Ateclesia

Na medicina, "ateclesia" refere-se ao fechamento ou obstrução de um canal ou tubo no corpo. Este termo é comumente usado para descrever condições onde há uma obstrução nos canais de drenagem do corpo, como as vias biliares ou tubos bronquiais. Isso pode resultar em uma série de problemas de saúde, desde desconforto geral até condições de saúde mais graves.

Atelectasia

A atelectasia é uma condição médica que se caracteriza pelo colapso ou fecho de uma parte ou de todo o pulmão. Isso resulta na incapacidade de expansão completa desse pulmão ou parte dele, levando a uma redução ou mesmo ausência de trocas gasosas. Podendo ser causada por várias razões, a atelectasia pode ser temporária ou de longa duração, e variar desde pequenas áreas de colapso até ao colapso total de um pulmão. Os sintomas e tratamentos possíveis também variam dependendo da extensão e causa da doença.

Ateroma

Ateroma é uma formação de placas de gordura, cálcio e outros elementos na parede das artérias, que é comumente chamada de placa de ateroma. Esta condição pode levar ao desenvolvimento de aterosclerose, que é uma das principais causas de doenças cardíacas e derrames. A formação do ateroma pode começar na infância e progredir lentamente ao longo do tempo. Na maioria das vezes, as pessoas com ateroma não apresentam sintomas até que ocorra um problema, como um ataque cardíaco ou derrame. A melhor forma de prevenir o ateroma é adotar um estilo de vida saudável, que inclui uma alimentação saudável, exercício físico regular e, se necessário, medicamentos para controlar a pressão arterial ou o colesterol.

Ateromatose

A ateromatose é uma condição médica associada à formação de ateromas, que são depósitos de gordura que se acumulam nas paredes das artérias. Essa acumulação de gordura pode levar ao estreitamento e endurecimento das artérias, um processo conhecido como aterosclerose. Isso pode restringir o fornecimento de sangue aos órgãos e tecidos do corpo, aumentando o risco de problemas de saúde como doença arterial coronária, ataque cardíaco e acidente vascular cerebral. A ateromatose é frequentemente causada por factores de risco como má alimentação, falta de exercício, tabagismo e doenças como a hipertensão e a diabetes.

Aterosclerose

A aterosclerose é uma condição médica crónica que ocorre quando as artérias do corpo endurecem e estreitam devido à acumulação de placas de gordura, colesterol e outras substâncias no seu interior. Este processo causa a diminuição do fluxo sanguíneo, o que pode levar a sérias complicações, como doença cardíaca ou acidente vascular cerebral (AVC). Os sintomas da aterosclerose generalmente não se manifestam até que uma artéria esteja tão estreitada ou obstruída que não consegue fornecer sangue suficiente aos órgãos e tecidos. A aterosclerose pode afetar qualquer artéria do corpo, incluindo as do coração, cérebro, braços, pernas e pélvis. Os factores de risco incluem idade avançada, tabagismo, hipertensão arterial, colesterol alto, diabetes, obesidade e falta de exercício físico. O tratamento implica fazer mudanças no estilo de vida, tomar medicamentos e, em alguns casos, realizar cirurgia.

Atetose

Atetose refere-se a distúrbios neuromotores caracterizados por movimentos lentos e contorções involuntárias. A atetose pode afetar várias partes do corpo, como a face, boca, língua, braços e mãos. Este é um tipo de distonia, que envolve contrações musculares não intencionais e repetitivas. A atetose é frequentemente causada por danos a partes específicas do cérebro que são responsáveis pelo controle do movimento, especificamente as células do gânglio basal, uma área no cérebro que controla o movimento voluntário. Isso pode ocorrer devido a várias condições, como encefalite, lesão cerebral traumática, falta de oxigénio no nascimento, ou doenças genéticas como a paralisia cerebral. Os sintomas variam dependendo da extensão do dano cerebral, mas podem incluir dificuldades na fala, deglutição e em alguns casos até mesmo na respiração. Neste momento, a atetose não tem cura e o tratamento geralmente é voltado para o manejo dos sintomas e envolve terapias físicas, ocupacionais e logopédicas. Vale lembrar que a atetose é considerada uma condição rara e dificulta a execução das atividades diárias comuns para a maioria das pessoas, exigindo muitas vezes assistência para a vida diária.

