Vibriças
Vibriças são estruturas alongadas e flexíveis, mais comumente associadas a pelos ou penas em animais, que têm função sensorial. São especialmente comuns em mamíferos, como gatos e ratos - pensa nas "bigodes" desses animais. Em um contexto médico, este termo pode ser usado para descrever qualquer estrutura semelhante que desempenha uma função sensorial, mas o uso é bastante raro. Em humanos, não temos vibriças da mesma forma que muitos animais. No entanto, temos pelos singelos nos nossos narizes e ouvidos que servem função similar - eles ajudam a proteger essas cavidades, bloqueando partículas estranhas indesejadas.
Vicariante
Vicariante em medicina refere-se a um órgão, tecido ou célula que consegue substituir ou desempenhar as funções de outra parte do corpo que está a falhar ou que foi removida. Este é um mecanismo frequentemente observado na biologia e na medicina onde, por exemplo, um rim pode assumir a função do outro se este estiver doente ou tiver sido removido, ou determinadas células de um tecido podem diferenciar-se para substituir células que tenham sido danificadas ou mortas. A vicariância é portanto um mecanismo fundamental para a regeneração e a reparação do corpo.
Vilosidades Coriônicas
As Vilosidades Coriônicas são formações minúsculas que surgem na placenta durante a gravidez. Estas vilosidades têm um aspecto semelhante a dedos, e ao crescerem na parede do útero, permitem a troca de sangue, nutrientes e oxigénio entre a mãe e o feto. São extremamente importantes no desenvolvimento do feto, uma vez que através das vilosidades, o bebé recebe tudo o que precisa para se desenvolver corretamente. A análise das Vilosidades Coriônicas, conhecida como biopsia das Vilosidades Coriônicas, é um exame que pode ser realizado durante a gravidez, em geral entre a 11ª e a 14ª semana, para detetar determinadas doenças genéticas no feto.
Viloso
Em medicina, o termo "viloso" é usado para descrever uma estrutura que tem aspecto semelhante a pequenos pelos ou vilos. Essa descrição é normalmente utilizada para se referir a certos tipos de tumores que apresentam essa característica, sendo conhecidos como tumores vilosos. Além disso, o termo também é usado na descrição do tecido foundo no intestino delgado, chamado de vilosidade intestinal, responsável pela absorção de nutrientes durante a digestão.
Viremia
Na medicina, a viremia refere-se à presença de vírus no sangue. O termo é frequentemente usado para indicar o grau de contaminação do sangue por um vírus. Geralmente, é uma condição temporária e ocorre durante a fase aguda de uma infecção viral, antes do sistema imunológico responder adequadamente para combater o vírus. No entanto, em algumas doenças infecciosas, a viremia pode persistir por um longo período. A medição dos níveis de viremia pode ser importante para determinar a gravidade de uma doença viral e para avaliar a eficácia de um tratamento antiviral.
Virilha
Em medicina, a virilha é a região do corpo humano localizada na parte superior da coxa, onde esta se junta ao tronco. É uma área de união entre o tronco e o membro inferior, frequentemente associada a várias condições médicas devido aos seus muitos vasos sanguíneos, nervos e músculos importantes.
Virilismo
Virilismo, em medicina, refere-se a um conjunto de sintomas resultantes de um excesso de andrógenos (hormonas sexuais masculinas) no corpo de uma mulher. Este excesso pode ser provocado por uma produção excessiva destas hormonas nas glândulas suprarrenais ou nos ovários, ou pela toma de medicamentos com andrógenos. Os sintomas do virilismo podem incluir crescimento excessivo de pelos pelo corpo (hirsutismo), calvície de padrão masculino, aprofundamento da voz, diminuição do tamanho dos seios, aumento do tamanho do clítoris, alterações da menstruação ou mesmo a sua ausência (amenorreia), aumento dos músculos e alterações no humor ou na libido. Se suspeitar que tem virilismo, é importante consultar um médico, pois este pode ser um sintoma de uma doença subjacente que necessita de tratamento.
