Tamponamento
Tamponamento, em medicina, é um termo geralmente usado para referir-se ao Tamponamento Cardíaco. Este é um distúrbio médico grave que resulta quando o fluido, geralmente sangue, se acumula no espaço entre o coração e o pericárdio, a membrana fina que envolve o coração. Este acúmulo de fluido aumenta a pressão sobre o coração, o que impede que ele se encha e bata corretamente, podendo resultar em insuficiência cardíaca, choque e muitas vezes leva à morte se não tratado imediatamente. O tamponamento também pode referir-se à prática médica de usar uma compressa ou tampão para estancar sangramentos ou drenar fluidos de feridas ou incisões. Nas cirurgias, por exemplo, podem ser utilizados tampões para controlar o sangramento.
Tanatologia
A Tanatologia é uma especialidade dentro da medicina que estuda a morte, o processo de morrer e o luto. Aborda questões relacionadas com doenças terminais, o fim da vida, a dor e o sofrimento do paciente, bem como o luto e o impacto emocional nos familiares e profissionais de saúde envolvidos. A palavra tem origem grega, sendo que "Thanatos" é o deus da morte na mitologia grega e "logia" significa estudo. O principal objetivo é melhorar a qualidade de vida do paciente em estado terminal e apoiar os familiares durante este processo.
Taquicardia
Taquicardia é um termo médico que descreve uma frequência cardíaca que, em repouso, ultrapassa os 100 batimentos por minuto. Essa condição pode estar relacionada a uma série de problemas de saúde, desde aspectos menos graves, como ansiedade e stress, até condições médicas mais sérias, como doenças cardíacas, hipertiroidismo ou certos tipos de arritmia. Dependendo da sua causa e da sua gravidade, a taquicardia pode requerer tratamento médico para prevenir complicações a longo prazo, como a insuficiência cardíaca, o acidente vascular cerebral ou a morte súbita cardíaca.
Taquicardia Supraventricular
A taquicardia supraventricular é um ritmo cardíaco acelerado que se inicia nas câmaras superiores do coração (os átrios). Na taquicardia supraventricular, o coração bate mais rápido do que o normal, geralmente a uma freqüência de 150 a 200 batimentos por minuto. Este tipo de arritmia pode ser provocado por diversas situações, sendo comum em pessoas com doença cardíaca, após o consumo de bebidas alcoólicas ou café, em situações de stress ou após atividade física intensa. Em geral, os sintomas podem incluir palpitações, dor no peito, falta de ar ou tonturas, mas em alguns casos pode não causar sintomas. O tratamento depende da causa subjacente, da gravidade dos sintomas e da presença de outras condições de saúde.
Taquicardia Ventricular - TV
A taquicardia ventricular (TV) é uma condição médica caracterizada por uma taxa de batimento cardíaco acelerada que origina nos ventrículos do coração, que são as câmaras inferiores do coração responsáveis por bombear o sangue para o resto do corpo. Esta arritmia, ou irregularidade no ritmo cardíaco, ocorre quando os impulsos elétricos que controlam a frequência cardíaca se tornam demasiado rápidos, fazendo com que o coração bata a um ritmo superior ao normal. Esta condição pode ser perigosa dependendo da sua duração e frequência, e é muitas vezes associada a doenças cardíacas, como doença arterial coronária, miocardite ou cardiomiopatia. Os sintomas podem incluir palpitações, tonturas, falta de ar, desmaios ou angina (dor torácica), embora em alguns casos a taquicardia ventricular possa não causar quaisquer sintomas. O tratamento depende da causa subjacente, da gravidade da taquicardia e dos sintomas do paciente, e pode envolver medicação, cardioversão (restauração do ritmo cardíaco normal através de choques elétricos) ou cirurgia. Nos casos mais graves, a taquicardia ventricular pode levar à insuficiência cardíaca, ataque cardíaco ou morte.