Atômico (Peso)

O termo "Atômico (Peso)" na medicina refere-se geralmente ao peso atómico de um elemento químico. Este conceito não é limitado apenas à medicina, mas é um conceito básico em todas as ciências naturais, incluindo a química e a física. Em termos simples, o peso atómico de um elemento é determinado pelo número total de protões e neutrões no núcleo do átomo desse elemento. Este número é expresso em unidades de massa atómica (amu), onde 1 amu é aproximadamente igual à massa de um único protão ou neutrão. Na medicina, o peso atómico pode ser relevante em vários contextos. Por exemplo, os medicamentos radiofármacos usados em medicina nuclear são feitos de substâncias que contêm elementos radioativos. Os átomos desses elementos têm um certo número de protões e neutrões, e portanto um certo peso atómico, que determina as suas propriedades radioactivas.

Atomização

Em medicina, a atomização refere-se ao processo de transformar um líquido, geralmente um medicamento, em partículas finas ou um aerossol. Este processo é usado frequentemente em inaladores ou nebulizadores para administrar medicamentos diretamente aos pulmões. Estas gotículas finamente divididas permitem uma absorção mais eficiente do medicamento no sistema respiratório. A atomização também pode ser usada em outros contextos médicos, como em certos procedimentos cirúrgicos para distribuir um anestésico ou outro medicamento.

Atonia

Na medicina, a atonia refere-se à perda ou diminuição do tónus muscular. Isto significa essencialmente que os músculos não conseguem contrair-se adequadamente. A atonia pode ocorrer em vários partes do corpo, por exemplo, no intestino (causando prisão de ventre), no estômago, na bexiga ou nos músculos esqueléticos. Isso pode levar a uma variedade de problemas, como dificuldade em mover-se, quedas frequentes, entre outros. A atonia pode ser causada por várias condições médicas ou ser o efeito colateral de alguns tipos de medicação.

Atopia

Atopia na medicina é uma condição caracterizada por uma hipersensibilidade a certas substâncias e a tendência para desenvolver reações alérgicas. As pessoas que sofrem de atopia geralmente têm uma predisposição genética para desenvolver condições como asma, dermatite atópica, rinite alérgica ou outras alergias. A pele e as membranas mucosas podem reagir exageradamente a alergénicos como o pólen, ácaros, picadas de insetos ou certos alimentos.

Atópico

Em medicina, "atópico" refere-se a uma tendência a desenvolver condições alérgicas, como asma, eczema atópico (dermatite) e rinite alérgica. Esta tendência é muitas vezes hereditária, o que significa que pode ser passada de pais para filhos. A atopia é, portanto, a predisposição genética para desenvolver esse tipo de doença alérgica. As condições atópicas geralmente se desenvolvem cedo na vida e são caracterizadas por uma resposta imunológica exagerada a alérgenos comuns.

Atoxicidade

A toxicidade em medicina refere-se ao grau em que uma substância pode prejudicar o ser vivo. É uma medida da capacidade tóxica ou prejudicial de uma droga, substância química, veneno ou radiação. Essas substâncias podem causar danos a tecidos, órgãos e sistemas corporais, podendo resultar em doenças ou mesmo na morte. A toxicidade pode ser aguda (efeitos imediatos após a exposição) ou crônica (efeitos após exposição prolongada ou repetida). Além disso, a gravidade da toxicidade depende da dose, do meio de exposição e das características individuais da pessoa exposta.

Atrepsia

Em medicina, Atrepsia é uma palavra utilizada para indicar a incapacidade de um organismo para assimilar os nutrientes provenientes da sua alimentação. Esta condição pode levar a vários problemas de saúde, tais como atraso no crescimento, perda de peso e uma série de outras questões associadas à subnutrição. A atrepsia pode ser causada por diversas razões, incluindo doenças do trato digestivo, má alimentação ou problemas metabólicos. O tratamento adequado depende de identificar e abordar a causa subjacente.

Atrofia

Atrofia em medicina refere-se à diminuição do tamanho, perda de células ou degradação de um órgão ou tecido do corpo em resultado de doença, envelhecimento ou falta de uso. Este processo pode levar à perda de funcionalidade nessa parte do corpo. A atrofia pode afetar todas partes do corpo, incluindo músculos, coração, cérebro, entre outros órgãos. Algumas das causas da atrofia incluem sedentarismo, desnutrição, doenças degenerativas como a doença de Alzheimer, ou doenças musculares, como a distrofia muscular.

