Neuriatria
Neuriatria é um termo que não é comummente utilizado em medicina em Portugal. Podemos inferir que talvez seja uma referência a Neurologia, que é uma especialidade médica que se dedica ao diagnóstico e tratamento de doenças envolvendo o sistema nervoso, incluindo o cérebro, a medula espinhal, os nervos e os músculos. No entanto, para uma definição precisa, é aconselhável consultar um profissional de saúde ou recurso médico confiável. Sempre tenha cuidado ao lidar com palavras e termos médicos não familiares, pois eles podem ter significados diferentes em diferentes contextos.
Neurilema
Neurilema, também conhecido como bainha de Schwann, é uma camada ou membrana que cobre e isola as fibras nervosas do sistema nervo periférico. Esta camada possui um importante papel na regeneração e transmissão dos impulsos nervosos. Nos nervos periféricos, os axónios estão envolvidos por células de Schwann que formam o neurilema. Quando um nervo é cortado, estas células desempenham um papel vital na regeneração do axónio. Em medicina, um tumor deste tecido é conhecido como neurilemoma ou schwannoma.
Neurite
Neurite é um termo médico que se refere à inflamação de um nervo. Este termo é frequentemente usado para descrever uma condição que resulta em fraqueza muscular, dormência, dor e disfunção em diferentes partes do corpo, dependendo do nervo ou nervos afetados. A causa pode ser infecções, traumas ou condições autoimunes. O tratamento varia dependendo da causa subjacente.
Neuroblasto
Neuroblasto em medicina se refere a uma célula jovem, ainda não totalmente desenvolvida, que tem potencial para se tornar uma célula do sistema nervoso. Estas células estão presentes principalmente durante o desenvolvimento embrionário e pode determinar o desenvolvimento de particular tipo de tumor maligno em crianças se a sua taxa de crescimento for anormal, conhecido por neuroblastoma.
Neuroblastoma
O neuroblastoma é um tipo de cancro que se desenvolve a partir de células nervosas imaturas encontradas em várias partes do corpo. Embora possa ocorrer em qualquer lugar ao longo do sistema nervoso, é mais comum nas glândulas supra-renais, que são pequenas glândulas situadas acima dos rins. O neuroblastoma é mais frequentemente diagnosticado em crianças com 5 anos ou menos, embora possa ocorrer em qualquer idade. É uma doença grave, os tumores podem crescer e espalhar-se rapidamente, embora em alguns casos cresçam lentamente. Os sintomas podem variar dependendo da localização do tumor e se este se espalhou para outras partes do corpo. O tratamento para o neuroblastoma pode incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia, transplante de células estaminais, imunoterapia ou uma combinação destes. O prognóstico depende de vários fatores, incluindo a idade da criança, a localização do tumor e a forma como a doença responde ao tratamento.
Neurocardíaco
Neurocardíaco é um termo usado na medicina para descrever a relação e a interação entre o sistema nervoso e o coração. Refere-se geralmente à maneira como o cérebro (parte do sistema nervoso) comunica e influencia a função do coração através de impulsos nervosos. Isso pode ser relacionado a condições médicas em que a função do coração é afetada por condições neurológicas, como o estresse. Um exemplo desse tipo de condição é a síndrome do coração quebrado, em que um evento emocionalmente estressante pode resultar em insuficiência cardíaca.
Neurocirurgia
A Neurocirurgia é uma especialidade médica que se dedica ao diagnóstico e tratamento cirúrgico de doenças do sistema nervoso central e periférico. Este inclui doenças como tumores cerebrais, doenças da coluna vertebral, doenças vasculares cerebrais, entre outras. O neurocirurgião é o médico especializado nesta área, que após a sua formação geral em medicina, recebe treino específico em neurocirurgia.