Virologia
Virologia é um ramo da medicina que estuda os vírus e as doenças causadas por eles. Este estudo envolve a estrutura, classificação e evolução dos vírus, bem como a maneira como eles infectam as células do organismo, o papel que desempenham nas doenças e como são controlados ou eliminados pelo sistema imunológico. A virologia tem um papel muito importante na prevenção e tratamento de doenças infecciosas, como a gripe, o HIV, o ébola e a COVID-19. A virologia também desempenha um papel crucial no desenvolvimento de vacinas e terapias antivirais.
Virose
Virose é um termo médico utilizado para descrever qualquer doença causada por um vírus. Estas doenças podem afectar várias partes do corpo e manifestam-se de diversas maneiras, dependendo do tipo de vírus em causa. Exemplos comuns de viroses incluem a gripe, o resfriado comum, a varicela e a hepatite. É importante notar que os antibióticos, que são eficazes contra bactérias, não têm efeito contra vírus. Portanto, o tratamento para viroses normalmente implica em aliviar os sintomas enquanto o corpo combate o vírus, embora em alguns casos possam ser usados antivirais.
Virulência
Virulência, em medicina, refere-se à capacidade de um microrganismo (como uma bactéria, vírus ou parasita) causar doença ou dano ao hospedeiro. Por outras palavras, é uma medida de quão "severa" ou "grave" pode ser a doença causada por um determinado microrgânismo. A virulência pode ser influenciada por diversos fatores, incluindo o nível de exposição ao microrganismo, a taxa de reprodução do microrganismo e a capacidade do hospedeiro resistir ou combater a infecção.
Vírus
Em medicina, um vírus é um organismo microscópico que é muito menor do que uma bactéria e que não pode crescer ou reproduzir-se fora de uma célula hospedeira. Os vírus invadem as células do corpo, usando a maquinaria das células para se multiplicarem. Estes invasores microscópicos são responsáveis por muitas doenças infecciosas, incluindo gripe, varicela, VIH, herpes e muitos outros. Os vírus são constituídos por um ou mais segmentos de material genético, DNA ou RNA, rodeados por uma camada de proteína. Alguns vírus também têm uma camada exterior gordurosa chamada envelope. Não se pode tratar os vírus com antibióticos, que são eficazes apenas contra as bactérias. Para algumas infecções virais, há vacinas para prevenir a infeção ou medicamentos antivirais para tratar a infeção.
Vírus Sincicial Respiratório
O Vírus Sincicial Respiratório (VSR) é um tipo de vírus que provoca infeções no trato respiratório. Este vírus é uma das principais causas de doenças respiratórias graves em crianças pequenas, como bronquiolite (uma infeção nos pequenos canais das vias respiratórias dos pulmões) e pneumonia. Embora o VSR possa infetar pessoas de todas as idades, é particularmente perigoso para bebés e adultos mais velhos. O VSR é altamente contagioso e pode ser transmitido facilmente de pessoa para pessoa através do contacto directo, por exemplo, ao tocar, beijar ou partilhar utensílios com uma pessoa infectada. Os sintomas do VSR incluem febre, coriza, tosse, dificuldade em respirar, tempo de retração (pele que se puxa entre as costelas durante a respiração) e diminuição da actividade ou diminuição do apetite. O VSR geralmente ocorre no outono, inverno e início da primavera. Não existe actualmente uma vacina para prevenir a infeção por VSR, por isso é importante tomar medidas para prevenir a sua propagação, como lavar as mãos regularmente e evitar o contacto com pessoas doentes. No caso de indivíduos com alto risco de doença grave, podem ser administrados medicamentos para prevenir a infeção.