Atrofia Muscular

A atrofia muscular é uma condição médica caracterizada pela diminuição do tamanho dos músculos, que pode resultar numa perda de força. Esta condição ocorre quando os nervos que alimentam os músculos e permitem o seu movimento deixam de funcionar correctamente. Isso pode acontecer como resultado de uma série de condições médicas, tais como doença neuromuscular, doenças neurológicas, lesão traumática, desuso prolongado do músculo, subnutrição, envelhecimento, entre outras. Dependendo da causa, a atrofia muscular pode ser temporária ou permanente.

Audiograma

Um audiograma é um gráfico que representa os resultados de um exame auditivo, conhecido como audiometria. Este teste é usado para determinar a habilidade de uma pessoa de ouvir diferentes frequências de sons, desde os volumes mais baixos até os mais altos. No audiograma, as frequências sonoras são representadas no eixo horizontal (indo desde sons graves à esquerda até sons agudos à direita), enquanto que o volume ou intensidade (medido em decibéis) é representado no eixo vertical (com sons mais suaves na parte superior e sons mais altos na parte inferior). Quando um profissional da saúde realiza uma audiometria, os resultados são anotados neste gráfico, permitindo visualizar a capacidade auditiva do paciente. Este teste serve para detectar eventuais perdas auditivas e pode contribuir para o diagnóstico de várias condições médicas.

Aura

Em medicina, especialmente na neurologia, a aura se refere aos sintomas premonitórios experimentados antes de um episódio de doença, como enxaqueca ou epilepsia, por exemplo. Normalmente, esses sintomas envolvem alterações na percepção, como visão turva, alucinações visuais ou sensitivas, cheiros estranhos e alterações de humor, que anunciam a iminência de um ataque. No caso de uma enxaqueca, a aura típica geralmente começa com pontos brilhante, manchas escuras ou cintilações na vista, podendo ocorrer também formigamento numa das mãos ou no rosto. Em seguida, surgem os sintomas mais severos da dor de cabeça. A aura também tem muita relevância em casos de epilepsia, onde a percepção da mesma pelo paciente pode permitir que ele se prepare ou avise alguém do iminente ataque epilético. Deve-se notar que nem todos os pacientes experimentam a aura antes de tais episódios, ela ocorre apenas em uma subpopulação de pacientes. Cada indivíduo também pode experimentar a aura de maneira diferente, alguns podem ter auras visuais enquanto outros podem ter auras auditivas ou olfativas.

Aurícula

Em medicina, uma aurícula é uma das duas pequenas câmaras superiores no coração, onde o sangue é recebido do corpo ou dos pulmões antes de ser bombeado para os ventrículos. No coração humano, há duas aurículas: a aurícula direita, que recebe o sangue não oxigenado do corpo, e a aurícula esquerda, que recebe o sangue oxigenado dos pulmões. A palavra "aurícula" vem do latim e significa "pequena orelha", uma alusão à sua forma, que lembra uma orelha. É muitas vezes escrita em Inglês como "atrium".

Auricular

Em medicina, "auricular" é um termo que se refere a algo relacionado com a orelha ou, mais especificamente, com a parte externa da orelha, também chamada de aurícula. Este termo pode ser usado para descrever doenças, procedimentos ou estruturas que envolvem esta área. Por exemplo, temos a fibrilação auricular, uma condição cardíaca que ocorre quando as câmaras superiores do coração, as aurículas, não batem regularmente. Também é utilizado em referência a medicina alternativa, como a acupuntura auricular, onde a orelha é um microssistema que reflete todos os órgãos do corpo humano.

Auriculoventricular

Auriculoventricular, na medicina, refere-se à conexão ou relação entre as aurículas e os ventrículos do coração. É frequentemente usado para descrever tudo o que está associado com o nó auriculoventricular, uma parte essencial do sistema de condução elétrica do coração que controla a frequência cardíaca. Este nó recebe os impulsos elétricos das aurículas e os transmite aos ventrículos. Portanto, problemas ou doenças que afetam essa área (como o bloqueio auriculoventricular) podem resultar em batimentos cardíacos irregulares ou anormais.