Taquicardia Ventricular Sem Pulso - TVsp
A Taquicardia Ventricular sem Pulso (TVsp) na medicina refere-se a uma arritmia cardíaca de alta velocidade que se origina nos ventrículos, as câmaras inferiores do coração. A frequência cardíaca durante um episódio de TVsp é extremamente alta, geralmente superior a 100 batimentos por minuto, sendo potencialmente fatal. O termo "sem pulso" refere-se ao facto de que, apesar da alta taxa de batimentos cardíacos, o coração não consegue efetivamente bombear sangue para o resto do corpo. Isto pode acontecer porque os batimentos são tão rápidos que os ventrículos não têm tempo suficiente para se encherem de sangue antes de contrair, ou porque as contrações são fracas ou ineficazes. Como resultado, apesar do coração estar a bater, pode não haver um pulso detectável, e o corpo não recebe o sangue e o oxigénio de que precisa. Isto pode levar a sintomas como tontura, falta de ar, perda de consciência e, em casos graves, parada cardíaca.
Taquipneia
A taquipneia na medicina refere-se à condição em que uma pessoa tem uma taxa de respiração mais rápida do que o normal. É efetivamente o oposto da bradipneia, onde a taxa de respiração é anormalmente lenta. A taxa normal de respiração para um adulto em repouso é tipicamente entre 12 a 20 respirações por minuto. Se uma pessoa está a respirar mais de 20 respirações por minuto, então pode ser descrita como tendo taquipneia. Esta condição pode ser um sintoma de várias condições médicas, incluindo insuficiência cardíaca, doença pulmonar, ansiedade, entre outras.
Tarsalgia
A Tarsalgia, na medicina, refere-se a uma dor que ocorre na região do tarso, ou seja, na parte posterior do pé que inclui o tornozelo e o calcanhar. Esta condição pode ser causada por várias razões, incluindo fraturas, artrite, doenças degenerativas, lesões, entre outras. Os sintomas geralmente envolvem dor persistente ou recorrente, inchaço, e podem afetar a movimentação normal do pé. O tratamento depende da causa subjacente e pode incluir repouso, medicação, fisioterapia ou, em alguns casos, cirurgia.
Tarsectomia
Tarsectomia é um procedimento cirúrgico médico que envolve a remoção de parte ou de todo o tarsus, uma seção do pé ou olho. Nos olhos, este procedimento é frequentemente utilizado para tratar condições como o entropion (quando as pálpebras se viram para dentro). No pé, normalmente é feito em casos de deformidades graves ou doenças como artrite, onde a remoção do tarsus pode ajudar a aliviar a dor e melhorar a funcionalidade do pé. Como qualquer procedimento cirúrgico, a tarsectomia vem com riscos e só é realizada quando os tratamentos não cirúrgicos não foram eficazes.
Társeo
Em medicina, o termo "társeo" é uma referência a uma parte específica do corpo humano situada no pé. O társeo é um conjunto de ossos localizados na parte posterior do pé, mais conhecida como tarso. Este grupo integra sete ossos: o calcâneo, o tálus, o cubóide, o navicular e os três cuneiformes. Esses ossos desempenham um papel crucial, uma vez que formam as principais articulações que permitem o movimento e a flexibilidade do pé.
Tarseomalacia
Tarseomalacia é um termo médico utilizado para descrever a degeneração ou amolecimento do tarsus, que são os ossos situados na parte posterior do pé. Este termo é muitas vezes utilizado em contexto de doenças ou condições que afetam o funcionamento e a estrutura dos pés. O tratamento geralmente envolve a correção da causa subjacente, por exemplo, melhorando o controle do açúcar no sangue em diabéticos, e pode incluir a utilização de palmilhas especiais, fisioterapia, medicamentos para a dor ou, em casos graves, cirurgia.
Tarseoplastia
Tarseoplastia é um termo médico que se refere a uma cirurgia reconstrutiva realizada no tarso, que é uma parte do olho humano. Esta operação é frequentemente usada para reparar deformidades ou danos causados por tumores, traumas ou outras condições médicas. A tarseoplastia pode também ser realizada para melhorar a aparência estética do olho. É importante notar que o termo é bastante raro e é mais frequentemente encontrado em literatura médica especializada.
Tarseorrafia
Tarseorrafia é um procedimento cirúrgico que envolve o fechamento parcial ou total das pálpebras. É um tratamento que costuma ser usado para condições que impedem o fechamento completo das pálpebras, como paralisia do nervo facial, ou em casos onde é necessário proteger a córnea e a superfície ocular. A tarseorrafia também pode ser usada para tratar o olho seco severo que não responde a outros tratamentos.
