Tromboplastina

Na medicina, a tromboplastina refere-se a uma enzima particular que tem um papel importante na coagulação do sangue. Esta enzima é produzida tanto pelo corpo como a partir de outras fontes, tais como pulmões de coelhos, e é usada em laboratórios para testar a velocidade a que o sangue coagula. Existem dois tipos principais de testes de tromboplastina. Um, conhecido como tempo de protrombina (PT), usa tromboplastina derivada de tecido humano e é frequentemente usado para monitorizar o tratamento com o fármaco anticoagulante varfarina. O outro, conhecido como tempo de tromboplastina parcial ativada (aPTT), usa uma mistura de tromboplastina e outras substâncias e é frequentemente usado para monitorizar o tratamento com heparina, outro anticoagulante. Ambos os testes medem a rapidez com que o sangue coagula e são usados para diagnosticar e monitorizar distúrbios de coagulação do sangue.

Tromboquinase

Tromboquinase, também conhecida como proteína C ativada, é uma enzima utilizada em medicina que tem como principal função a dissolução de coágulos sanguíneos. É, portanto, fundamental no tratamento de quadros de trombose, uma vez que auxilia na desobstrução de vasos sanguíneos. A enzima actua especificamente sobre a fibrina, uma proteína que desempenha um papel essencial na coagulação do sangue, convertendo-a em produtos solúveis e, assim, ajudando a dissolver coágulos.

Trombosado

Trombosado, em medicina, refere-se a um estado ou condição no qual há a formação de um trombo, que é um coágulo sanguíneo, dentro de um vaso sanguíneo. Este coágulo pode obstruir a circulação do sangue no vaso ou no órgão afectado. Isso pode levar a várias complicações, como o acidente vascular cerebral, se um coágulo de sangue se formar em um dos vasos sanguíneos que fornecem sangue ao cérebro.

Trombose

A trombose é uma condição médica que ocorre quando um coágulo sanguíneo se forma num vaso sanguíneo, bloqueando o fluxo de sangue. Este bloqueio pode ocorrer em qualquer parte do sistema circulatório, incluindo as veias e artérias do coração, pulmões, cérebro e extremidades inferiores. Existem vários tipos de trombose, como a trombose venosa profunda (um coágulo sanguíneo numa veia profunda, geralmente na perna) e a embolia pulmonar (quando um coágulo viaja até aos pulmões). Os principais riscos da trombose são a falta de sangue a áreas essenciais do corpo, o que pode levar a complicações graves como um ataque cardíaco ou um acidente vascular cerebral. As pessoas estão mais propensas a desenvolver trombose se tiverem certas condições médicas que afetam a coagulação do sangue, se estiverem imobilizadas por um longo período, ou se tiverem sofrido uma lesão ou cirurgia.

Trombose Cerebral

A trombose cerebral em medicina refere-se à formação de um coágulo sanguíneo (trombo) num dos vasos sanguíneos do cérebro. Isto pode bloquear o fluxo sanguíneo, o que impede que o oxigénio e os nutrientes cheguem a certas partes do cérebro. Se o fluxo sanguíneo para uma parte do cérebro for bloqueado por um longo período de tempo, pode resultar em danos cerebrais ou mesmo num acidente vascular cerebral (AVC), também conhecido como uma "trombose". Os sintomas da trombose cerebral podem variar dependendo da área do cérebro afectada, mas podem incluir fraqueza, paralisia, problemas de fala, perda de visão e tonturas. O tratamento geralmente envolve medicamentos para dissolver o coágulo sanguíneo e prevenir coágulos futuros. Em alguns casos, pode ser necessária cirurgia.

Trompa De Falópio

A trompa de Falópio, também conhecida como tuba uterina, é parte do sistema reprodutivo feminino. As mulheres têm duas destas estruturas, localizadas de cada lado do útero. A função das trompas de Falópio é transportar os óvulos do ovário ao útero e permitir a passagem dos espermatozóides na direção oposta. As trompas de Falópio desempenham um papel crucial na fertilização, uma vez que é normalmente nelas que ocorre a fertilização do óvulo pelo espermatozoide. Uma vez fertilizado, o óvulo (agora chamado de zigoto) continua a sua viagem até ao útero, onde se implanta e começa a desenvolver-se. Problemas nas trompas de Falópio, como bloqueios ou danos, podem impedir a gravidez ou levar a uma gravidez ectópica, onde o óvulo fertilizado se implanta fora do útero. A avaliação e o tratamento das condições que afetam as trompas de Falópio são uma parte importante da medicina reprodutiva.