Neurocisticercose
A neurocisticercose é uma doença infeciosa do sistema nervoso que ocorre quando uma pessoa é infetada pela forma larvar da ténia do porco, também conhecida como Taenia solium. Esta doença é adquirida quando uma pessoa ingere alimentos ou água contaminados com os ovos desta ténia. Uma vez que a pessoa consuma os ovos, estes eclodem no intestino e as larvas migram para os tecidos do corpo, incluindo os músculos, o olho e o cérebro, onde formam cistos. Este é o estágio da cisticercose. Se os cistos se formarem no cérebro, o estado é conhecido como neurocisticercose. A neurocisticercose é a principal causa de epilepsia adquirida em todo o mundo e é mais comum em países onde existem más condições de saneamento e em regiões onde se criam porcos de forma livre. Os principais sinais e sintomas da neurocisticercose incluem dores de cabeça, convulsões, alterações mentais e déficits neurológicos focais. O diagnóstico normalmente é feito por exames de imagem como a tomografia computorizada (TAC) ou a ressonância magnética (RM), que podem mostrar os cistos no cérebro. O tratamento, o qual depende da intensidade dos sintomas e do número e localização dos cistos, geralmente envolve medicamentos anti-parasitários e corticosteroides para controlar a inflamação. Em alguns casos, a cirurgia pode ser necessária para remover os cistos.
Neurodermatite
A neurodermatite, também conhecida como Líquen simple crónico, é uma condição de pele que começa com um prurido intenso. O ato de coçar alivia temporariamente a comichão, mas acaba por causar mais irritação, tornando a pele espessa e áspera. Este transtorno cutâneo é mais comum em mulheres do que em homens e geralmente acontece entre as idades de 30 e 50 anos. É uma condição crónica que pode ocorrer em qualquer parte do corpo, mas é mais comum nas pernas, tornozelos, mãos, braços, pescoço e no escalpe. Os principais sintomas da neurodermatite incluem uma coceira constante e intensa, o aparecimento de placas na pele que podem se tornar espessas e ásperas, e a presença de pele escamosa ou com uma cor diferente do normal. Não se conhece bem a causa exata da neurodermatite, mas acredita-se que possa ser de origem nervosa, tendo em conta que o stresse e a ansiedade podem piorar os sintomas. Além disso, em alguns casos, pode estar associada a outros problemas de pele como psoríase ou dermatite atópica. O tratamento para a neurodermatite foca-se em aliviar a comichão e evitar o ciclo de coçar e irritar a pele. Isto pode incluir a aplicação de cremes e pomadas suavizantes, medicação oral para aliviar a coceira, terapia comportamental para ajudar a parar o hábito de coçar e, em casos mais graves, pode ser necessário recorrer a tratamentos mais intensos como a terapia de luz (fototerapia).
Neurodinia
A neurodinia é um termo médico que se refere a qualquer dor que ocorre no sistema nervoso. Esta condição pode ser causada por uma variedade de fatores, incluindo danos nos nervos, doenças neurológicas ou condições que afetam a forma como os sinais de dor são processados pelo corpo. A neurodinia pode ser aguda (ocorrendo de repente e geralmente com forte intensidade) ou crónica (persistindo por um longo período de tempo). Alguns exemplos de condições que podem causar neurodinia incluem a neuropatia diabética, a esclerose múltipla e a neuralgia do trigêmeo. É uma condição que geralmente requer atenção médica e tratamento para aliviar a dor.
Neurofibroma
Neurofibroma é um tipo de tumor que cresce nos tecidos nervosos. Normalmente é benigno (não cancerígeno) e cresce a partir das células que revestem os nervos do corpo. Estes tumores podem desenvolver-se em qualquer parte do sistema nervoso, incluindo cérebro, espinha dorsal e nervos periféricos. Está frequentemente associado à neurofibromatose, uma condição genética que faz com que estes tumores se desenvolvam de forma descontrolada. Existem diferentes tipos de neurofibromas, incluindo cutâneos (na pele), subcutâneos (debaixo da pele), plexiformes (em grupos de nervos) ou difusos (distribuídos por uma grande área). Os sintomas do neurofibroma dependem do local onde o tumor se encontra e podem incluir dor, fraqueza, perda de sensação ou alterações na função normal do órgão afectado. O tratamento também varia e pode incluir monitorização, medicamentos para aliviar a dor ou cirurgia para remover o tumor.