Tarseotomia
A tarseotomia é um procedimento cirúrgico que envolve a divisão ou ressecção parcial de algum(os) osso(s) do tarso. O tarso é o conjunto de ossos no pé humano que inclui o calcanhar e o tornozelo. Esta cirurgia é comumente realizada para corrigir uma variedade de deformidades e condições médicas que afetam os pés ou tornozelos. As indicações específicas para a tarseotomia podem variar dependendo da condição específica a ser tratada.
Tarso
Em medicina, "Tarso" refere-se a uma região anatómica encontrada na parte inferior do pé. Especificamente, trata-se de um conjunto de sete ossos que estão posicionados entre os ossos dos metatarsos (localizados na parte média do pé) e os ossos da perna (a tíbia e a fíbula). Esses sete ossos do tarso são responsáveis por formar a estrutura arqueada do pé, proporcionando uma base sólida e flexível para a locomoção. Isso é essencial para uma variedade de movimentos do pé, incluindo caminhar, correr e saltar. Quando um ou mais desses ossos são danificados devido a trauma, uso excessivo ou condições médicas, pode resultar em dor e/ou dificuldade no movimento.
Tártaro
O tártaro é um acúmulo de placa bacteriana ou biofilme dentário que se calcifica nos dentos. É essencialmente uma forma endurecida de placa que pode tornar-se amarelada ou acastanhada. Este acúmulo cria uma superfície rugosa onde ainda mais bactérias podem aderir e produzir compostos de enxofre voláteis, que causam mau hálito. O tártaro pode levar a várias doenças dentárias, como cáries e gengivite e eventualmente a periodontite caso não seja tratado. O tártaro não pode ser removido com uma escova de dentes ou fio dental e requer intervenção profissional para ser removido. Usar um creme dental anti-tártaro e passar fio dental regularmente pode ajudar a prevenir o seu acúmulo. Também é recomendado fazer limpezas dentárias profissionais com regularidade.
Tato
O tato, em medicina, refere-se à capacidade de perceber e interpretar através do contacto físico, sendo um dos cinco sentidos do corpo humano. É um sentido fundamental para os médicos, particularmente na realização de exames físicos. Através do tato, um profissional de saúde pode detectar anomalias na consistência de um órgão, por exemplo, ou perceber a presença de um inchaço ou caroço. Além disso, também é vital para a avaliação da temperatura do corpo, dos batimentos cardíacos e respiratórios, entre outras coisas.
Táxis
Táxis é um termo médico que descreve a resposta direcional de um organismo a um estímulo externo. Este termo é frequentemente usado em bacteriologia e etologia (estudo do comportamento animal) para descrever o movimento de um organismo em direção ou afastando-se de um estímulo. Por exemplo, fototaxia é o movimento de um organismo em resposta à luz, enquanto que quimiotaxia é o movimento em resposta a um estímulo químico. A palavra táxis vem do grego "taxis", que significa "arranjo" ou "ordem". Em medicina, táxis também é usada para descrever um método para reduzir um hérnia ou outra protuberância, aplicando pressão manual suave e constante.
Teca
Teca é um termo usado em medicina para se referir a uma área de reserva ou armazenamento. Na anatomia, por exemplo, a teca folicular é uma estrutura que envolve o folículo ovariano e é responsável pela produção de certos hormónios. Em geral, a teca serve como uma espécie de proteção ou revestimento.
Tecal
Na medicina, "tecal" é um termo que se refere a algo relacionado com a teca, que é um nome para a bainha externa de uma estrutura como um nervo ou vaso sanguíneo. É mais frequentemente usado em neurologia e neuroanatomia para descrever elementos da teca do nervo óptico, por exemplo. Contudo, este não é um termo comum na linguagem médica quotidiana em Portugal.