Víscera
Víscera é um termo médico que se refere aos órgãos internos do corpo humano alojados dentro das cavidades corporais, principalmente na cavidade torácica (como o coração e pulmões) e na cavidade abdominal (como o fígado, pâncreas, estômago e intestinos). As vísceras desempenham funções essenciais para o funcionamento do corpo e são protegidas por estruturas ósseas, como as costelas ou a pélvis.
Visceralgia
A Visceralgia, em medicina, refere-se a uma dor que ocorre no interior dos órgãos, também chamados de vísceras, como o coração, fígado, intestinos, entre outros. Essa dor pode ser causada por diversas condições, como inflamação, infecção, lesão ou disfunção de um órgão. É importante destacar que a dor visceral é muitas vezes difícil de localizar e pode ser sentida numa área diferente daquela onde está o órgão afectado.
Visceroptose
Visceroptose é um termo médico que descreve a descida anormal de um ou mais órgãos internos do corpo para uma posição mais baixa do que a normal. Normalmente, esta condição afecta os órgãos na cavidade abdominal, como o estômago, intestinos, fígado, rins ou bexiga. A visceroptose pode ser causada por vários motivos, como a gravidez, a obesidade, a fraqueza da parede abdominal, ou devido a cirurgias abdominais prévias. Os sintomas podem variar de acordo com o órgão afectado, mas geralmente incluem dor abdominal, indigestão, constipação e outros problemas digestivos. O tratamento geralmente envolve fisioterapia, alterações na dieta e, em casos mais graves, cirurgia.
Vitamina K
A vitamina K é uma vitamina lipossolúvel que desempenha um papel crucial na coagulação do sangue, ajudando o corpo a prevenir excessivas hemorragias. Além disso, está envolvida na manutenção da saúde óssea e cardiovascular. Esta vitamina pode ser obtida diretamente de certos alimentos, como vegetais de folhas verdes, fígado de boi, queijo e ovos. Também é produzida pelo nosso próprio corpo, mais especificamente pelas bactérias existentes no nosso intestino. Existem duas formas principais de vitamina K: a vitamina K1, que está presente nos alimentos vegetais e é a forma mais comum que consumimos na nossa dieta e a vitamina K2 produzida pelas bactérias do nosso intestino. A deficiência de vitamina K no organismo pode resultar em sangramento excessivo e problemas ósseos.
Vitaminas
As vitaminas são substâncias orgânicas indispensáveis ao funcionamento do nosso organismo. Elas têm um papel fundamental em vários processos biológicos, como a manutenção do sistema imunológico, o crescimento e a reparação dos tecidos e a produção de energia. As vitaminas não são produzidas pelo corpo humano, por isso, devem ser adquiridas através da dieta ou através da suplementação. Há actualmente 13 vitaminas essenciais que o corpo necessita: vitaminas A, C, D, E, K, e as oito do complexo B (B1, B2, B3, B5, B6, B7, B9 e B12). Cada uma tem funções específicas no organismo. Por exemplo, a vitamina C é fundamental para a cicatrização dos tecidos e para o fortalecimento do sistema imunitário, enquanto a vitamina D contribui para a saúde dos ossos e dos dentes. Se uma pessoa não consome quantidades suficientes de uma determinada vitamina na sua alimentação, pode desenvolver uma condição chamada deficiência vitamínica, que pode levar a vários problemas de saúde, dependendo da vitamina específica em falta. Por outro lado, o consumo excessivo de vitaminas, geralmente através de suplementos, também pode ser prejudicial. Portanto, é importante ter uma dieta equilibrada para garantir a ingestão adequada de todas as vitaminas essenciais.