Neurofibromatose
A neurofibromatose é um grupo de três condições geneticamente distintas que causam tumores a desenvolver-se no sistema nervoso. São eles a neurofibromatose tipo 1 (NF1), a neurofibromatose tipo 2 (NF2) e a schwannomatose. Na NF1, os tumores geralmente começam a formar-se na pele ou nos nervos perto da pele, mas também podem ser encontrados em outros nervos do corpo ou na medula espinal. Os tumores da NF1 são geralmente benignos (não cancerosos), embora possam causar problemas se começarem a pressionar contra órgãos importantes. A NF2 é menos comum que a NF1 e os seus sintomas são geralmente mais graves. Nesta condição, os tumores geralmente desenvolvem-se no nervo auditivo (o nervo que liga o ouvido ao cérebro) e podem causar perda de audição e equilíbrio. Por último, a schwannomatose é uma forma muito rara de neurofibromatose que causa múltiplos tumores a desenvolverem-se em nervos periféricos (nervos fora do cérebro e da medula espinal). As neurofibromatoses são doenças genéticas o que significa que muitas vezes são passadas de pais para filhos. No entanto, cerca de metade das pessoas com neurofibromatose não têm antecedentes familiares da doença, mas a desenvolvem devido a uma mudança (mutação) num dos seus genes. O tratamento para neurofibromatose depende do tipo e da severidade dos sintomas e pode incluir cirurgia para remover tumores, medicamentos para controlar a dor e terapias físicas ou ocupacionais para ajudar a gerir os sintomas.
Neurogênico
Em medicina, o termo "neurogênico" refere-se a qualquer condição, sintoma ou resposta do organismo que tem sua origem ou causa nos nervos ou no sistema nervoso. Isto pode envolver doenças, distúrbios, danos ou disfunção das células nervosas ou das vias nervosas. O sistema nervoso inclui o cérebro, a medula espinhal e todos os nervos do corpo. Desta forma, condições neurogênicas podem afetar qualquer parte do corpo e podem manifestar-se de muitas formas diferentes. Alguns exemplos de condições neurogênicas são a dor neurogênica, a disfunção neurogênica da bexiga, e doenças como a esclerose múltipla e o Parkinson.
Neurógeno
Neurógeno em medicina refere-se a qualquer fenómeno, condição ou doença que se origina nos nervos ou no sistema nervoso. Este termo é geralmente usado para descrever tipos específicos de condições tais como, por exemplo, bexiga neurógena - perturbação do funcionamento normal da bexiga devido a problemas nos nervos que enviam sinais à bexiga e ao esfíncter.
Neuróglia
A Neuróglia, também conhecida como células gliais, são células não neuronais no sistema nervoso central e periférico que fornecem suporte e proteção aos neurónios. Elas desempenham várias funções críticas, incluindo a sustentação estrutural do sistema nervoso, a manutenção do ambiente homeostático e a proteção contra patógenos. Estas células constituem aproximadamente metade do volume total do cérebro humano, assegurando o bom funcionamento do sistema nervoso. Existem vários tipos de células gliais, incluindo os astrócitos, células de Schwann, microglia e oligodendrócitos, cada tipo com funções específicas.
Neuroléptico
Neuroléptico, na medicina, é uma classe de medicamentos usada principalmente para o tratamento de transtornos psicóticos, como a esquizofrenia. Estes medicamentos atuam no sistema nervoso central, tendo um efeito sedativo e controlando os sintomas característicos deste tipo de doenças, tais como alucinações, delírios, agitação, entre outros. Os neurolépticos podem ser divididos em duas categorias principais: os típicos e os atípicos. Os neurolépticos típicos são a primeira geração de antipsicóticos, enquanto os atípicos são medicamentos mais recentes, que geralmente têm menos efeitos secundários. No entanto, mesmo sendo bastante eficazes na gestão dos sintomas positivos da psicose, estes fármacos podem ter vários efeitos secundários, como síndromes extrapiramidais (alterações motoras), problemas metabólicos ou sedação excessiva. Convém salientar que o uso destes medicamentos deve sempre ser acompanhado por um profissional de saúde, devido à sua potencial gravidade dos efeitos adversos.