Tecido
Em medicina, o termo "Tecido" refere-se a um conjunto de células similares que realizam a mesma função no corpo humano. As células de um mesmo tecido normalmente possuem formas e estruturas semelhantes. Existem quatro tipos principais de tecidos no corpo humano: - Tecido Epitelial: Este tecido cobre a superfície do corpo e linhas de órgãos internos. Ele é responsável por funções como proteção, absorção e secreção. - Tecido Conjuntivo: Este tecido liga outros tecidos e órgãos juntos. Ele é composto por células espalhadas dentro de uma matriz extracelular. - Tecido Muscular: Este tecido é responsável pelo movimento. Ele tem a capacidade de contrair e relaxar, permitindo assim o movimento do corpo. - Tecido Nervoso: Este tecido transmite sinais elétricos pelo corpo. Ele é responsável por receber, processar e enviar informações. O estudo dos tecidos é conhecido como histologia. O conhecimento sobre os diferentes tipos de tecidos é crucial para o diagnóstico e tratamento de várias condições médicas.
Tecido Adiposo
O tecido adiposo, também conhecido como gordura corporal, é um tipo de tecido conjuntivo especializado no armazenamento de energia na forma de gordura. Este tecido é composto principalmente por células gordurosas chamadas adipócitos e desempenha um papel crucial em manter a temperatura corporal, amortecer os órgãos e funcionar como uma reserva de energia para o corpo. Existem dois tipos principais de tecido adiposo: branco e castanho. O tecido branco armazena gordura e fornece isolamento térmico, enquanto o tecido castanho gera calor para manter o corpo quente. O tecido adiposo é vital para a saúde humana, mas um excesso dele, especialmente o tecido adiposo branco, pode levar à obesidade e a condições associadas, como doenças cardíacas, diabetes tipo 2 e certos tipos de cancro.
Tecido Cartilaginoso
O tecido cartilaginoso, conhecido simplesmente como cartilagem, é um tipo de tecido conjuntivo do corpo humano que possui grande resistência e elasticidade. Esta característica proporciona tanto suporte estrutural ao corpo, contribuindo para a forma e a estabilidade de certas estruturas, como as orelhas e o nariz, como também reduz o atrito entre certos ossos, como os que formam as articulações. Existem três tipos principais de tecido cartilaginoso: hialino, fibroso ou fibrocartilagem e elástico. A cartilagem hialina é a mais comum e está presente na maioria das articulações movíveis. A fibrocartilagem é mais resistente e encontra-se principalmente em discos intervertebrais e na sínfise púbica. A cartilagem elástica é mais flexível e está presente principalmente na orelha externa e na epiglote. De referir ainda, que a cartilagem é avascular, o que significa que não é alimentada directamente por nenhum vaso sanguíneo. Em vez disso, os nutrientes são difundidos através da matriz a partir de vasos sanguíneos localizados no tecido adjacente. Esta característica faz com que a cartilagem tenha uma capacidade limitada de reparação e regeneração.
Tecido Celular
Em medicina, o termo "Tecido Celular" refere-se a um agrupamento de células que desempenham funções similares e compartilham uma estrutura comum. A classificação dos tecidos varia, mas são comuns quatro tipos principais: tecido conectivo, tecido epitelial, tecido muscular e tecido nervoso. Cada tipo de tecido tem funções e características específicas e desempenha um papel fundamental no funcionamento do corpo humano. Por exemplo, o tecido muscular é responsável pelos movimentos corporais, enquanto o tecido nervoso é essencial para a transmissão de sinais elétricos no corpo.
Tecido Conetivo
O tecido conjuntivo, também conhecido como tecido conetivo em Portugal, é um dos quatro tipos principais de tecidos do corpo humano. Este tecido desempenha várias funções vitais, incluindo: 1. Sustentação: o tecido conetivo fornece uma âncora ou suporte estrutural para os outros tecidos e órgãos do corpo. Por exemplo, os ossos são um tipo de tecido conetivo que proporciona suporte para os tecidos moles do corpo. 2. Proteção: serve como uma barreira física protegendo os órgãos internos. Por exemplo, o crânio, feito de tecido ósseo conetivo, protege o cérebro. 3. Transporte: o sangue, um tipo de tecido conetivo, é responsável pelo transporte de nutrientes, oxigénio, dióxido de carbono e resíduos metabólicos por todo o corpo. 4. Armazenamento de energia: a gordura é um tipo de tecido conetivo que armazena energia para uso posterior pelo corpo. O tecido conetivo é composto por uma matriz extracelular e três tipos principais de células - fibroblastos, macrófagos e células mast. A matriz extracelular é composta por fibras (colagénio, elastina) e uma substância fundamental que preenche o espaço entre as células e as fibras.