Aurista

Em medicina, o termo "aurista" refere-se a um médico ou especialista que se concentra em doenças e condições relacionadas com o ouvido. O termo vem da palavra latina "auris", que significa "ouvido". Isto pode incluir problemas como perda auditiva, infecções de ouvido, desordens do equilíbrio e tinnitus (um zumbido ou toque nos ouvidos). O aurista pode realizar exames e testes, prescrever medicamentos e, em alguns casos, realizar cirurgias. Porém, é importante destacar que este termo é antiquado e pouco usado atualmente na medicina moderna, sendo mais comum referir-se a estes profissionais como otorrinolaringologistas, pois eles tratam não apenas do ouvido, mas também do nariz e garganta.

Auroterapia

A auriculoterapia, por vezes chamada também de auriculopuntura ou auriculomedicina, é uma técnica de diagnóstico e tratamento baseada na orelha. Esta técnica deriva da medicina tradicional chinesa e considera que a orelha é um microsistema que reflete todo o organismo. Na auriculoterapia, o diagnóstico e a terapia são feitos através da estimulação de pontos específicos da orelha, que correspondem a diferentes órgãos, funções ou partes do corpo. Estes pontos podem ser estimulados de diversas formas - acupunctura, micro agulhas, sementes, esferas de cristal ou magnéticas - para tratar doenças físicas e emocionais. Este método pode ser usado para uma variedade de condições, incluindo dor, ansiedade, stress, distúrbios do sono, perturbações do apetite e doenças crónicas, entre outros. No entanto, é comummente utilizado como terapia complementar, em adição a outras terapias ou tratamentos médicos.

Auscultação

Auscultação é um método utilizado no exame físico por profissionais de saúde para avaliar o funcionamento de órgãos internos do corpo humano, como coração, pulmões e intestino. Esse método envolve ouvir os sons produzidos por esses órgãos, geralmente com o auxílio de um estetoscópio. A auscultação pode revelar anormalidades ou alterações no funcionamento dos órgãos, contribuindo para o diagnóstico de diferentes condições médicas.

Autismo

O autismo, também conhecido como Perturbação do Espectro do Autismo, é uma condição neurológica do desenvolvimento. Manifesta-se, geralmente, antes dos 3 anos de idade e afecta o processamento de informações no cérebro ao alterar a forma como as células nervosas e suas sinapses se conectam e organizam. Os pacientes com autismo normalmente apresentam dificuldades na interacção social, na comunicação verbal e não verbal e nas actividades recreativas. Além dessas características centrais, podem também existir sintomas associados, como a repetição de comportamentos específicos e a obsessão por rotinas ou rituais. Ainda que evidente em muitos casos desde a infância, os sinais de autismo podem passar despercebidos e a condição pode ser diagnosticada tardiamente, especialmente em casos de autismo de elevado funcionamento, como a síndrome de Asperger. As causas do autismo ainda não estão totalmente esclarecidas e discutem-se factores genéticos e ambientais. Embora não tenha cura, o tratamento e a terapia adequados permitem que muitas pessoas com autismo melhorem significativamente suas habilidades sociais e outras funcionalidades. Cada pessoa com autismo é única e, portanto, o tratamento deve ser individualizado.

Auto

Em medicina, "Auto" é um prefixo que se refere a "próprio" ou "si mesmo". É originado do grego "autos" e é usado para descrever processos ou condições que ocorrem dentro do próprio corpo ou organismo e não são influenciados por fatores externos. Por exemplo: - Autoimune é quando o sistema imunológico do corpo ataca suas próprias células, interpretando-as como estranhas. - Autópsia refere-se à investigação post-mortem efectuada no próprio corpo, para determinar a causa da morte ou a extensão da doença. - Autotransplante é um procedimento médico onde um órgão ou tecido é transplantado de uma parte do corpo para outro no mesmo indivíduo. Então, qualquer palavra médica que começa com "auto" normalmente indica que o corpo está a fazer algo a si mesmo ou que o indivíduo está a ser tratado com seus próprios tecidos ou células.

Auto-anticorpo

Em medicina, um auto-anticorpo é um tipo de anticorpo que é produzido pelo sistema imunológico do corpo e que ataca erroneamente as células e tecidos saudáveis do corpo. Normalmente, os anticorpos são produzidos para combater bactérias, vírus e outras substâncias estranhas. No entanto, em algumas condições autoimunes, como a artrite reumatoide, o lúpus ou a diabetes tipo 1, o sistema imunológico confunde as células e tecidos saudáveis do próprio corpo com substâncias estranhas e produz auto-anticorpos para atacá-los. Isso pode levar a várias condições de saúde e doenças.