Vitiligo
O vitiligo é uma condição dermatológica caracterizada pela perda de pigmentação da pele. As pessoas com vitiligo desenvolvem manchas brancas na pele que podem variar em tamanho e localização. Não é uma condição dolorosa ou contagiosa, mas pode causar desconforto psicológico e baixa autoestima em alguns casos. A causa exata do vitiligo é desconhecida, mas acredita-se que seja um distúrbio autoimune onde o sistema imunológico ataca e destrói os melanócitos - as células que produzem melanina, que dá cor à nossa pele. O tratamento para vitiligo pode incluir a utilização de medicamentos tópicos, terapia de luz e, em alguns casos, cirurgia. Embora não seja uma condição com risco de vida, o vitiligo pode ter um impacto significativo na qualidade de vida de um indivíduo devido às alterações na aparência da pele. Além disso, áreas de pele despigmentada são mais sensíveis ao sol, portanto, medidas de proteção solar são extremamente importantes para esses indivíduos.
Vivisecção
A vivisecção, na medicina, refere-se ao ato de realizar um procedimento cirúrgico ou algum tipo de intervenção invasiva em um animal vivo para fins de investigação. Isto pode incluir a dissecção ou operação de um animal para estudar a função e estrutura dos organismos vivos. Este termo é muitas vezes usado nos campos da fisiologia e medicina. Sendo um procedimento muito controverso, a vivisecção é amplamente criticada por organizações de direitos dos animais por razões éticas, e cada vez mais alternativas estão sendo buscadas para reduzir ou substituir o uso de animais em pesquisa médica.
Volatilização
Volatilização em medicina refere-se ao processo pelo qual uma substância é convertida de uma fase sólida ou líquida para uma fase gasosa. Este processo pode ocorrer naturalmente, como quando os medicamentos são excretados do corpo através da respiração ou suor. A volatilização pode também ser usada de forma controlada em procedimentos médicos ou farmacológicos, como por exemplo na administração de medicamentos através de inalação.
Volição
Na medicina, particularmente na psiquiatria e na psicologia, a volição refere-se à capacidade de tomar decisões e agir de acordo com as mesmas. Trata-se da capacidade de iniciar e persistir em atividades de direção aos objetivos. A perda de volição, ou avolição, é um sintoma comum de transtornos mentais graves, como a esquizofrenia, em que o indivíduo pode ter dificuldade em iniciar ou persistir em tarefas direcionadas a um objetivo.
Volvo
Volvo em medicina refere-se a uma condição em que uma parte do intestino se torce em torno de si mesma, criando uma obstrução. Isso pode levar a complicações graves, como interrupção do fluxo sanguíneo àquela parte do intestino, que pode resultar em necrose do tecido intestinal. Os termos médicos para esta condição variam dependendo da parte do intestino afetada. Por exemplo, um vólvulo gástrico envolve o estômago, enquanto um vólvulo sigmóide ocorre no cólon sigmóide. O tratamento geralmente envolve cirurgia para desfazer a torção e, às vezes, remover a parte afetada do intestino.
Vômer
Vómer é um osso fino e achatado localizado no crânio, mais especificamente na parte inferior do crânio entre as cavidades nasais. Sua principal função é separar essas cavidades nasais, formando, assim, a parte superior do septo nasal. Na medicina, este osso é relevante porque quaisquer alterações na sua forma ou posição podem afetar a respiração e o sentido do olfato.
Vulva
A vulva é a parte externa dos órgãos genitais femininos, e é uma estrutura complexa e delicada que tem muitas funções importantes. Inclui o monte púbico, os grandes lábios, os pequenos lábios, o clítoris, as glândulas de Bartholin e a abertura vaginal. A vulva possui várias funções, incluindo a proteção das partes internas do sistema reprodutivo feminino, o prazer sexual e a função urinária. É também aqui que começa o canal de nascimento.
Vulvectomia
Vulvectomia é um procedimento cirúrgico em medicina que envolve a remoção da vulva. A vulva é constituída pelos órgãos genitais femininos externos, incluindo o clitóris, os lábios vaginais, o óstio da vagina, as glândulas de Bartholin e as glândulas vestibulares menores. A vulvectomia é geralmente realizada para tratar condições como cancro, neoplasias intra-epiteliais ou lesões pré-cancerosas. A extensão da vulvectomia (parcial, total, simples ou radical) varia de acordo com a severidade da doença.