Tronco

Em medicina, o termo "tronco" pode referir-se a diferentes conceitos, dependendo do contexto. Um dos usos mais comuns do termo é para descrever a estrutura principal do corpo humano, que exclui os membros e a cabeça. No contexto da anatomia cardiovascular, um tronco pode referir-se a um grande vaso sanguíneo a partir do qual outros vasos menores se ramificam. Por exemplo, o tronco pulmonar é um grande vaso sanguíneo que transporta sangue do coração para os pulmões. O termo também pode ser usado na neurologia para se referir a um conjunto de fibras nervosas, como o tronco cerebral, que é a parte do cérebro que se liga à espinal medula. Na cirurgia, o termo "tronco" pode referir-se a um tipo de procedimento conhecido como cirurgia de tronco, que é uma cirurgia realizada para tratar problemas nos órgãos principais encontrados no tronco do corpo. Em qualquer um desses contextos, "tronco" refere-se fundamentalmente a algo que serve como estrutura principal ou ponto de origem para outras partes ou funções do corpo.

Tronco Cerebral

O tronco cerebral é uma parte do cérebro situada na sua base, interligando o cérebro propriamente dito com a medula espinal. Essa região do cérebro é responsável pelo controle de funções vitais do corpo, como a respiração, o ritmo cardíaco e a pressão arterial. Além disso, o tronco cerebral também desempenha um papel importante na regulação do sistema nervoso autónomo, responsável pelo controlo das funções corporais involuntárias, como o piscar de olhos ou a transpiração.

Tronco Encefálico

O tronco encefálico é uma área do cérebro que se situa entre o cérebro propriamente dito e a medula espinhal. É responsável por controlar várias funções vitais, como a respiração, a frequência cardíaca e o sono. Este compreende o mesencéfalo, a ponte de varólio ou simplesmente ponte e o bolbo raquidiano. Este órgão é essencial na comunicação dos sinais nervosos entre o cérebro e o resto do corpo, bem como no controlo de várias funções corporais fundamentais.

Tuba Auditiva

A Tuba Auditiva é uma estrutura do sistema auditivo, mais conhecida como Trompa de Eustáquio. Esta tuba conecta a parte média do ouvido com a cavidade nasal. A sua função principal é equalizar a pressão no ouvido médio para evitar danos, permitindo que o ar flua entre esta cavidade e o exterior. Sem esta equalização de pressão, a sensação é semelhante à experiência ao subir em altitude, por exemplo, num avião. Além disso, a Tuba Auditiva também facilita a drenagem do muco produzido na cavidade do ouvido médio. Distúrbios na função da Tuba Auditiva podem levar a infecções do ouvido médio, perturbações auditivas como a otite média, entre outros problemas.

Tubagem Duodenal

A tubagem duodenal, também conhecida como intubação duodenal, é um procedimento médico que envolve a introdução de um fino tubo ou sonda através do nariz ou boca, passando pelo esófago e estômago até chegar ao duodeno, que é a primeira parte do intestino delgado. Este procedimento é usado para obter amostras de fluidos e conteúdo duodenal para análise e diagnóstico de certas condições gastrointestinais. Além disso, também pode ser utilizado para administrar medicamentos ou nutrição a pacientes que não conseguem comer ou beber normalmente.

Tubagem Gástrica

A tubagem gástrica, também conhecida como intubação gástrica, é um procedimento médico que envolve a inserção de um tubo através do nariz ou boca, passando pelo esófago até ao estômago. Este procedimento é usado para diferentes fins, tais como: fornecer alimentação ou medicamentos a pacientes que não conseguem comer ou engolir; drenar o conteúdo gástrico em pacientes com obstrução intestinal ou que estão em risco de aspiração (inalação de comida ou líquido para os pulmões); e coletar amostras de fluido gástrico para análise laboratorial. A colocação do tubo pode ser desconfortável para o paciente e geralmente é realizada sob anestesia local.