Auto-erotismo

Auto-erotismo, na medicina, refere-se à prática de obtenção de prazer sexual através da estimulação dos próprios órgãos genitais ou outras áreas erógenas, geralmente até ao ponto de atingir o orgasmo. Isso é comumente referido como masturbação. Não se trata de um transtorno, mas sim de uma atividade sexual comum e normal. Todavia, se transforma num problema quando interfere na vida diária da pessoa ou nas suas relações interpessoais.

Auto-hemoterapia

A auto-hemoterapia é uma técnica utilizada na medicina alternativa que consiste na extração do próprio sangue do paciente e a sua reinfusão no corpo do mesmo paciente, através de via intramuscular ou subcutâneo. Segundo os defensores desta terapia, o objetivo é estimular o sistema imunológico, aumentando o número de macrófagos - células responsáveis pela destruição de bactérias, fungos, vírus e outras substâncias nocivas ao organismo. No entanto, é importante destacar que, apesar de ser praticada há várias décadas, a auto-hemoterapia ainda não possui evidência científica suficiente que comprove a sua eficácia para a cura de doenças. As autoridades sanitárias de vários países, incluindo Portugal, não recomendam o seu uso devido à falta de estudos conclusivos sobre a sua segurança e eficácia.

Auto-infecção

A auto-infecção é um fenómeno em medicina onde um organismo hospedeiro é infectado por uma doença ou parasita que já estava presente no seu próprio corpo. Isto pode ocorrer quando as condições no corpo mudam de forma a facilitar a proliferação e disseminação do parasita ou doença, ou quando o sistema imunológico do hospedeiro é comprometido, tornando mais difícil a luta contra a infecção. Por exemplo, a auto-infecção é comum em casos de parasitas intestinais, onde os ovos dos parasitas podem permanecer no intestino e reinfectar o indivíduo se não forem totalmente removidos. Da mesma forma, vírus latentes, como o vírus do herpes, podem causar auto-infecção se forem reativados devido a um sistema imunológico enfraquecido. A auto-infecção é particularmente perigosa porque pode levar a infecções crónicas e repetidas, que são muitas vezes mais difíceis de tratar que as infecções iniciais. Além disso, a auto-infecção pode facilitar a propagação da doença para outros, particularmente em ambientes onde a higiene pessoal e a limpeza são pobres.

Autocateterismo

O autocateterismo é uma técnica médica que envolve a inserção de um tubo de plástico, chamado cateter, na bexiga do próprio paciente para esvaziá-la. Este procedimento é geralmente ensinado pelos médicos aos pacientes que precisam urinar frequentemente ou que têm dificuldade em esvaziar a bexiga completamente, como aqueles com lesões na medula espinhal, doença de Parkinson, esclerose múltipla, entre outros problemas de saúde. O autocateterismo permite ao paciente ter mais controle e independência sobre seus cuidados com a bexiga.

Autoclave

Autoclave, em medicina, é um equipamento utilizado para esterilizar instrumentos e outros materiais a fim de destruir todos os tipos de microorganismos presentes, incluindo bactérias, vírus, fungos e esporos. Ele opera com uma combinação de calor e pressão (geralmente a uma temperatura de cerca de 121 graus Celsius e pressão de 15-20 PSI) durante um determinado período de tempo. As autoclaves são comumente usadas em hospitais, laboratórios e clínicas odontológicas.

Autógeno

Autógeno, em medicina, refere-se a algo que tem origem dentro do próprio organismo. É um termo utilizado para descrever células, tecidos ou até mesmo um orgão que são provenientes do mesmo indivíduo. Este termo é frequentemente usado em contextos de transplantes, quando o órgão ou tecido transplantado vem do próprio paciente, por exemplo, num transplante autólogo de células estaminais) em vez de vir de um doador externo. Isso ajuda a evitar potenciais problemas de rejeição, já que o corpo normalmente aceita seus próprios materiais biológicos.