Neurolépticos
Neurolépticos, também conhecidos como antipsicóticos, são uma classe de medicamentos usados principalmente para tratar uma variedade de condições psiquiátricas. Estes medicamentos são geralmente prescritos para condições como esquizofrenia, distúrbios do espectro bipolar e transtornos do espectro da psicose. Neurolépticos ajudam a controlar os sintomas ao interferir na forma como determinados produtos químicos (neurotransmissores) funcionam no cérebro. Eles têm efeitos sedativos e são capazes de aliviar sintomas como alucinações, delírios e confusão mental. No entanto, eles também podem ter efeitos colaterais significativos, incluindo problemas de movimento, ganho de peso, sonolência e problemas metabólicos. Existem dois tipos principais de neurolépticos: os típicos e os atípicos. Os neurolépticos típicos, como o haloperidol, foram os primeiros a serem desenvolvidos e são frequentemente associados a efeitos colaterais mais graves. Os neurolépticos atípicos, como a risperidona e a olanzapina, são uma classe mais recente de medicamentos com, geralmente, menos efeitos colaterais.
Neurolues
Neurolues é uma condição médica também conhecida por sífilis neurológica. É uma forma de sífilis terciária, que é uma infecção sexualmente transmissível causada pela bactéria Treponema pallidum. Na sífilis terciária, a bactéria pode causar complicações graves em várias partes do corpo, incluindo o sistema nervoso, resultando em neurolues. Esta condição pode levar a sintomas neurológicos que podem variar de leves a graves, dependendo da extensão da infecção. Estes podem incluir alterações de comportamento, distúrbios de coordenação, paralisia e até mesmo demência. A neurolues é tratada com antibióticos, mas em muitos casos, os danos causados ao sistema nervoso podem ser irreversíveis.
Neuroma
O neuroma é uma condição médica que se refere ao crescimento anormal de células nervosas. É uma espécie de tumor benigno que se forma na bainha de um nervo, a camada de tecido que o reveste. Esta situação pode ocorrer em qualquer parte do corpo e causar diferentes sintomas, dependendo do perto de que partes do corpo afeta. Estes sintomas podem incluir dor, formigueiro, dormência ou fraqueza na zona afetada. O neuroma mais conhecido é o neuroma de Morton, que afeta os pés. Para tratar um neuroma, o médico pode recomendar terapias não cirúrgicas para aliviar a dor, mas, em casos graves, pode ser necessária uma intervenção cirúrgica.
Neuromielite
A Neuromielite Óptica, também conhecida como doença de Devic, é uma doença rara do sistema nervoso central que afeta principalmente o nervo óptico e a medula espinhal. Esta condição causa inflamação e destruição do tecido nervoso, o que pode levar à perda de visão, debilidade e descoordenação dos membros, entre outros problemas. Os episódios de inflamação podem ocorrer de forma simultânea ou sequencialmente, ocasionando diminuição de visão em um ou ambos os olhos, seguida de fraqueza ou paralisia em partes do corpo, normalmente começando pelas pernas. Esta doença é multifatorial, ou seja, são diversos factores que podem influenciar o desenvolvimento da doença, incluindo uma possível predisposição genética, combinada com factores ambientais, hormonais, infecciosos, entre outros. O diagnóstico é estabelecido principalmente através de exames de imagem, análises sanguíneas específicas e estudo do líquido cefalorraquidiano. O tratamento da Neuromielite Óptica pode envolver terapias com medicamentos imunossupressores para atenuar a resposta imune, cuidados de reabilitação para os sintomas físicos e suporte psicológico para ajudar a lidar com o impacto da doença.
Neuromuscular
Em medicina, neuromuscular refere-se a tudo o que está relacionado com os nervos (neuro) e os músculos (muscular), sendo específico na interação entre os dois. Este termo é frequentemente usado para descrever doenças ou distúrbios que afetam esta interação, como a distrofia muscular ou as doenças do neurónio motor, que afetam a capacidade do corpo de controlar os músculos voluntariamente. A medicina neuromuscular é um subspecialidade da neurologia que foca no diagnóstico e tratamento dessas condições.