Tuberculina

A tuberculina é uma substância que se obtém a partir das bactérias que causam a tuberculose. É utilizada principalmente no teste cutâneo de Mantoux, um teste para detetar se uma pessoa tem ou teve contacto com a bactéria da tuberculose. O teste consiste em injetar uma pequena quantidade de tuberculina na pele do paciente. Se a pessoa tiver sido infectada com a bactéria, a área na qual a tuberculina foi injetada ficará inflamada e vermelha após 48 a 72 horas. Esta reacção é devida ao facto de o sistema imunitário reconhecer a substância e reagir a ela. Se não houver reacção, o resultado do teste é negativo, o que indica que a pessoa não tem nem teve a infecção. No entanto, alguns casos podem resultar em falsos negativos, como por exemplo, em pessoas com o sistema imunitário comprometido. Por outro lado, um resultado positivo no teste não significa necessariamente que a pessoa tenha a doença, mas sim que teve contacto com a bactéria em algum momento da vida. Neste caso, são necessários outros exames para confirmar se a tuberculose está ativa. Vale a pena mencionar que a tuberculina não serve para vacinar as pessoas contra a tuberculose, ela é usada apenas para o diagnóstico.

Tubérculo

Em medicina, o termo "tubérculo" pode ter duas principais referências. Um tubérculo pode ser uma pequena protuberância arredondada presente em algumas partes do corpo humano, como ossos ou órgãos, e que por norma está relacionada com algum tipo de malformação ou doença. No entanto, o termo "tubérculo" também é frequentemente usado como abreviatura de "tuberculose", uma infecção bacteriana grave que geralmente afecta os pulmões, mas que pode se espalhar para outras partes do corpo. A doença é chamada de "tubérculo" porque causa o crescimento de pequenas protuberâncias (ou "tubérculos") nos tecidos infectados.

Tuberculoma

Tuberculoma é uma condição médica que ocorre quando a tuberculose, uma infecção bacteriana comum, se concentra em uma área particular do corpo e forma um tumor ou massa. Em vez de se espalhar uniformemente pelo corpo como geralmente faz, a tuberculose se aglomera e produz uma massa dura. O tuberculoma pode ocorrer em qualquer parte do corpo, mas é mais comum no cérebro, pulmões e pele. O diagnóstico é feito principalmente por técnicas de imagem como tomografias e ressonâncias e o tratamento geralmente é feito com uma combinação de medicamentos antituberculose.

Tuberculose

Tuberculose é uma doença infecciosa e contagiosa causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, também conhecida como bacilo de Koch. Esta doença, um dos problemas de saúde mais antigos da humanidade, afeta principalmente os pulmões, mas pode-se espalhar para outros órgãos do corpo. A tuberculose é transmitida de pessoa para pessoa através de gotículas lançadas no ar quando uma pessoa com tuberculose ativa tosse, espirra, fala ou canta. Contudo, nem todas as pessoas expostas à bactéria adoecem; as que não adoecem mas têm a bactéria no corpo são ditas infeccionadas mas não têm tuberculose activa (tuberculose latente). Os principais sintomas da tuberculose activa são tosse com expectoração por mais de três semanas (por vezes com sangue), febre, suores noturnos, perda de peso e cansaço. A tuberculose latent não causa sintomas, e não é contagiosa, mas pode-se tornar activa. É então importante a realização de testes para identificar a presença da bactéria e fazer o tratamento adequado. Apesar de ser uma doença evitável e curável, a tuberculose continua a ser um problema de saúde pública mundial significativo, principalmente em áreas com alta prevalência de VIH e em locais onde a bactéria tenha desenvolvido resistência às formas padrão de tratamento com antibióticos.

Tuberculose Pulmonar

A tuberculose pulmonar é uma doença infecciosa causada por uma bactéria chamada Mycobacterium tuberculosis, também conhecida como bacilo de Koch. Esta doença afeta principalmente os pulmões, mas também pode afetar outros órgãos do corpo. Depois da bactéria entrar no corpo, normalmente através da inalação, ela instala-se nos pulmões e começa a se multiplicar. Isto pode levar a sintomas como tosse persistente, perda de peso, febre, suores nocturnos e fadiga. Se não for tratada, a tuberculose pulmonar pode ser fatal. A forma mais comum de infecção ocorre através do contacto próximo com uma pessoa infectada que tosse ou espirra, libertando as bactérias no ar. No entanto, nem todas as pessoas que são infectadas desenvolvem a doença. Algumas pessoas têm uma infecção latente, o que significa que as bactérias ficam adormecidas no corpo sem causar doença, mas ainda assim podem ativá-lo em um momento posterior. O tratamento para a tuberculose pulmonar normalmente envolve uma combinação de medicamentos antibióticos tomados durante muitos meses. A adesão ao tratamento é extremamente importante para curar a doença e evitar a propagação da infecção. Além disso, existem vacinas disponíveis (como a BCG) que proporcionam alguma protecção contra a tuberculose, sendo rotineiramente administradas em vários países onde a doença é comum.