Autolisado

Autolisado em medicina refere-se a um material biológico ou a uma célula que sofreu autólise. A autólise é um processo no qual as células se quebram ou se destroem usando suas próprias enzimas. Isto acontece, por exemplo, quando um tecido ou um organismo morre e as suas células são destruídas sem a intervenção de microrganismos. O termo "autolisado" é frequentemente usado em contextos de análises laboratoriais, para descrever amostras que se degradaram devido à autólise.

Autólise

Na medicina, autólise refere-se a um processo de autodegradação ou autodestruição de células ou tecidos do corpo por suas próprias enzimas internas. Este processo é uma parte normal do ciclo de vida celular e pode ocorrer quando as células estão feridas, morrendo ou após a morte do organismo. Por exemplo, na necrose húmida (um tipo de morte celular), as células morrem por autólise. A autólise também desempenha um papel crucial durante o desenvolvimento de certos tecidos e órgãos durante a embriogénese.

Automatismo

Automatismo, em medicina, refere-se normalmente à capacidade de um músculo, órgão ou tecido de realizar as suas funções automaticamente e sem a intervenção consciente do indivíduo. Por exemplo, o coração tem um certo grau de automatismo, pois continua a bater e a bombear sangue sem que precisemos pensar conscientemente sobre isso. Em neurologia, automatismo pode referir-se também a uma série de ações complexas, não volitárias e inconscientes, que podem ocorrer durante certas desordens neurológicas, como as crises epilépticas. Em psiquiatria, é um termo usado para descrever comportamentos realizados sem controle consciente, tipicamente como parte de um transtorno dissociativo ou de uma condição de transe. Portanto, em medicina, o termo "automatismo" pode ter diferentes conotações dependendo do contexto em que seja utilizado.

Autópsia (Ou Necrópsia)

A autópsia, também conhecida como necrópsia, é um procedimento médico que consiste na análise detalhada do corpo humano após a morte. Este é um processo investigativo que permite examinar os órgãos internos, tecidos e, por vezes, cérebro para determinar a causa da morte ou estudar uma doença em particular. A autópsia pode ser feita por motivos legais, a pedido da justiça, numa situação de morte suspeita ou não esclarecida, ou por razões médicas, com o objetivo de avançar o conhecimento neste campo.

Auxograma

Em medicina, o termo "auxograma" refere-se a um gráfico usado para monitorizar o crescimento físico de uma criança ou adolescente ao longo do tempo. Este gráfico compara altura, peso, e por vezes outros parâmetros, como o perímetro da cabeça em recém-nascidos, com gráficos de crescimento padrão baseados na idade e no género. O auxograma é uma ferramenta útil para avaliar o desenvolvimento físico de uma criança e identificar possíveis problemas de saúde ou nutrição que possam estar a afetar o crescimento normal. É comum os médicos usarem este gráfico durante as consultas regulares para acompanhar o crescimento e desenvolvimento da criança.

Avascular

Em medicina, "avascular" refere-se à ausência de vasos sanguíneos numa determinada região do corpo. Tecidos ou estruturas avasculares não têm o seu próprio suprimento direto de sangue. Isso implica que estes tecidos requisitam nutrientes e oxigénio de formas alternativas e podem ser mais susceptíveis a certas condições de saúde devido a este fato.

Avirulento

Em medicina, "avirulento" refere-se a um organismo patogénico, geralmente um micróbio ou vírus, que perdeu a sua capacidade de causar doença ou infeção. Os organismos avirulentos são frequentemente utilizados em vacinas, pois são inofensivos para o hospedeiro, mas ainda assim capazes de estimular uma resposta imunitária. Isso pode ser útil na prevenção de doenças. O termo oposto é "virulento", que descreve um organismo que pode causar doença.

Avitaminose

A avitaminose é um termo médico que se refere à condição resultante da deficiência de vitaminas no corpo humano. Este estado pode ser causado por uma ingestão inadequada de vitaminas na dieta, absorção inadequada de vitaminas pelo corpo ou uso anormal de vitaminas pelos tecidos corporais. A avitaminose pode levar a vários problemas de saúde, dependendo de qual vitamina está em falta no corpo, sendo frequentemente caracterizada por sintomas específicos como fraqueza, fadiga, e eventualmente doenças mais graves se não for tratada. Cada tipo de avitaminose recebe um nome específico de acordo com a vitamina que está em falta, como por exemplo, escorbuto (deficiência de vitamina C) ou beribéri (deficiência de vitamina B1).

Página 14 de 150. Total de 5969 registos.