Vulvite
A vulvite é uma condição médica que se caracteriza pela inflamação da vulva, a parte exterior da genitália feminina. Esta inflamação pode ser causada por uma variedade de factores, incluindo infecções por fungos ou bactérias, irritações químicas, alterações hormonais, ou doenças de transmissão sexual. Os sintomas da vulvite podem incluir dor, prurido, vermelhidão, inchaço, e desconforto durante o acto sexual. O tratamento da vulvite depende da causa subjacente e pode incluir medicação antibiótica ou antifúngica, cremes tópicos, ou medidas de cuidado pessoal como banhos de assento ou evitar irritantes potenciais.
Vulvovaginal
Vulvovaginal refere-se a duas partes da anatomia feminina: a vulva e a vagina. Em medicina, quando alguém menciona o termo "vulvovaginal", provavelmente está se referindo a uma condição médica, infecção ou problema que afeta estas duas áreas. Isto pode incluir coisas como a candidíase vulvovaginal (uma infeção por fungos) ou atrofia vulvovaginal (um afinamento e secagem do tecido vaginal), entre outras condições.
Vulvovaginite
A vulvovaginite é uma condição médica que consiste numa inflamação ou infecção da vulva e vagina. É uma patologia bastante comum em mulheres de todas as idades, com uma grande incidência em crianças e mulheres em fase de menopausa. Esta inflamação pode ser causada por vários factores, incluindo: alterações hormonais, como as que ocorrem durante a menopausa; irritação química, por exemplo de sabonetes, produtos de higiene pessoal ou roupas; infecções por bactérias, fungos (como a Candida, que provoca a candidíase) ou vírus (como o vírus do papiloma humano); e doenças de transmissão sexual. Os sintomas da vulvovaginite podem incluir: prurido ou sensação de ardor na zona genital, dor durante a relação sexual, secreção vaginal anormal, alterações na cor, cheiro ou quantidade dos fluxos vaginais, dor ao urinar e, por vezes, sangramento vaginal. O tratamento da vulvovaginite depende da sua causa, podendo incluir cremes ou medicamentos antimicrobianos para combater uma infecção, estrogénios tópicos para aliviar os sintomas da menopausa ou a cessação do uso de produtos que podem estar a causar irritação.
Wilson
A doença de Wilson ou degeneração hepatolenticular é uma condição hereditária rara que causa o acúmulo excessivo de cobre no corpo, especificamente no fígado e no cérebro. O cobre é um mineral necessário para a saúde, mas quantidades excessivas podem ser tóxicas. Na doença de Wilson, o corpo do paciente não consegue eliminar eficientemente o excesso de cobre, resultando em danos a órgãos vitais. Os sintomas da doença de Wilson podem variar consideravelmente entre indivíduos e podem incluir sinais de disfunção hepática, alterações neuropsiquiátricas, distúrbios hematológicos e anéis de Kayser-Fleischer, que são anéis castanhos ou verdes à volta da íris do olho. O tratamento é geralmente para a vida toda e envolve o uso de medicamentos que ajudam a reduzir os níveis de cobre no organismo ou a promover a excreção de cobre na urina. Em casos severos, pode ser necessário um transplante de fígado. A doença de Wilson deve ser diagnosticada e tratada o mais cedo possível para evitar danos irreversíveis ao fígado e ao sistema nervoso.