Tecido Conjuntivo
O Tecido Conjuntivo, na medicina, é um tipo de tecido biológico com uma grande diversidade de funções. Ele é responsável por formar um sistema de suporte para os órgãos e outros tecidos do corpo. Esta suporte pode ser físico (sustentando e ligando diferentes partes do corpo) ou funcional (transportando nutrientes, oxigénio e eliminando resíduos). O Tecido Conjuntivo é composto por três partes principais: células, fibras (como o colagénio) e materiais básicos (um tipo de material gelatinoso que ajuda a preencher o espaço entre as células e as fibras). Existem vários tipos de Tecido Conjuntivo, incluindo Tecido Conjuntivo Propriamente Dito (o tecido mais comum), Tecido Adiposo (tecido gordo), Tecido Cartilaginoso, Tecido Ósseo e Sangue. Cada tipo tem funções e características distintas. No geral, o Tecido Conjuntivo desempenha papéis vitais no corpo humano, como fornecer suporte estrutural, armazenar e fornecer nutrientes, facilitar a troca de substâncias e participar nas respostas imunitárias. Sem o Tecido Conjuntivo, o nosso corpo não seria capaz de funcionar corretamente.
Tecido Epitelial
O tecido epitelial, também conhecido como epitélio, é um dos quatro tipos principais de tecidos no corpo humano, juntamente com o tecido muscular, o tecido conjuntivo e o tecido nervoso. Este tecido tem a função de revestir todas as superfícies do corpo, tanto externas (pele), como internas (revestimento dos órgãos). O tecido epitelial serve de barreira entre o interior e o exterior do corpo, protegendo o organismo de agressões físicas, químicas e biológicas. Além disso, o tecido epitelial desempenha outras funções importantes, como a absorção de substâncias (por exemplo, no intestino), a secreção de substâncias (como as glândulas que produzem suor ou saliva), a excreção (como nos rins), a percepção de sensações e a reprodução (como no revestimento interno do útero). O tecido epitelial é também o lugar onde começam muitos tipos de cancro. Os epitélios são classificados de acordo com a sua forma (pavimentosos, cúbicos, cilíndricos) e de acordo com o número de camadas de células (simples, estratificado).
Tecido Fibroso
O tecido fibroso é um tecido conectivo que possui uma grande quantidade de fibras de colágeno, uma proteína que dá resistência e flexibilidade ao tecido. Este tecido está presente em várias partes do corpo, como, por exemplo, ligamentos e tendões, e tem como principal função unir e proteger os órgãos do corpo. Além disso, o tecido fibroso pode ser formado em resposta a uma lesão ou inflamação, como uma forma de cicatrização. No entanto, o excesso de tecido fibroso pode causar doenças conhecidas como fibroses.
Tecido Linfoide
O tecido linfóide é um tipo de tecido do sistema imunitário que suporta as células brancas do sangue, também conhecidas como linfócitos. Este tecido está presente em diversas partes do corpo humano, incluindo as amígdalas, o baço, as adenoides, os nodos linfáticos e a medula óssea. O tecido linfóide desempenha um papel fundamental no funcionamento do sistema imune, ajudando no combate a infecções, na produção de anticorpos e na proteção contra doenças.
Tecido Muscular
O tecido muscular, em medicina, é um dos quatro tipos principais de tecidos do corpo humano, caracterizado pela sua capacidade para se contrair, geralmente em reposta a uma estimulação nervosa. Este tecido é responsável pelo movimento do corpo e de elementos dentro do corpo, desempenha um papel crucial em funções corporais essenciais como a circulação sanguínea e a digestão. Existem três tipos de tecido muscular: 1. Muscular estriado esquelético, que está ligado aos ossos e permite a movimentação voluntária do corpo. Os músculos têm uma aparência listrada ou estriada sob o microscópio, daí o nome. 2. Muscular estriado cardíaco, que forma a parede do coração (miocárdio) e permite as contracções que impulsionam o sangue para fora do coração. 3. Muscular liso, que se encontra nas paredes dos órgãos internos e dos vasos sanguíneos, e permite movimentos involuntários como a digestão e a vasoconstrição (estreitamento dos vasos sanguíneos).