Tuberosidade

Em medicina, a tuberosidade é uma área ampla e arredondada de um osso, geralmente maior do que uma tubércula (uma proeminência menor e arredondada), que costuma servir como ponto de ligação para músculos e ligamentos. A tuberosidade distingue-se pela sua textura mais áspera, devido ao esforço constante que suporta. Exemplos de tuberosidades incluem a tuberosidade da tíbia e a tuberosidade do úmero.

Tubo De Faucher

O Tubo de Faucher é um dispositivo médico utilizado no passado principalmente para o tratamento de obstruções intestinais. É um tubo longo e flexível que era inserido através do reto e avançava até o intestino grosso, ajudando a eliminar qualquer bloqueio presente, seja através da lavagem com um líquido específico ou mesmo através da remoção manual do obstáculo. Apesar de ter sido útil na época de sua criação, o Tubo de Faucher tem o seu uso hoje em dia bastante limitado, sendo substituído por métodos menos invasivos e mais eficazes de tratamento de obstruções intestinais. Por isso, a não ser que esteja a estudar a história da medicina, é pouco provável que se depare com este termo na prática médica atual.

Tubo-ovariano

O termo tubo-ovariano na medicina refere-se à estrutura composta pela combinação da trompa de Falópio e do ovário, localizado no sistema reprodutivo feminino. As condições que afetam esta estrutura, como a doença inflamatória pélvica ou um abscesso tubo-ovariano, podem causar dor pélvica severa e problemas de fertilidade.

Tubular

"Tubular" na medicina refere-se normalmente a algo que tem forma ou estrutura de um tubo. Este termo pode ser utilizado em várias contextos em medicina. Por exemplo, nas áreas de anatomia e fisiologia, "tubular" pode ser usado para descrever estruturas orgânicas que têm a forma de um tubo, como os túbulos renais nos rins, que desempenham um papel crucial na filtração do sangue e na formação de urina. Em outra situação, um "adenoma tubular" é um tipo de pólipo encontrado no cólon que tem potencial para se tornar canceroso. Resumindo, o termo "tubular" é utilizado em medicina para se referir a estruturas, condições ou processos que de alguma forma se assemelham ou envolvem um tubo. Como tal, a sua aplicação exacta pode variar dependendo do contexto.

Túbulo

Em medicina, particularmente na anatomia, um túbulo é um pequeno tubo ou canal. A palavra deriva do latim "tubulus" que significa "pequeno tubo". Em medicina, os túbulos estão presentemente envolvidos em várias estruturas orgânicas, sendo mais notoriamente referenciados nos sistemas renal e auditivo. Por exemplo, os túbulos renais são partes dos rins onde ocorre a filtração do sangue e a produção de urina.

Túbulo Contorneado Distal

O túbulo contornado distal é uma parte do néfron, a unidade funcional do rim, através da qual a urina passa. Este segmento dos túbulos renais é responsável por reabsorver sódio, cloreto de sódio e água do fluido renal filtrado, e por excretar potássio e íons de hidrogénio na urina. Através destas funções, o túbulo contornado distal contribui para a regulação do balanço de água e eletrólitos no corpo, bem como para a manutenção do pH do sangue. O túbulo contornado distal é também o local principal de ação para muitos diuréticos, medicamentos que aumentam a quantidade de urina produzida pelos rins.