Ww Widal, Reação De
A Reação de Widal é um teste diagnóstico para febre tifoide ou febre paratifoide, ambas doenças transmitidas pela bactéria Salmonella. Este exame consiste numa reação serológica que deteta a presença de anticorpos específicos para estes patogénicos no sangue do paciente. A sigla "Ww Widal" refere-se a dois tipos de anticorpos típicos nestas infeções, os "W" e os “O”. O "W" refere-se a um anticorpo contra a fase Widal (formas de onda), que são formas atípicas da bactéria que ocorrem durante uma infeção. Já o "O" refere-se a um anticorpo contra a fase O (formas ordinárias), que são as formas típicas da bactéria. Portanto, este teste é usado para ajudar a diagnóstico de febre tifoide ou paratifoide, embora não seja considerado definitivo devido à possibilidade de falsos positivos e falsos negativos. Além disso, pode ser usado para verificar a eficácia da vacinação, uma vez que uma boa resposta à vacina provoca um aumento nos níveis desses anticorpos.
Xantelasma
Xantelasma é uma condição que se manifesta através do surgimento de depósitos de colesterol na região das pálpebras. Estes depósitos podem surgir em forma de pequenas bolsas ou placas e têm um aspecto amarelado. Normalmente, não causam qualquer dor ou desconforto, sendo mais uma questão estética. No entanto, o xantelasma pode também ser indicativo de níveis elevados de colesterol ou de outras lipoproteínas no sangue, o que pode aumentar o risco de doenças cardíacas. Por isso, se surgir este sintoma, é conveniente realizar análises para verificar o nível de lipídios no sangue. Em alguns casos, o xantelasma pode ser uma característica de uma condição genética chamada hipercolesterolemia familiar.
Xântico
Xântico em medicina refere-se a uma coloração amarelada, que normalmente está associada a condições de saúde que envolvem o fígado, como a cirrose ou a hepatite. É também comum em condições como a icterícia, onde há um excesso de bilirrubina no sangue, causando a coloração amarelada da pele e dos olhos. Os xânticos podem também ser uma referência a certos tipos de compostos químicos que são frequentemente usados em medicamentos e que possuem um núcleo de xantina. Na medicina contemporânea, o termo é frequentemente usado para se referir a medicamentos que possuem um núcleo de xantina, como a teofilina e a aminofilina, que são usados para tratar asma e outras doenças respiratórias.
Xantocromia
A xantocromia é um termo médico usado para descrever uma coloração amarelada num fluido do corpo, geralmente o líquido cefalorraquidiano (LCR), que envolve o cérebro e a medula espinal. Esta coloração pode ser causada pela presença de bilirrubina ou outras substâncias. Na prática médica, a xantocromia é frequentemente usada como um indicador de hemorragia subaracnoide. Inicialmente, o sangue pode entrar no LCR através de uma hemorragia, dando ao LCR uma coloração avermelhada. No entanto, com o tempo, os glóbulos vermelhos começam a deprimir, liberando hemoglobina que é depois convertida em bilirrubina. É esta bilirrubina que dá a coloração amarela ao LCR, um sinal de xantocromia. A xantocromia pode ser detectada através de exames de laboratório no LCR, normalmente recolhidos através de uma punção lombar (também conhecida como "punção na coluna").
Xantodermia
Xantodermia é um termo usado em medicina que se refere a uma coloração amarelada da pele e das membranas mucosas, semelhante à icterícia. No entanto, essa condição é mais frequentemente associada à ingestão excessiva de alimentos ricos em caroteno, como cenoura, abóbora, ou manga, e não é um sinal de problemas de fígado como a icterícia. O tom amarelado resulta da conversão do caroteno em vitamina A no corpo. Essa condição é temporária e desaparece quando a ingestão de caroteno é reduzida.
Xantoma
Xantoma é uma condição na qual depósitos de gordura formam-se sob a pele. Esses depósitos são geralmente indolores e podem formar-se em qualquer parte do corpo, mas são mais frequentemente encontrados nas articulações, tendões, cotovelos, joelhos e calcanhares. A aparência dos xantomas pode variar, mas eles são geralmente amarelados e têm uma consistência firme. Os xantomas são mais frequentemente associados a problemas de saúde subjacentes, como doenças do fígado, diabetes e distúrbios metabólicos, que podem levar a níveis elevados de lípidos (gorduras) no sangue. Nesses casos, os xantomas são um sinal visível desses níveis elevados de lípidos. Por vezes, os xantomas podem ser removidos por razões cosméticas ou se causam desconforto, mas o tratamento mais comum visa tratar a causa subjacente, ou seja, o controle dos níveis de lípidos no sangue. Em alguns casos, os xantomas podem desaparecer naturalmente uma vez que os níveis de lípidos são normalizados.