Neuropatia
A neuropatia é uma condição médica que se refere a qualquer disfunção ou dano dos nervos. Esses danos podem resultar em vários sintomas, dependendo de quais nervos estão afetados. Pode ser devido a várias causas, incluindo doenças como diabetes, lesões, infecções e certos medicamentos. A neuropatia pode afetar um único nervo (neuropatia mononeurítica) ou vários nervos (neuropatia polineurítica). Os sintomas variam, mas podem incluir dor, formigueiro, dormência, fraqueza muscular e até mesmo perda de sensação nas áreas afetadas. O tratamento para a neuropatia depende da causa subjacente e pode envolver medicação, fisioterapia e, em alguns casos, cirurgia.
Neuropeptídeo Y
O Neuropeptídeo Y é uma molécula produzida no sistema nervoso, mais precisamente no cérebro, que atua como um neurotransmissor. Ela tem várias funções, como a regulação da pressão arterial, o controle do apetite, a regulação da circulação sanguínea e a resposta ao stress. Este neuropeptídeo é também conhecido por ajudar no crescimento de certas células cancerígenas e tem sido estudado por cientistas em busca de novos tratamentos para o cancro. O seu nome vem do facto de ser um peptídeo – uma pequena molécula de proteína – e de conter um aminoácido chamado tirosina, que é representado pela letra "Y" no código de aminoácidos. O equilíbrio do Neuropeptídeo Y é considerado importante para a manutenção da saúde mental e física, e a sua desregulação tem sido associada a várias doenças, incluindo a obesidade, a depressão e a ansiedade.
Neuroplastia
A neuroplastia é um procedimento médico que envolve a reparação ou reconstrução de nervos danificados. Esta técnica utiliza várias abordagens para ajudar a restaurar a função normal dos nervos, incluindo o uso de enxertos nervosos, a reorganização de tecidos sadios em torno do nervo danificado ou mesmo a estimulação elétrica para promover a recuperação. É importante notar que a neuroplastia também se refere à capacidade natural do cérebro de formar novas conexões neurais ao longo da vida, permitindo que aprendamos novas habilidades e nos adaptemos a diferentes situações. Este processo é fundamental para a recuperação após lesões cerebrais ou danos aos nervos.
Neurorrafia
Neurorrafia é um termo médico que se refere à técnica cirúrgica de reparação de um nervo danificado. É um procedimento altamente especializado, normalmente realizado por um neurocirurgião, que envolve a união das extremidades de um nervo cortado ou lesionado, com o objetivo de restaurar a sua função. Em alguns casos, pode envolver o enxerto de nervos saudáveis a partir de outras partes do corpo para ajudar na reparação. A eficácia da neurorrafia pode variar dependendo da extensão do dano ao nervo e do tempo decorrido desde a lesão.
Neurose
Neurose é um termo geral que se refere a um grupo de condições de saúde mental que normalmente envolvem sintomas crónicos de ansiedade, depressão, preocupações excessivas ou medo. Estas condições também são frequentemente caracterizadas por comportamentos compulsivos ou obsessões que são utilizados como mecanismos de defesa para lidar com a ansiedade ou o medo. Algumas das doenças neuroticas mais comuns incluem neurose de ansiedade, neurose obsessivo-compulsiva, neurose de guerra, neurastenia entre outras. As pessoas com neurose muitas vezes têm consciência de que seus pensamentos e comportamentos são irracionais ou excessivos, mas mesmo assim, eles têm dificuldade em controlá-los. A neurose não tende a progredir para uma perda grave de contato com a realidade, como é caso na psicose. Os tratamentos podem incluir psicoterapia (conhecida como terapia de conversa) e medicamentos para ajudar a controlar os sintomas.
Neurossífilis
A neurossífilis é uma complicação grave da sífilis, que é uma doença sexualmente transmissível causada pela bactéria Treponema pallidum. Essa condição ocorre quando a sífilis não é tratada ou tratada incorretamente e a bactéria atinge o sistema nervoso central, ou seja, o cérebro e a medula espinhal. Os sintomas podem variar de acordo com a pessoa e a fase da doença e podem incluir dor de cabeça, alterações de personalidade, problemas de memória, perda da coordenação motora, paralisia e demência. O tratamento é com antibióticos, geralmente penicilina, que matam a bactéria e ajudam a aliviar os sintomas. É importante lembrar que, se não for tratada a tempo, a neurossífilis pode levar a consequências graves e permanentes como a paralisia e a morte. Portanto, fazer exames regularmente e usar protecção durante o sexo é crucial para a prevenção desta doença.