Tecido Nervoso
O tecido nervoso, em medicina, é um dos quatro tipos principais de tecidos do corpo humano. Este tecido é responsável por receber estímulos do ambiente externo e interno, interpretá-los e promover uma resposta adequada. Ele é composto por dois tipos de células: neurónios e células da glia. Os neurónios são células especializadas na condução de impulsos elétricos. Eles são responsáveis pela comunicação entre as diversas partes do corpo, permitindo a coordenação de todas as funções corporais, desde a regulação da temperatura corporal até a capacidade de pensar e memorizar. As células da glia, embora não conduzam impulsos elétricos, são essenciais para o funcionamento adequado do sistema nervoso. Elas fornecem suporte estrutural e metabólico aos neurónios, ajudam a regular a composição química do seu ambiente, participam na formação da bainha de mielina (uma camada isolante que melhora a condução do impulso elétrico) e estão envolvidas na resposta imunológica do sistema nervoso. O tecido nervoso está presente no cérebro, na medula espinhal e nos nervos que se estendem por todo o corpo, formando assim o sistema nervoso.
Tecido Ósseo
O tecido ósseo é um tipo de tecido conectivo especializado que forma a estrutura rígida do esqueleto do corpo humano e de outros vertebrados. Este tecido apoia tecidos e órgãos, protege órgãos vitais, fornece o local de ancoragem para a maioria dos músculos esqueléticos, armazena e liberta minerais essenciais, e contém a medula óssea, que produz as células do sangue. Há dois tipos principais de tecido ósseo: compacto e esponjoso. O tecido ósseo compacto é denso e forma a camada exterior do osso. Ele permite ao osso resistir a forças compressivas. O tecido ósseo esponjoso é menos denso e tem uma estrutura em rede, com cavidades preenchidas com medula óssea. Este tecido está principalmente nas extremidades dos ossos longos e no interior dos ossos curtos, chatos e irregulares. O tecido ósseo é composto principalmente de células ósseas e matriz extracelular mineralizada. As células ósseas incluem os osteócitos, que mantêm a matriz óssea, os osteoblastos, que produzem novas células ósseas, e os osteoclastos, que decompõem o tecido ósseo. A matriz óssea é composta por fibras de colágeno e cristais de fosfato de cálcio, que dão ao osso a sua rigidez e resistência.
Tecido Sangüíneo
O tecido sanguíneo, também conhecido como tecido hemático, é um dos quatro tipos principais de tecidos encontrados no corpo humano, juntamente com o tecido epitelial, conjuntivo e muscular. É um tecido líquido que circula através do sistema circulatório (artérias, veias e capilares) transportando oxigénio, nutrientes e hormonas para todas as partes do corpo. Este tecido é composto por dois componentes principais: uma parte sólida, que inclui as células do sangue (eritrócitos ou glóbulos vermelhos, leucócitos ou glóbulos brancos e plaquetas) e uma parte líquida, chamada plasma, que contém água, sais e proteínas. Os eritrócitos são responsáveis pelo transporte de oxigénio, os leucócitos têm a função de proteger o organismo contra agentes infecciosos ou estranhos e as plaquetas participam no processo de coagulação, prevenindo hemorragias. O tecido sanguíneo é produzido na medula óssea a partir de células-tronco hematopoiéticas. Algumas doenças, como a anemia, a leucemia e as doenças do sistema imunitário, podem afetar este tecido e o seu funcionamento.