Túbulo Contorneado Proxi

O túbulo contorneado proximal é uma estrutura que faz parte do nefrónio, a unidade funcional básica do rim. Trata-se de um tubo estreito e enrolado localizado no córtex renal. Este tubo é responsável por absorver água, sais e outras substâncias úteis filtradas pelo glomérulo (composto por pequenos vasos sanguíneos na cápsula de Bowman) e devolver esses elementos ao sangue. A sua designação "proximal" significa que é a primeira parte do tubo que o fluido filtrado atravessa após sair do glomérulo. Consequente ao processo de filtração, ocorre a remoção de resíduos e substâncias indesejadas do sangue, como ureia, ácido úrico e creatinina, que depois são excretadas na urina. Assim, o túbulo contorneado proximal desempenha um papel crucial na manutenção do equilíbrio de fluidos e eletrólitos do corpo.

Úlcera

Uma úlcera é uma lesão ou ferida que ocorre na pele ou em uma membrana mucosa (como o estômago ou intestinos) provocando uma destruição do tecido. No caso da úlcera gástrica, por exemplo, ela se desenvolve quando o ácido estomacal danifica a parede do estômago ou do intestino delgado. Esta lesão pode provocar dor intensa e até sangramentos. Sendo assim, uma úlcera é um problema de saúde que pode reclamar tratamento médico adequado para prevenir complicações mais graves.

Úlcera Atônica

Uma úlcera atónica na medicina é uma lesão que ocorre normalmente na pele ou nas membranas mucosas dentro do corpo, que não mostra sinais de cura ou crescimento de novas células durante um longo período de tempo. Estas úlceras são caracterizadas pela perda da tonalidade muscular da região afectada, o que dificulta a sua cicatrização. Pode ocorrer por uma variedade de razões, incluindo problemas circulatórios, falta de movimento ou pressão constantemente aplicada em um determinado local, como estar em uma cama ou cadeira de rodas por um período prolongado. Normalmente, necessita de intervenção médica para facilitar a cura.

Úlcera De Bauru

A Úlcera de Bauru é outro nome para a Leishmaniose Tegumentar Americana, uma doença infecciosa causada por parasitas do gênero Leishmania. Esta doença é transmitida por insetos flebotomíneos infetados, também conhecidos como mosquito-palha. Os sintomas da Úlcera de Bauru podem variar, mas a apresentação mais comum é a formação de uma úlcera ou ferida na pele, normalmente indolor mas que não cicatriza facilmente. Dependendo do tipo de Leishmania envolvido, a doença pode também afetar as membranas mucosas e se tornar mais séria. O tratamento típico envolve medicamentos antiparasitários, muitas vezes administrados por via intravenosa. É importante o controlo dos mosquitos para prevenir a propagação da doença, especialmente em áreas endémicas.

Úlcera De Pressão

Uma úlcera de pressão, também conhecida como escara ou úlcera de decúbito, é uma ferida que se desenvolve quando a pele e os tecidos subjacentes sofrem danos causados pela pressão prolongada sobre eles. Normalmente, ocorrem em áreas do corpo onde a pele cobre os ossos, como calcanhares, ancas e nádegas. Estas feridas podem ser bastante graves, chegando a expor músculo ou osso. O desenvolvimento de úlceras de pressão pode ser uma complicação comum em pessoas com mobilidade reduzida, como aquelas que estão acamadas, em cadeiras de rodas ou que não conseguem mudar de posição devido a uma deficiência física ou doença. O diagnóstico precoce e a prevenção da pressão constante são fundamentais para o tratamento e prevenção de úlceras de pressão. Isso pode incluir a mudança regular de posição do corpo, cuidados cuidadosos da pele, boa nutrição e, por vezes, o uso de equipamentos especializados.

Úlcera Duodenal

A úlcera duodenal é uma condição médica que ocorre quando ocorre uma erosão no revestimento do duodeno, que é a primeira parte do intestino delgado, logo após o estômago. Esta erosão acontece normalmente devido à ação contínua de sucos gástricos ácidos ou bactérias, resultando numa ferida aberta conhecida como úlcera. Os sintomas da úlcera duodenal podem incluir dor abdominal (geralmente na parte superior do abdómen), azia, indigestão e, em casos mais graves, pode haver vómitos (possivelmente com sangue), perda de peso inexplicada e alterações no apetite. Esta condição é geralmente tratada com medicação para reduzir a acidez do estômago e, em alguns casos, com antibióticos para tratar uma infecção bacteriana. Em casos extremos, pode ser necessária intervenção cirúrgica.