Xantomatose
A xantomatose é uma condição médica caracterizada pela formação de xantomas, que são depósitos de gordura amarela debaixo da pele. Esta doença ocorre principalmente em pacientes com distúrbios metabólicos, tais como a hiperlipidemia (níveis elevados de gordura no sangue), ou em pessoas cujo corpo tem dificuldade em remover certos lípidos (gorduras). Esses depósitos de gordura podem aparecer em várias partes do corpo, incluindo a pele, tendões, articulações, e mais raramente em órgãos como o fígado ou coração. Dependendo de onde os xantomas estão localizados, podem causar vários sintomas e complicações. Nos casos mais graves, a presença de xantomas nos vasos sanguíneos pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares. O tratamento da xantomatose geralmente envolve o controle dos níveis de gordura no sangue, por meio de alterações na dieta, medicamentos e, em alguns casos, cirurgia para remover os xantomas.
Xantopsia
Xantopsia é um distúrbio na percepção visual que faz com que o indivíduo veja tudo com uma tonalidade amarela. Este problema pode ser causado por várias condições médicas, tais como problemas hepáticos, intoxicação por substâncias como o digital (um medicamento para o coração) e condições oculares como a catarata. A Xantopsia é, portanto, um sintoma e não uma doença em si. É importante que a pessoa afetada consulte um profissional de saúde para determinar a causa subjacente e receber o tratamento apropriado.
Xantose
A xantose é uma condição médica caracterizada por um acúmulo anormal de lípidos (gorduras) no corpo, que resulta na formação de manchas de cor amarela ou laranja na pele, especialmente ao redor dos olhos, na palma das mãos, nos pés e em outras áreas do corpo. Estes depósitos de gordura são chamados de xantomas. Este problema é muitas vezes associado a várias doenças metabólicas, incluindo doenças da tiróide, diabetes mellitus, e certos tipos de câncer. Além disso, também é bastante comum em pessoas com níveis elevados de colesterol e doenças hepáticas. O tratamento para a xantose normalmente envolve a gestão das condições subjacentes, tais como o controle do colesterol e açúcar no sangue. Em alguns casos, os depósitos de gordura também podem ser removidos cirurgicamente. É importante notar que, embora a xantose em si não seja perigosa, ela pode ser um sinal de uma condição médica subjacente séria que precisa ser tratada. Por isso, se notar quaisquer alterações na pele, é sempre aconselhável procurar aconselhamento médico.
Xantúria
Xantúria é o termo médico para a condição em que a urina assume uma cor amarela brilhante ou dourada. Esta pode ser uma condição normal e saudável, especialmente se for causada pela ingestão de certos tipos de vitaminas como vitamina B, B2 ou B12. No entanto, pode também ser um sinal de certas condições médicas, incluindo desidratação e algumas doenças do fígado.
Xerasia
Xerasia é um termo médico utilizado para descrever um estado no qual a pele fica extremamente seca, podendo até se tornar escamosa e aspera. É uma condição muitas vezes associada a desequilíbrios hormonais, problemas nutricionais ou ambientais, tais como exposição constante a baixa umidade. Em alguns casos, pode ser um sintoma de doenças mais graves, como hipotireoidismo ou diabetes. O termo Xerasia também é aplicado, por vezes, para o cabelo extremamente seco. Os tratamentos normalmente envolvem o uso de hidratantes intensivos, mudanças na dieta e na rotina de cuidados da pele.