Neurótico
Em medicina, especialmente na área da psiquiatria e psicologia, neurótico é um termo que se refere a um estado de saúde mental caracterizado pela presença de sintomas emocionais ou comportamentais, associados ao stress mas não a delírios ou alucinações. Indivíduos neuróticos podem experimentar elevados níveis de ansiedade, depressão, raiva ou qualquer outra emoção negativa de forma persistente. Também podem apresentar comportamentos e pensamentos obsessivos-compulsivos, hipocondria, ou fobias específicas. Os transtornos neuróticos são geralmente contrastados com os transtornos psicóticos, que afetam a realidade e a lógica do pensamento do indivíduo comprometidos.
Neurotomia
A neurotomia é um procedimento médico que envolve a secção de um nervo. É utilizada como forma de tratamento para determinadas condições que causam dor crónica, como a neuralgia do trigémeo. A ideia por trás deste procedimento é interromper a transmissão da dor ao longo do nervo cortado. Embora possa ser eficaz na redução da dor, a neurotomia também pode ter alguns efeitos secundários, incluindo perda de sensibilidade na área afectada. Por isso, é geralmente considerada como um último recurso quando outros tratamentos não foram bem sucedidos.
Neurótomo
Neurótomo é um instrumento médico usado na neurocirurgia para cortar tecido nervoso. Menos comumente, o termo também pode ser usado para descrever uma máquina usada para cortar seções finas de tecido nervoso para exame sob um microscópio. É usado em várias procedimentos, incluindo para tratar certas condições neurológicas e para diagnósticos.
Neurotransmissor
Um neurotransmissor é uma substância química produzida pelo sistema nervoso que permite a comunicação entre as células nervosas (neurónios). Esta comunicação ocorre em estruturas específicas chamadas sinapses, onde o neurónio emissor libera o neurotransmissor que, por sua vez, é reconhecido por receptores específicos situados no neurónio receptor. Os neurotransmissores são fundamentais para o funcionamento adequado do sistema nervoso, pois são eles que permitem a transmissão de informações entre os neurónios. Existem vários tipos de neurotransmissores, sendo alguns exemplos a dopamina, a serotonina, a acetilcolina e o GABA. Alterações na produção, liberação ou recepção dos neurotransmissores podem estar na origem de diversas patologias, como a depressão, a esquizofrenia, a doença de Parkinson, entre outras. Estas patologias são geralmente tratadas com medicamentos que visam regular a actividade dos neurotransmissores.
Neurotrófico
Neurotrófico refere-se a algo que potencializa o crescimento e desenvolvimento dos neurónios e das células nervosas. Este termo é frequentemente usado na medicina para descrever substâncias ou fatores que influenciam a sobrevivência, desenvolvimento e funcionalidade dos neurónios, como os "fatores neurotróficos". Estes podem incluir proteínas e pequenas moléculas que promovem a sobrevivência e atividade das células do sistema nervoso. A perturbação destes fatores pode levar a doenças neurodegenerativas, como a doença de Parkinson e a doença de Alzheimer.
Neurotrópico
Neurotrópico em medicina refere-se a substâncias, medicamentos ou agentes patogénicos que atuam ou afetam principalmente o sistema nervoso do corpo. Este termo é frequentemente utilizado para descrever vírus ou medicamentos que têm a capacidade de influenciar ou alterar a função neuronal, podendo influenciar as estruturas do sistema nervoso central ou periférico. Alguns exemplos de vírus neurotrópicos incluem o vírus do herpes simplex, o poliovírus ou o vírus da raiva. Os medicamentos neurotrópicos são geralmente utilizados para tratar uma variedade de condições, incluindo distúrbios psiquiátricos e neurológicos.
Neurotropismo
Neurotropismo refere-se à tendência ou capacidade de alguns vírus, bactérias ou outras substâncias de se dirigirem ou afetarem preferencialmente o sistema nervoso. Em medicina, essa característica é especialmente relevante no estudo de certas doenças neurodegenerativas ou infecciosas. Por exemplo, o vírus da raiva tem um neurotropismo pronunciado, o que significa que tem uma preferência especial em infectar e afetar o sistema nervoso.