Úlcera Flegmonosa

A úlcera flegmonosa refere-se a uma condição médica grave, normalmente associada à infecção aguda de tecidos moles. Este tipo de úlcera é caracterizado por inflamação aguda e difusa do tecido subcutâneo que frequentemente se alastra rapidamente. Esta condição pode surgir como uma complicação de uma ferida ou cortes na pele e é frequentemente causada por bactérias. A úlcera flegmonosa pode levar à formação de abcessos, gangrena ou septicemia se não for tratada adequadamente e atempadamente. O tratamento geralmente envolve a administração de antibióticos e, em casos mais graves, pode ser necessária a remoção cirúrgica do tecido infectado.

Úlcera Fungosa

Na medicina, uma úlcera fungosa é uma ferida que ocorre na pele ou nas membranas mucosas e tem uma aparência semelhante a um fungo devido ao seu crescimento em massa ou projeção para fora. Este termo é frequentemente usado para descrever úlceras avançadas causadas por certos tipos de câncer, como o sarcoma de Kaposi ou o carcinoma espinocelular. Embora a sua aparência possa ser semelhante à de um fungo, estes tumores não estão relacionados com infecções fúngicas na pele. O tratamento para úlceras fungosas dependerá da causa subjacente e geralmente envolve uma combinação de cirurgia, radioterapia e quimioterapia.

Úlcera Gástrica

A úlcera gástrica é uma condição médica caracterizada pela formação de feridas ou lesões abertas no revestimento do estômago. Esta condição é comumente causada pela bactéria Helicobacter pylori, mas também pode ser resultado de longos períodos de estresse, má alimentação ou uso prolongado de certos medicamentos como os anti-inflamatórios não esteroides. Os sintomas mais frequentes incluem dor ou desconforto abdominal, indigestão, náuseas, vómitos e perda de apetite. O tratamento geralmente envolve a utilização de medicação para reduzir a acidez do estômago, tratar a bactéria (se presente), e promover a cura da úlcera.

Úlcera Péptica

A úlcera péptica é um termo médico usado para descrever uma erosão no revestimento do estômago, esófago inferior ou intestino delgado superior. Esta lesão ocorre quando os sucos gástricos, que possuem um alto nível de acidez destinado a digerir os alimentos, danificam o revestimento do trato digestivo. A úlcera péptica pode apresentar sintomas como dor abdominal, sensação de inchaço, náuseas, arrotos e vômitos. Se não for tratada, pode levar a situações de vida ou morte, como hemorragias digestivas. O tratamento normalmente envolve o uso de medicamentos para reduzir a acidez do estômago e permitir que a úlcera cicatrize. Em alguns casos, pode ser necessário um procedimento cirúrgico.

Úlcera Perfurante

Em medicina, uma úlcera perfurante é uma condição séria que ocorre quando uma úlcera se desenvolve num órgão (principalmente o estômago, duodeno ou intestino) a tal ponto que acaba por furar a parede desse órgão. Essa perfuração pode criar um buraco permitindo que o conteúdo interno do órgão, como os sucos gástricos, bactérias e alimentos parcialmente digeridos, vaze no abdómen. Isso pode levar a uma infeção grave conhecida como peritonite, que requer tratamento médico imediato, geralmente através de cirurgia, para prevenir complicações potencialmente fatais. Os sintomas da úlcera perfurante são geralmente graves, incluindo dor abdominal intensa e repentina, náusea, vómitos, inchaço abdominal, febre alta e, em casos graves, choque. Fatores de risco para úlceras perfurantes incluem tomar certos medicamentos como anti-inflamatórios não esteróides, infecção pela bactéria Helicobacter pylori, consumo excessivo de álcool, tabagismo e stress psicológico ou físico extremo.

Úlcera Sifilítica

A úlcera sifilítica, também conhecida como cancro duro, é um dos primeiros sintomas da sífilis, uma doença sexualmente transmissível causada pela bactéria Treponema pallidum. Essa úlcera é uma lesão na pele ou nas mucosas, geralmente pequena, indolor e de bordas duras, que se desenvolve no local onde a bactéria entrou no corpo. Esta pode surgir cerca de 21 dias após a infecção e é mais comum nas regiões genitais, ânus e boca, embora possa aparecer em qualquer parte do corpo. A úlcera sifilítica não provoca dor e tem a tendência para desaparecer sem tratamento após algumas semanas, o que pode levar a pessoa a pensar que está curada. No entanto, a infecção permanece no organismo e pode vir a causar graves problemas de saúde em fases posteriores. É muito importante procurar tratamento médico ao identificar qualquer sintoma de doença sexualmente transmissível. A sífilis é tratável e curável com antibióticos, especialmente se detectada precocemente.

