipsicóticos devem ser usados com precaução nos doentes com patologia cardíaca, em todas as situações que podem ser agravadas pelos efeitos anticolinérgicos (glaucoma, prostatismo, etc.); deve ser monitorizada a função hepática durante a terapêutica e esta não deve ser interrompida subitamente.Alguns antipsicóticos são pró-arrítmicos por aumentarem o intervalo QT (pimozida, sertindol e tioridazina) pelo que a utilização em conjunto com outros medicamentos com o mesmo efeito sobre o intervalo QT deve ser evitada ou vigiada. O risco de toxicidade de mielosupressão da clozapina é potenciado por outros fármacos com o mesmo potencial (carbamazepina, cotrimozaxol, cloranfenicol, sulfonamidas, citostáticos, etc.), que não devem ser utilizados em conjunto..Cisordinol Depot