Neutralização
Em medicina, o termo neutralização refere-se, geralmente, ao processo pelo qual os anticorpos no corpo humano, produzidos como resposta do sistema imunológico, bloqueiam a infecção a partir de agentes patogénicos, como vírus e bactérias. Através dessa neutralização, o agente infecioso é impedido de entrar nas células do corpo e de causar doenças. Por exemplo, no caso de uma infecção viral, como a COVID-19, os anticorpos neutralizantes reconhecem e se ligam a partes específicas do vírus, impedindo-o de entrar nas células e se multiplicar. A pesquisa e desenvolvimento de vacinas baseia-se bastante neste conceito para estimular o corpo a produzir esses anticorpos de neutralização, criando assim uma imunidade contra a doença.
Neutro
Na medicina, 'neutro' é um termo frequentemente usado para se referir a neutrófilos, que são um tipo de leucócito (célula branca do sangue) que desempenha uma função essencial no sistema imunológico. São as células mais abundantes nesse sistema e são a primeira linha de defesa contra agentes patogénicos. Devido à sua coloração neutra após a coloração histológica, são conhecidos como neutrófilos. Contudo, o termo 'neutro' pode ter diferentes significados dependendo do contexto em que é utilizado na medicina.
Neutrófilo
Neutrófilo é um tipo de glóbulo branco, uma célula do sistema imunológico, que é a primeira a ser enviada para um local de infecção ou inflamação no corpo. São produzidos na medula óssea e circulam no sangue, mas quando detectam uma substância estranha, como uma bactéria, eles migram para essa área para ajudar a combater a infeção. Os neutrófilos são parte fundamental do sistema imunológico e uma diminuição no seu número pode tornar o corpo mais suscetível a infeções. No entanto, um aumento excessivo destas células também pode indicar a presença de um processo infeccioso ou inflamatório.
Neutropenia
Neutropenia é uma condição médica caracterizada por uma contagem anormalmente baixa de neutrófilos, um tipo de glóbulo branco, no sangue. Os neutrófilos são uma parte vital do sistema imunitário, pois ajudam o corpo a combater contra infecções, especialmente aquelas causadas por bactérias e fungos. Portanto, pessoas com neutropenia estão mais susceptíveis a desenvolver infecções graves, uma vez que o corpo tem menos defesas para combater invasores nocivos. Esta condição pode ser causada por vários factores, incluindo certas doenças como leucemia, medicamentos, especialmente aqueles usados no tratamento do cancro, ou pode ser hereditária.
Nev Nod
Nev Nod é uma abreviação para "nevócitos nodulares". Nevócitos se referem a um tipo de célula encontrada na pele que pode formar moles ou sardas. Quando essas células formam uma massa ou nódulo, isso é referido como um nevócito nodular. Este é um termo que é muitas vezes usado em diagnósticos ou análises de biópsias de pele. No contexto da medicina, especialmente a dermatologia, um Nev Nod poderia potencialmente indicar a possibilidade de um melanoma, que é o tipo mais sério de cancro de pele. No entanto, nem todos os nevócitos nodulares são malignos e muitos podem ser benignos ou não cancerosos.
Nevo
Na medicina, o termo "nevo" refere-se a certas marcas de nascença ou manchas na pele. São geralmente pequenos e podem ser planos ou ligeiramente abaulados. A cor varia muito de pessoa para pessoa, podendo ser rosa, castanho, preto ou cor da pele. Existem varios tipos de nevos, entre eles temos o nevo melanocítico, o mais comum, que são pintas que surgem principalmente devido à exposição ao sol, e os nevos intradérmicos, que surgem após os 30 anos de idade e aparecem principalmente no pescoço e no rosto. Embora os nevos sejam geralmente inofensivos, é importante estar atento às mudanças de cor, forma ou tamanho, uma vez que estas podem ser sinais de melanoma, um tipo de cancro de pele. Por isso, qualquer mudança deve ser avaliada por um dermatologista.