Úlcera Varicosa

A úlcera varicosa é uma ferida crónica que surge geralmente nas pernas e é causada por uma má circulação do sangue, particularmente em pessoas que sofrem de varizes. Trata-se de uma lesão na pele, que não cicatriza facilmente, rodeada por veias dilatadas e áreas de pele descolorada. A má circulação faz com que o sangue se acumule nas veias das pernas, aumentando a pressão nessas veias, o que pode levar à formação de uma úlcera. Estas úlceras geralmente demoram mais tempo para curar do que uma ferida normal e tendem a reaparecer se a causa subjacente não for tratada. Sintomas típicos incluem dor e desconforto no local da úlcera, pele descolorida ao redor da ferida, inchaço da perna afetada e, por vezes, secreção fétida da úlcera. O tratamento pode incluir curativos compressivos, medicamentos para tratar a infecção, se presente, e cirurgia para tratar as varizes subjacentes. É também importante tentar melhorar a circulação nessas áreas, através de exercícios e elevação das pernas, por exemplo.

Ulceração

Na medicina, ulceração refere-se ao processo de formação de uma úlcera, que é uma ferida ou lesão aberta na pele ou na membrana mucosa do corpo, geralmente acompanhada de destruição do tecido. Esta condição pode ser causada por vários motivos, como uma infecção, falta de circulação sanguínea adequada ou doenças crónicas como diabetes ou doenças inflamatórias como a doença de Crohn. Os locais mais comuns para úlceras incluem os pés, as pernas, o estômago, o esófago e o intestino. Dependendo da sua causa, uma úlcera pode ser dolorosa e requer tratamento para curar.

Ulceração Produzida Pelo Frio E Extremidades Geladas

A ulceração produzida pelo frio é uma lesão na pele causada pela exposição ao frio extremo, frequentemente acompanhada de humidade. Em condições severas, pode levar à formação de úlceras e, eventualmente, à necrose dos tecidos afetados. As extremidades geladas referem-se à sensação de frio nas mãos, pés ou pontas dos dedos. Na medicina, essa sensação muitas vezes está ligada a uma má circulação ou a condições médicas como a doença de Raynaud, onde os pequenos vasos sanguíneos nas extremidades se contraem quando expostos ao frio, causando sensações de frio e dor. Nos casos mais graves, a exposição ao frio extremo sem proteção adequada pode resultar em congelamento, onde a pele e o tecido subjacente ficam danificados. Isso pode causar dor severa, e em casos extremos, pode ser necessária a amputação da área afetada. Por isso, é importante manter-se isolado em ambientes frios, usar luvas e meias quentes, limitar a tempo de exposição ao frio e procurar atendimento médico se aparecerem sintomas de dano pelo frio.

Ulcerativo

Em medicina, o termo "ulcerativo" é usado para descrever algo que provoca ou está relacionado a úlceras. As úlceras são lesões abertas, geralmente dolorosas, que podem surgir em várias partes do corpo, como pele, estômago ou intestinos. Algumas condições são designadas pelo termo ulcerativo. Por exemplo, a colite ulcerativa é uma doença inflamatória crónica que provoca úlceras no revestimento do cólon e do reto. Por mais elucidação, um problema ulcerativo pode envolver a erosão de áreas da pele ou de tecidos internos, o que leva à formação destas lesões abertas, que podem ser acompanhadas por dor, inflamação e outros sintomas desconfortáveis.

Ulcus Rodens

Ulcus Rodens é uma expressão latina que literalmente se traduz como "úlcera roedora". Na medicina, é usada para descrever uma úlcera de pele muito agressiva e destrutiva, que literalmente "roí" os tecidos ao redor. Geralmente, esta expressão é associada ao carcinoma basocelular ulcerado, um tipo de câncer de pele que pode provocar este tipo de lesão ulcerada. As úlceras de "Ulcus Rodens" são normalmente muito profundas, invasivas e não cicatrizam por conta própria, requerendo tratamento médico especializado.

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