Tecidos Adenóides
Os tecidos adenóides são uma massa de tecido linfóide situada na parte detrás das fossas nasais, na rinofaringe. Fazem parte do sistema imunitário, produzindo anticorpos para combater infeções em bebés e crianças pequenas. Os adenóides começam a aumentar a partir do nascimento e alcançam o seu tamanho máximo quando a criança tem cerca de 3 a 5 anos de idade. Depois disso, os adenóides geralmente começam a diminuir após a idade de 5 anos e em muitas vezes tornam-se insignificantes até a adolescência. Quando os adenóides estão inflamados ou infetados, eles aumentam de tamanho e podem bloquear as vias aéreas, causando sintomas como dificuldade em respirar pela boca, ronco, má qualidade do sono e infecções recorrentes do ouvido ou sinus. Em alguns casos, pode ser necessário tratamento ou remoção cirúrgica dos adenóides (adenoidectomia). Pessoas que têm problemas com os adenóides quando adultos podem ter um sistema imunológico que reage de forma mais intensa aos ataques bacterianos ou virais. Em muitos casos, os problemas com os adenóides em adultos estão relacionados com outros problemas de saúde, como alergias ou sinusite crônica.
Tegumento
Em medicina, o termo "tegumento" refere-se à camada de proteção externa do corpo de um animal ou ser humano. Inclui a pele, cabelo, penas, escamas e unhas. No corpo humano, o tegumento é o sistema de pele que tem várias funções, como proteger contra lesões e infecções, regular a temperatura corporal e armazenar água, gordura e vitamina D. A pele também tem funções sensoriais, permitindo-nos sentir a dor, a pressão, a temperatura e outras sensações. Portanto, o tegumento desempenha um papel importante na homeostase, que é o processo de manutenção do equilíbrio interno do organismo.
Tela Subcutânea
A Tela Subcutânea, também conhecida como fáscia superficial, refere-se a uma camada de tecido que se localiza logo abaixo da derme (camada de pele). Esta camada de tecido contém gordura e ajuda a conectar a pele com os músculos e os ossos subjacentes. Em medicina e cirurgia, a tela subcutânea é importante por ser um local comum para injeções, além de desempenhar um papel vital em procedimentos cirúrgicos, como lipoaspiração ou cirurgia de enxerto de pele.
Telalgia
Telalgia, em medicina, refere-se à dor no tornozelo. Esta pode ser causada por uma variedade de factores, tais como lesões traumáticas, doenças degenerativas ou inflamatórias, uso excessivo ou prática intensiva de desporto. O tratamento pode variar dependendo da causa específica e da gravidade da dor.
Telangiectasia
A Telangiectasia é uma condição médica que envolve a dilatação dos pequenos vasos sanguíneos e capilares localizados logo abaixo da superfície da pele, resultando em pequenas marcas vermelhas ou linhas. Estas podem ocorrer em qualquer parte do corpo, mas são mais comuns nas bochechas, nariz, lábios e dedos. Os vasos sanguíneos dilatados podem ser um sinal de problemas mais sérios, como insuficiência venosa crónica. A Telangiectasia também é um dos sinais de algumas doenças hereditárias, como a síndrome de Osler-Weber-Rendu, que é uma doença que causa sangramentos prolongados. O tratamento para telangiectasia geralmente envolve a correcção da condição subjacente que leva à dilatação dos vasos sanguíneos. Em alguns casos, pode ser necessário algum tipo de procedimento, como a laserterapia, para tratar os vasos sanguíneos dilatados.
Telessistólico
Em medicina, o termo "Telessistólico" não é comummente utilizado nos países de língua portuguesa. Não existe uma definição clara ou concisa deste termo nos dicionários de medicina ou literatura científica. No entanto, analisando a palavra, pode-se inferir que "telessistólico" parece estar relacionado com o fim da "sístole", que é a fase de contracção do coração na qual o sangue é bombeado dos ventrículos para as artérias. Assim, telessistólico poderia ser interpretado como se referindo ao fim desta fase de contracção. No entanto, é aconselhável consultar um profissional de saúde para esclarecimentos mais precisos.
Télio
Télio é um termo que se origina da botânica, refere-se a uma fase do ciclo de vida de certos fungos, como o Puccinia graminis, mais conhecido como o fungo carvão do trigo. No campo da medicina, a referência para "Télio" pode ser rara, a menos que esteja a falar de micologia médica, que é o estudo dos fungos que produzem doenças humanas. Neste contexto, Télio se referiria à fase de desenvolvimento do fungo que produz esporos chamados teliósporos. As condições causadas por esses fungos, por exemplo, são particularmente importantes na dermatologia.